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Carlos Gomes

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Por:   •  25/11/2014  •  Resenha  •  363 Palavras (2 Páginas)  •  200 Visualizações

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Um tema que parece "apagar" e "acender" nos últimos meses, e o tema da nossa resenha, são as manifestações ocorridas em junho do ano passado que refletiram e ainda refletem de certa forma até o presente momento na sociedade como um todo, no ponto de vista do professor de filosofía, pesquisador e autor, Marcos Nobre, que tenta passar para seus espectadores a origem e o reflexo desses atos.

Nobre vê como um lado bom o fato das pessoas se odiarem durante as eleições de 2014 ao se dividirem na hora da escolha dos partidos, já que o manifesto das divergências da sociedade tem que ser exposto, e dessa forma podemos sim ter uma democracia clara, onde opiniões distintas se batem até que sejam "resolvidas". Inclusive aponta exemplos de pessoas pedindo a volta da ditadura e abre comentarios como " por que?", "seria mesmo melhor uma ditadura?" seguindo esses comentarios feitos pelo professor, essa é a diferença do nosso país para os autoritários, já que aqui tudo pode se querer se houver um "porquê". E isso nos dá o direito de ouvir e ser ouvido.

Marcos tem como nota que o motivo da polarização da sociedade se dá pelo fato das pessoas não aceitarem " tirar de uma parte para melhorar a outra" no caso, uma redistribuição de renda. Hoje nós sabemos que as classes mais póbres subiram e se "infiltraram" de certa forma na classe média, que em alguns casos vêem eles como "intrusos", e isso faz com que essas pessoas de menores condições vão procurar estudo e trabalho de péssima qualidade, na tentativa de se igualarem o máximo possível ao novo patamar, gerando assim dois grupos; um ameaçado pela política restritiva que poderia bloquear a consolidação da ascensão social, e outro que luta para consolidar essas conquistas.

Um comentário interessante feito pelo filósofo foi a comparação da base política do país com um condomínio, onde nós ( cidadãos) somos os moradores, podemos trocar os síndicos porém a base permanecerá a mesma, e isso restrínge a democracia da população. Marcos Nobre deixa uma breve previsão e diz que "a diferença entre o governo e a oposição ficarão ainda mais claras após as eleições de 2014."

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