TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas – Karen Mingst

Por:   •  7/11/2018  •  Resenha  •  1.396 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

Página 1 de 6

Heloisa Helena de Carvalho

RI – Vespertino – Turma XV

Professor Marcelo Mariano

Apontamento – Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas – Karen Mingst.

  • O estudo das Relações Internacionais é centrado no continente europeu. O Tratado de Westphalia é usado como marco nos estudos das RI, pois representou o fim da autoridade religiosa e o nascimento de autoridades seculares que proporcionaram uma noção de integridade territorial.
  • Anteriormente ao Tratado de Westphalia temos outras formas de organização, tais como: as cidade-Estado gregas, que mesmo em conflitos procuravam manter relações econômicas e comerciais entre si; o Império romano que pode integrar um extenso território as mesmas leis, promovendo uma centralização politica e econômica que foram importantes para a futura teorização das RI e a Idade Média em que tivemos diversos meios de organização, o Império Bizantino e a civilização árabe foram formas de civilização desse período e eram totalmente opostas ao que se seguiu no restante da europa em que houve uma descentralização populacional e politica com o predomínio dos senhores feudais, que ascendeu devido a desordem que as invasões dos bárbaros provocaram no continente ocidental, juntamente com essa descentralização houve a centralização e predominância do poder da Igreja Católica. A figura de Carlos Magno foi de grande importância para questionar a autoridade da Igreja e seu domínio sobre os aspectos da vida politica.
  • No período medieval em diversas partes do mundo predominou a tendência de descentralização e centralização do poder, como visto no continente Africano e no Japão.
  • Após os anos 1000 observou-se uma descentralização do feudalismo e uma universalização do cristianismo no continente europeu, desenvolvimento e expansão das relações comercias, principalmente na Península itálica que foram essenciais para o desenvolvimento das relações diplomáticas atuais. Tais mudanças possibilitaram também mudanças no âmbito intelectual e das relações sociais, quanto ao surgimento de pensamentos renascentistas.
  • O período de expansão marítima e territorial foi importante para a incorporação das regiões periféricas com os países desenvolvidos europeus a economia capitalista mundial e ao sistema capitalista internacional, sendo para alguns teóricos esse período decisivo para o inicio da história das RI.
  • A centralização do poder proporcionado pelas monarquias possibilitou o surgimento de conceitos, tais como o de soberania (definido por Jean Bodin como “poder absoluto e perpétuo investido em uma comunidade”), que foram de grande importância para a revolução westphaliana. O soberano não possui poder ilimitado era regulado pelas leis divinas e da natureza e pelos acordos e tratados que fazia com seu povo.
  • O Tratado de Westphalia foi uma medida final a Guerra dos Trinta Anos, estabeleceu e fez prevalecer a noção de soberania nacional em que em cada Estado o soberania teria poder sobre a sua população sem que medidas externas influenciassem, a questão da religião não seria mais um fator de conflito, inicia-se a predominância da territorialidade, desta forma nenhum Estado poderia interferir nos assuntos do outro. Foi importante também para estabelecer os países nucleares que dominaram o mundo até o inicio do século XIX.
  • O predomínio dos Estados absolutistas na Europa ocidental e a forte influência na economia potencializaram o surgimento de uma corrente liberal que questionava a eficácia de tal atuação, sendo importante para esse cenário o teórico Adam Smith que argumentava quanto a livre comercialização e que o interesse dos indivíduos de prosperar já seriam importantes para a manutenção e crescimento da economia sem a interferência do Estado.
  • Duas grandes revoluções no século XIX, a Americana e a Francesa, foram importantes para os novos rumos econômicos e políticos que dominariam as ideologias do mundo.  Um dos princípios que surgiram nesse período foi desenvolvido por Locke argumentando sobre a legitimidade de tais governos absolutistas segundo os conceitos que os sustentavam, traz a ideia do poder emanar do povo e de um governante que seja representante das vontades da população, um detentor da proteção dos direitos naturais. O outro principio foi a  ideia de nacionalismo que nasceu a partir de um forjamento emocional entre Estado e massas.
