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Modelos De Tomada De Decisão Em Empresas De Pequeno Porte

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Por:   •  26/11/2014  •  2.570 Palavras (11 Páginas)  •  436 Visualizações

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Modelos de tomada de decisão em empresas de pequeno porte

PASSO 1 :

Estudo sobre uma escola

Introdução

pressuposto básico era o de que a empresa pesquisada não atuava de acordo O estudo sobre o processo decisório nas empresas tem sido objeto de investigação de diversos teóricos e executivos durante, pelo menos, os últimos 50 anos, e muito tem sido descoberto e analisado sobre o tema. Sua importância e relevância para profissionais de diversas áreas envolvidas em processos de tomada de decisão são inquestionáveis, mas o atual contexto econômico-político-social – de globalização, intensa concorrência, desenvolvimento tecnológico - tem exigido, cada vez mais desses profissionais, decisões mais acertadas, num espaço de tempo cada vez mais reduzido.

Por isso, a crescente importância de se tentar entender e construir modelos que proporcionem uma melhor aplicabilidade de técnicas e regras num processo de tomada de decisão empresarial onde a informação se apresenta como recurso fundamental para o embasamento deste processo.

Este artigo teve como objetivo abordar o tema sobre o processo de tomada de decisão, tendo como referencial teórico os modelos de tomada de decisão apresentados por Choo (2003), e buscando verificar sua aplicabilidade em uma empresa de pequeno porte, do segmento educacional, localizada em Belo Horizonte (MG), onde o conhecimento tácito é a base para seu funcionamento e desenvolvimento, e donde se imaginava que o processo de tomada de decisão – primordialmente sob o ponto de vista estratégico – não fosse altamente estruturado e padronizado, fato este confirmado pelo estudo.

Neste sentido, o estudo trabalhou os quatro modelos apresentados por Choo (2003), sendo que o com os aspectos que caracterizam o modelo de tomada de decisão racional.

Após a fundamentação do estudo com base nos modelos de Choo (2003), o trabalho apresentará aspectos sobre o modelo de tomada de decisão adotado pela empresa, identificados através da realização de entrevistas exploratórias qualitativas junto às sócias da escola, e do método de observação informal não-estruturada sobre um processo de tomada de decisão estratégica na empresa.

Ao final do trabalho, o artigo identifica em qual dos quatro modelos apresentado por Choo (2003) a empresa objeto de estudo mais se encaixa, e na seqüência, apresenta as características de um modelo de tomada de decisão a ser testado em empresas de pequeno porte, num posterior trabalho de survey quantitativo.

O processo de tomada de decisão estratégica nas empresas

Segundo Choo (2003) as decisões resultam da adoção de um determinado curso de ação, e facilitam esta ação na medida em que definem e elaboram propósitos e alocam e autorizam o dispêndio de recursos.

Portanto, o processo decisório pode ser visto como um conjunto de ações e fatores que têm início a partir da identificação de um estímulo para a ação e que se finaliza com o compromisso específico para a ação. Harrison (1993) cita que cada decisão deve levar em conta determinados aspectos, e que não há uma fórmula pronta que se aplique a todos os casos. Para este autor, o modelo processual de tomada de decisão pode ser a escolha ideal no caso de decisões que terão conseqüências de longo prazo, ou seja, decisões de caráter estratégico.

Mintzberg et al. (1976) cita os processos decisórios não-estruturados, que se referem aos processos decisórios para os quais não existe, de forma pré-determinada e explícita, um conjunto de respostas ordenadas na organização.

Simon (1976) afirma que os homens são racionalmente limitados: quando tentam ser racionais, o seu comportamento racional é limitado por suas capacidades cognitivas e por restrições da organização. Os tomadores de decisão adotam estratégias reducionistas para simplificar a complexidade dos problemas:

1) preferem a ‘solução satisfatória’ à ‘solução ótima’, ou seja, a decisão é orientada pela busca de alternativas suficientemente boas, e não pela busca das melhores alternativas possíveis;

2) procedem de forma a descobrir, gradativamente, as alternativas e conseqüências no processo de busca;

3) os programas de ação servem como soluções alternativas recorrentes;

4) cada programa específico de ação lida com um número restrito de situações e conseqüências;

5) cada programa de ação pode ser executado com uma relativa independência – sem ligações rígidas.

Retomando as definições expostas anteriormente sobre processo decisório, Harrison (1993) cita que o processo de tomada de decisão é um produto da cultura onde a decisão acontece e, ao mesmo tempo, influencia essa cultura. Além disso, afirma que este processo, no atual mundo mutável e complexo, leva em conta relevantes aspectos de muitas disciplinas, não só da economia, da matemática e da estatística.

Diante disso, os aspectos interdisciplinares do processo de tomada de decisão são mais bem ilustrados através da construção de modelos.

Segundo Barbosa (2004), “um modelo é uma representação simplificada da realidade, suficiente para explicar esta realidade”. Um modelo mostra, graficamente, qual a ênfase que as disciplinas apropriadas devem receber no processo de tomada de decisão, e deve incluir um número ‘ótimo’ de variáveis que irão explicar os fenômenos do mundo real de forma mais simplificada.

Os quatro modelos de tomada de decisão de Chun Wei Choo

Segundo Harrison (1993), não há limite para o número de modelos de tomada de decisão que podem ser desenvolvidos. Entretanto, para este trabalho, tomar-se-á como referência Choo (2003), que considera quatro modelos de tomada de decisão presentes nas organizações: o modelo racional, o modelo processual, o modelo político e o modelo anárquico.

No modelo racional, a tomada de decisões é um ato orientado para objetivos e guiado por problemas, sendo o comportamento de escolha regulado por normas e rotinas, de modo que a organização possa agir de uma maneira procedimental e intencionalmente racional. Este modelo foi desenvolvido, inicialmente, por March e Simon (1975), March (1994) e Cyert e March (1992). De acordo com estes autores, e devido aos limites da mente humana (limites cognitivos) e à complexidade

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