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Fichamento: DUVERGER, Maurice. Ciência Política: Teoria E Método. Rio De Janeiro: Zahar Editores, 1981. (Introdução)

Monografias: Fichamento: DUVERGER, Maurice. Ciência Política: Teoria E Método. Rio De Janeiro: Zahar Editores, 1981. (Introdução). Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/6/2014  •  515 Palavras (3 Páginas)  •  6.283 Visualizações

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No texto, Duverger apresenta a ciência política como uma ciência relativamente jovem, portanto ressalta que há apenas meios de criar uma noção da Ciência Política e não uma definição. Como não existem fronteiras naturais entre os diferentes ramos do saber, é natural que a ciência política atravesse às fronteiras de outras ciências sociais, o que ressaltaria uma de suas definições, a de ciência encruzilhada.

Como ainda não possui uma definição, seu objeto de estudo também é questão de debate acadêmico, onde enquanto alguns teóricos afirmam que a “Política” é a ciência do Estado, outros a determinam como a ciência do poder. No primeiro caso, fundamentaria-se sobre a concepção da soberania do Estado, já no segundo, seus alicerces seria a noção sociológica do Estado. No entanto, apesar de todos os debates, há-se a noção de que a Ciência Política gira em torno da noção do poder.

Nesse contexto, Duverger apresenta a concepção de Leon Duguit, segundo a qual a política estuda a relação entre governantes x governados, podendo – e talvez devendo – ser caracterizada como a ciência dos governantes. Porém, logo em seguida são apresentados os contrapontos dessa mesma concepção, tais como: a separação entre governantes e governados não ser tão nítida, só sendo perceptível na fase intermediária entre a fase primitiva – onde os homens obedeciam a regras e prescrições – e a fase atual – na qual o poder é institucionalizado.

Para explicar o poder, o autor o apresenta como um fenômeno biológico, uma hierarquia é criada naturalmente e mantida sob outro fenômeno, o da coação. A máquina do Estado, portanto, não passa da transposição da coação física a uma escala mais organizada. A pressão Social Difusa (absorção de tradições e costumes, transmitidos pela educação e pela vida social), Coação por Enquadramento Coletivo ( grupos de base que exercem controle sobre as massas) e Coação Psicológica (todas as formas de propaganda), são os principais elementos de coação.

Essas formas de coação acabam por desenvolver as crenças, outro elemento essencial na formação do poder, já que as mesmas servem como disfarce para o sistema de dominação. Como podem ou não surgir antes do sistema de coação, também é papel das crenças gerarem legitimidade, o que faz com que não haja questionamentos sobre a soberania do poder legítimo. Ou seja, cria o consenso, a conformidade.

Duverger também apresenta as diferenças características entre Poder e Dominação. Enquanto o primeiro é relativo ao relacionamento entre governantes e governados, o segundo diz respeito à relação entre governantes e governantes. Enquanto o poder é um fenômeno de crença, a dominação é um fato material. Por fim, enquanto o poder é reconhecido como poder e sua autoridade é admitida, a superioridade é suportada. Luta-se contra ela, espera-se destruí-la.

Conclui-se então, que o objeto da Ciência Política é o poder político, portanto só pode ser considerada como uma ciência se o objeto de estudo for a Ciência do Poder, já que a Ciência do Estado limita o objeto e impede que outras hipóteses sejam observadas, ao anular a comparação com outros objetos de poder.

Logo, a Ciência Política é a ciência do poder em todas as suas formas.

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