  • Após a derrota de Napoleão em 1815 o continente europeu experimenta um grande período de paz, através de acordos e constantes reuniões os principais líderes do período procuraram a todo o custo manter um clima de estabilidade. No entanto o questionamento é como tal situação foi possível devido às diversas mudanças politico e econômicas que repercutiam no mundo. Os fatores que explicam essa situação são: o eurocentrismo (a visão de superioridade europeia perante os países colonizados trazia certa solidariedade entre os colonizadores), a união das elites temendo uma revolução das massas e a unificação da Alemanha e da Itália.
  • A industrialização propagou-se por praticamente toda a Europa, forneceu aos Estados a capacidade econômica e militar que proporcionaram a expansão territorial focando-se nas disputas na África e Ásia os países europeus não entravam em conflito direto, desta forma a Partilha da África foi feita na tentativa de evitar batalhas e tentar trazer equilíbrio entre as potencias europeias. A luta por influencias no âmbito econômico e politico levou os países europeus e até mesmo os recém-formados Estados Unidos da América a brigarem por áreas de influencia. No continente asiático essa situação tem como exemplo a ocupação na China.
  • O equilíbrio de poder adquirido pós período de dominação napoleônica foi importante para manter o longo período de paz que reinou no continente europeu. Os Estados procuravam evitar a ascensão de um “Estado hegemônico” como havia sido a França de Napoleão, sendo a Rússia e a Grã-Bretanha nações importantes para o funcionamento desse sistema. A solidificação das alianças dentro desse mecanismo juntamente com a insatisfação da Alemanha com as decisões do Congresso de Berlim foram fatores importantes para o inicio da Primeira Guerra Mundial, dando simbolicamente fim ao século XIX.
  • O final da Primeira Guerra trouxe drásticas mudanças as RI. O enfraquecimento dos três principais impérios europeus deu fim a ordem social conservadora que permeava o continente dando lugar a proliferação de nacionalismos. As insatisfações alemãs que ainda permaneciam e até aumentaram com o final do conflito foram de grande importância para o surgimento da Segunda Guerra Mundial. A ineficácia da Liga das Nações em manter a paz e evitar conflitos futuros ocorreu principalmente devido à ausência de “peso politico, os instrumentos jurídicos nem a legitimidade para desempenhar a tarefa”, situação que se deve a recusa dos EUA e da Rússia em aderirem e dos países vencidos de participar. Como consequência o fim da Segunda Guerra trouxe uma redistribuição do poder e a mudança das fronteiras politicas, todas as características que contribuíram para a formação da Guerra Fria.
  • A Carta do Atlântico foi um importante instrumento de discussão entre os países ganhadores da guerra para pensar formas de manter a paz.
  • O fim da Segunda Guerra fez surgir duas superpotências que foram protagonistas da Guerra Fria, EUA e URSS. Aliados no contexto da segunda guerra ambos os países relutaram em aderir ao conflito e só o fizeram porque foram atacados diretamente e após o término da guerra se viram em divergências no âmbito politico e econômico quanto aos interesses geopolíticos nacionais. Enquanto a Rússia se aliava aos seus vizinhos territoriais os EUA criava politicas externas de contenção a essa expansão soviética culminando na Doutrina Truman 1948.
  • O período referente a Guerra Fria foi marcado principalmente pela divergência das ideologias politicas capitalista que tinha como representante os EUA e a marxista representada pela URSS. Foi nesse período que chegou ao fim os impérios japonês e alemão e também houve espaço para diversos movimentos de independência das antigas colônias europeias.
  • Apesar da ausência de conflitos diretos o período foi marcado por diversas lutas ideológicas nos territórios asiáticos e africanos, em que cada Estado procurava lutar pelo prevalecimento de sua ideologia. Como a Guerra das Coreias, a Guerra do Vietnã, as guerras civis na Angolas, Etiópia, Somália, entre outros. A Crise dos misseis em 1962 pode ser descrito como o maior momento de tensão do conflito.
  • “Uma longa paz é sustentada por intimidação mútua”, tal argumento é sustentado devido a intimidação nuclear, divisão de poder, estabilidade econômica proporcionada pelos EUA, manutenção da paz devido ao liberalismo econômico e como parte de um ciclo histórico de paz e guerra.
  • A era pós guerra fria no campo das RI é de globalização, pelo primazia dos EUA, além do crescimento dos ataques terroristas aos países ocidentais, como fruto das grandes intervenções que estes fizeram em seus países de origem.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.2 Kb)   pdf (87.7 Kb)   docx (14.5 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com