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Governo Lula

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Por:   •  6/5/2014  •  1.927 Palavras (8 Páginas)  •  479 Visualizações

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A gestão Lula iniciou dando segmento a política econômica do governo anterior, FHC. O capital internacional encontrava-se em "debandada" à epoca. Para tanto, nomeou Henrique Meirelles, deputado federal eleito pelo PSDB de Goiás em 2002, para a direção do Banco Central do Brasil dando um forte sinal para o mercado - principalmente o Internacional, em que Meirelles é bastante conhecido por ter atuado como gerente financeiro no Bank Boston Leasing - de que não haveria mudanças bruscas na política econômica no governo Lula. Nomeou o médico sanitarista e ex-prefeito de Ribeirão Preto Antônio Palocci, pertencente aos quadros do PT, como Ministro da Fazenda. Após seguidas denúncias contra Palocci feitas pela mídia, este pediu demissão (em 27 de agosto de 2009, o STF arquivou a denúncia feita contra Palocci). O seu substituto foi o economista e professor universitário Guido Mantega, que assumiu o ministério em 27 de março de 2006.

O Governo Lula caracterizou-se pela baixa inflação, redução do desemprego e constantes recordes da balança comercial.[5] Promoveu o incentivo às exportações, à diversificação dos investimentos feitos pelo BNDES, estimulou o micro-crédito e ampliou os investimentos na agricultura familiar através do PRONAF (Programa Nacional da Agricultura Familiar). Na gestão do presidente Lula observou-se o recorde na produção da indústria automobilística, em 2005 e o maior crescimento real do salário mínimo, resultando na recuperação do poder de compra dessa parte da população. Também houve o refortalecimento da Petrobrás, que culminou com o renascimento da indústria naval brasileira, que em 2009 passou a ser a sexta maior do mundo.

O salário mínimo passou, em oito anos, de 200 para 510 reais (aumento de 155%). O nível de desemprego registrou queda no Governo Lula, caindo de uma taxa de 12% em 2003, para 9% em 2007. O PIB registrou expansão média de 3,55% ao ano, entre 2002 e 2009, segundo estudo do economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ. O valor fica abaixo da média de crescimento da economia do período republicano, de 4,55%, e coloca o Governo Lula na 21ª posição em ranking de 29 presidentes

Em 2007, houve uma tentativa de se prorrogar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), embora o Governo estivesse batendo recordes de arrecadação. O Governo Lula lutou pela manutenção da CPMF. Mas, posteriormente, o Senado extinguiu o imposto. O professor de Economia Brasileira da PUC do Rio, Luiz Roberto Cunha, citou, à época: "Acredito que o impacto será positivo. O fim da CPMF vai gerar até um aquecimento da economia, porque o consumidor vai ter mais dinheiro para gastar e as empresas, para investir".

Durante a gestão de Lula, a liquidação do pagamento das dívidas com o FMI contraídas em governos anteriores foram antecipadas, fato criticado por economistas por se tratar de dívida com juros baixos. Mas esta ação resultou em melhor prestígio internacional e maior atenção do mercado financeiro para investir no Brasil.A dívida externa brasileira, no entanto, continuou alta: era de US$ 214,93 bilhões no ano de 2003, e em janeiro de 2008, a estava em U$ 196,207 bilhões. (Fonte: Jornal do Commercio, 26 de fevereiro de 2008)

A condução da política de juros do governo é considerada conservadora. O ex-presidente do Banco Central cita que, se o BC corrigisse o atual modelo, O Brasil poderia ter tido um crescimento entre 1999 e 2008 parecido com o do milagre brasileiro de 1968-1973, ou seja, uma alta taxa média de crescimento, de mais de 5% ao ano, sem pressões inflacionárias, o que não ocorreu.Mesmo sendo altas, as taxas adotadas pelo governo Lula equivalem, nominalmente, a menos da metade do valor praticado pelo governo de seu antecessor, que estavam em torno de 25% no início de 2003. Analistas financeiros apontaram que a taxa de juros SELIC saiu de 25% ao ano em 2003, quando Lula tomou posse, para 8,75% ao ano em julho de 2009 (no segundo mandato de Lula), a mais baixa da história.Na prática, porém, o juro real brasileiro (a taxa de juros descontando-se a inflação do país) continua sendo o mais alto do mundo. Em março de 2009, por exemplo, levantamento feito pela consultoria UpTrend mostrou que, considerando a inflação projetada para 12 meses posteriores, o juro real brasileiro é de 6,5% ao ano. A Hungria aparecia em segundo lugar, com 6,2% ao ano. Argentina e China vinham em seguida, com 4,3%. Esta redução dos juros provocou o deslocamento de muitos investimentos em títulos da dívida pública para o setor produtivo, fazendo com que o Índice BOVESPA saltasse de 40.000 pontos no início de seu mandato para mais de 60.000 pontos em 2007, aquecendo o mercado acionário e o capital social das empresas brasileiras.[carece de fontes?]

Críticos argumentavam que os números positivos do Brasil eram consequência da bonança financeira internacional; uma delas era a forte demanda asiática por produtos primários brasileiros, aumentando a sua cotação e consequentemente inflando o superávit comercial, que poderia mudar a qualquer momento, e que o país não disporia de um plano de desenvolvimento claro. Estes argumentos, porém, mostraram-se falhos ou insuficientes, na crise econômica que atingiu fortemente o mundo, no final de 2008 e início de 2009 (no segundo mandato de Lula). Graças às políticas e ações feitas pelo governo Lula, além da manutenção de políticas de governos anteriores, o Brasil sofreu pouco com a crise, e isso foi reconhecido internacionalmente por outros países. De acordo com estudos da fundação da Alemanha Bertelsmann publicados em 2010, o Brasil foi um dos países que melhor reagiram perante a crise. Segundo os relatórios publicados, a fundação elogia os programas sociais do país e o controle austero sobre as instituições financeiras, e revela que o país alcançou posições econômicas melhores.

Houve, na gestão Lula, a recriação de alguns órgãos extintos no governo anterior, por excesso de fraudes e desvios de verbas, como a SUDENE, que até hoje não obtiveram os resultados desejados[carece de fontes?] e a criação de novas empresas estatais de menor porte.[carece de fontes?]

Outro trabalho do governo Lula foi o fim do ciclo de privatizações das empresas estatais. Um dos pontos controversos das privatizações ocorridas no governo anterior foi a venda da companhia Vale do Rio Doce, a um valor menor que o lucro obtido no primeiro ano de gestão dos novos donos. A empresa veio a se tornar uma das mais competitivas do mundo, mas foi feito às custas, principalmente, do aumento da exploração das reservas de minério e do preço de seus produtos finais.[carece de fontes?]

Por outro lado, após 5 anos de mandato, o governo Lula passou também a apoiar uma política de privatizações de rodovias, com os

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