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A Guerra de Independência do Brasil, Perspectiva Realista

Por:   •  15/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  272 Visualizações

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Guerra de Independência do Brasil sobre a perspectiva do realismo defensivo de Waltz e realismo ofensivo de Mersheimer

Teoria das Relações Internacionais I

Professora: Marrielle Maia

Aluno: Rafael Faustino Rocha

    A guerra de independência do Brasil ocorreu entre os anos de 1822 a 1825. Durante o processo de independência brasileira ocorreram alguns conflitos entre Brasil e Portugal, a qual pode-se definir como uma guerra luso-brasileira, por conter brasileiros e portugueses de ambos os lados. Se tratando de uma guerra de independência logicamente Portugal não aceitava a imposição brasileira de autonomia, embates começaram a ocorrer com início em Pernambuco. O governo brasileiro que acabara de ser formado ordenou a compra de armas e navios, assim como o recrutamento de um exército nacional e também a contratação de mercenários, tais providências para combater as resistências de Portugal. Também ousaram confiscar bens e expulsaram aqueles que não aceitavam a soberania brasileira. Depois de tais embates a independência foi finalmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido, logo após um tratado de Amizade e Aliança foi firmado entre Brasil e Portugal.

    Waltz com seu realismo defensivo alega que o mais sábio para um Estado seria manter-se quieto, garantindo assim seu status, isso não o faria perder sua posição no sistema internacional, pelo contrário, a reforçaria. Já Mersheimer em seu realismo ofensivo diz que o ideal seria a tentativa dos Estados de se tornarem hegemônicos, pois assim garantiriam com certeza sua posição no sistema internacional.

    Nesse caso citado, pode-se dizer que a tentativa brasileira de permanecer com sua recente independência, garantia seu status quo, impedindo assim que outros tentassem tomar o poder ou retomar como fez Portugal, por outro lado a formação de um exército e a compra de navios e armas por parte do Brasil se caracteriza na logística do realismo ofensivo de Mersheimer. A investida portuguesa contra o Brasil pode-se caracterizar como defensiva na tentativa de manter seu status quo como governantes de parte da América do sul, tanto quanto ofensiva quando tentam tomar o poder de um Estado que alega independência para continuar expandindo seus poderes. A dificuldade que Portugal tivera contra o Brasil e o consentimento da independência pode-se caracterizar como poder parador d’água, pois em termos de logística combater um país que se encontra do outro lado do oceano demanda tempo de locomoção, custos altíssimos e estratégias complexas de serem realizadas.

    Pode-se afirmar que o próprio ato de proclamação da independência brasileira tenha sido fruto do constrangimento que os demais países, tanto da América Latina quanto da América do Norte tenham causado, pois acontecimentos semelhantes a esses estavam ocorrendo nessas respectivas regiões, e não seria benéfico para o Estado Brasileiro muito menos para Portugal deixar com que ideologias como às de Simón Bolívar e George Washington tomassem conta da população, antes o país nas mãos de um membro da realeza portuguesa do que isso.

     Ademais, é notório o comportamento brasileiro, pouco antes da independência, o ato de tomada de território da província da Cisplatina, que posteriormente se tornaria o Uruguai. Isso demonstra o caráter que a autonomia de soberania causa a colônia, que na tentativa de independência tenta tomar outro território, em um ensaio de expandir seu poder, como os demais Estados costumam fazer de acordo com o realismo ofensivo.

    Ainda é possível afirmar que todo o processo de independência que fora apoiado pelo Reino Unido, que era a maior potência regional da época, tenha sido simplesmente pelos próprios interesses dos mesmos, pela abertura dos portos, menos impostos e outras regalias que o Estado Brasileiro garantiu aos Britânicos.

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