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Teoria Do Comércio Internacional

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Por:   •  22/3/2014  •  1.035 Palavras (5 Páginas)  •  852 Visualizações

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A partir da segunda metade do século XVIII surgiram os debates sobre comércio internacional que influenciaram a teoria econômica moderna. Até aquela época, o conhecimento acerca do comércio exterior derivava apenas dos escritos da escola mercantilista, que justificavam o comércio internacional pela oportunidade que ele oferecia de se obter um excedente na balança comercial. O objetivo era o superávit comercial, que deveria ser atingido a qualquer custo.

Smith (1985), publicado originalmente em 1776, desenvolveu a teoria das vantagens absolutas como a base do comércio internacional. A vantagem absoluta de um país na produção de um bem resulta de uma maior produtividade, ou seja, da utilização de uma menor quantidade de insumo1 para produzir esse bem enfrentando menores custos. O autor postulou que nem sempre é necessário que um país obtenha excedentes de comércio exterior para que as trocas comerciais internacionais sejam vantajosas, e que as trocas voluntárias entre países podem beneficiar todos os envolvidos na operação.

Dessa forma, cada país deve se concentrar na produção dos bens que lhe oferecem vantagem

absoluta. Aquilo que exceder o consumo interno do bem produzido deveria ser exportado, e a receita equivalente ser utilizada para importar os bens produzidos em outro país. Como a capacidade de consumo dos países envolvidos no comércio internacional será maior após a efetivação das trocas, Smith (1985) concluiu que o comércio exterior eleva o bem-estar da sociedade.

Ricardo (1982) aprimorou essa teoria, ao estender a possibilidade de ganhos de comércio também para países que não possuem vantagens absolutas em relação a outros. Segundo Ricardo, não é o princípio da vantagem absoluta que determina a direção e a possibilidade de se beneficiar do comércio, mas a vantagem comparativa.

A vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade relativa, isto é, a relação entre as

quantidades de um determinado bem que dois países precisam deixar de produzir para focar sua

produção em outro bem. Segundo a teoria ricardiana, as vantagens comparativas, também

denominadas vantagens relativas, são oriundas das diferenças de produtividade do fator trabalho para distintos bens. Ele as atribui à distinção no clima e no ambiente de cada nação. Os países deveriam se especializar em bens nos quais tivessem vantagem comparativa, aumentando sua produção doméstica.

Assim, a produção que não fosse vendida no mercado doméstico de um país deveria ser

exportada. Os outros bens seriam adquiridos no mercado internacional a um preço menor que o de produzi-los internamente. Dessa forma, o comércio seria benéfico para todos.

Portanto, Ricardo (1982) mostrou que o comércio internacional não tem necessariamente de ser

estabelecido com base em vantagens absolutas.

Pode ser vantajoso para um país especializar-se na produção de bens que são produzidos com menor esforço em outro lugar. Adicionalmente, pode não haver benefícios em especializar-se na produção de bens que propiciam vantagem absoluta se houver uma vantagem ainda maior na produção de outros.

Dessa forma, o modelo de Ricardo prevê uma direção para o comércio exterior: os países

exportarão os bens nos quais têm maior produtividade relativa do trabalho (têm vantagem

comparativa na sua produção) e importarão os bens nos quais apresentam menor produtividade relativa do trabalho (não têm vantagem comparativa na sua produção).

Porter (1989), ao contestar as teorias clássicas, propõe uma nova abordagem, que deve ir além do conceito de vantagem comparativa, para se concentrar na vantagem competitiva dos países,

refletindo o conceito de competição, que inclui mercados segmentados, produtos diferenciados,

diversidades tecnológicas e economias de escala.

O autor concentra-se em responder aquela que lhe parece ser a pergunta central: por que empresas baseadas em determinadas nações alcançam sucesso internacional em segmentos e indústrias distintos?

O que se deve buscar são as características decisivas de uma nação que permitem às suas empresas criar e manter a vantagem competitiva

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