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Economia Cafeeira

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Por:   •  7/4/2014  •  925 Palavras (4 Páginas)  •  308 Visualizações

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Economia cafeeira, urbanização e industrialização na primeira república.

1º Golpe militar do Brasil foi reafirmado como proclamação civil, no dia 15 de novembro de 1889, porque ele se deu através da conspiração de diversas forças sociais: militares do Exército e da Armada, representantes da cafeicultura paulista, das elites gaúchas e positivistas, num golpe de Estado instaurando assim um regime militar. Criando um governo provisório formado por Campos Sales (Justiça), Demétrio Ribeiro(Agricultura, Comércio, Obras Públicas), Rui Barbosa(Fazenda), Aristides Lobo(Interior), Quintino Bocaiúva(Relações Exteriores), Benjamim Constant(Guerra) e Eduardo WandenKolk(Marinha).

Abrindo no Brasil um período de instabilidade financeira e política, e além disso um período de progresso e desenvolvimento. Como o início de reformas nas Forças Armadas, criação de um novo código penal, início à liquidação das pendências de fronteiras com os países vizinhos e promoveu uma grande reforma financeira e bancária.

Para alguns historiadores a reforma financeira e bancária foi uma continuidade da política emissionista iniciada por Visconde de Ouro Preto (presidiu o último conselho de ministros do Império), objetivando atender as demandas de crédito dos empresários. Com essa reforma o governo republicano criou três bancos regionais autorizados a emitir três vezes mais papel e dinheiro em relação ao existente na época. A moeda seria garantida por obrigações do tesouro, e não em ouro.

Os investimentos multiplicaram-se, dando lugar a uma especulação desenfreada chamada de encilhamento. Encilhamento foi a forma que ficou conhecida a crise financeira ocorrida no Brasil em 1890 decorrente da política econômica do governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca. Essa política conduzida pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa, tinha por objetivo o incentivo a industrialização e se baseou na liberação de créditos bancários garantida pelas emissões de moeda destinadas ao financiamento de projetos industriais. O fracasso deste projeto deu-se ao boicote promovido por especuladores ligados aos latifúndios, importadores e exportadores estrangeiros por meio de empresas-fantasmas inundando o mercado financeiro com ações sem lastros de capital. Ocasionando inflações dos preços, falências e a desconfiança nas instituições financeiras que continuou por vários anos.

A política emissionista (bancos, indústrias) desse novo regime contribuiu para um padrão cultural mais arrivista (indivíduo que quer, tem ambições ou quer triunfar, a todo custo e sem escrúpulos) de acordo com Sevcenko, 1985.

A reforma financeira ao lado da grande exportação de café contribuiu para o investimento nas indústrias, importação de capital constante (máquinas e equipamentos).

Os fazendeiros visavam altos lucros e começaram a proibir o cultivo de subsistência dos colonos, exceto quando intercalavam cultivos alimentares nas ruas dos novos cafezais durante seu crescimento. Gerando carestia (desnutrição em massa, epidemia e aumento da mortalidade) e o aumento do custo de vida nas cidades. Expansão contínua do cultivo de café causou superprodução. Em 1893 houve uma crise na Europa que atingiu os Estados Unidos, o principal consumidor do café, provocando uma queda nos preços do café.

A importação diminui e os pagamentos das importações ficam comprometidos. A principal fonte de arrecadação do Estado provinha das rendas alfandegárias, impostos cobrados sobre as importações, com a queda o Brasil fica impossibilitado de liquidar a divida externa e impossibilitado de pegar novos empréstimos.

Além da crise internacional, o pais passa por uma instabilidade política. O presidente Deodoro da Fonseca, renuncia em meio as pressões políticas. Burguesia descontente por causa da inflação gerada pelo encilhamento, ao fechar o congresso Nacional as elites civis e militares passam a conspirar contra ele, a Marinha também revolta-se.

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