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Materialismo Histórico Em Marx

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Por:   •  3/6/2013  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  546 Visualizações

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O Materialismo Histórico em Marx

Por: Jayme Callado Neto

Karl Heinrich Marx (1818–1883) influenciou fortemente a filosofia e a ciência mundial. Evidenciou a proposta de um modelo de sociedade alternativo ao capitalismo e solidificou as bases teóricas para uma sociedade socialista, caracterizada pela igualdade social, uma sociedade sem exclusões e sem classes sociais. Sua vida foi marcada, pelas diversas expulsões de vários países, devido ao seu radicalismo, pela organização e luta dos trabalhadores e pela perseguição dos que defendiam o capitalismo como modelo de sociedade perfeita e, em 1848, lança em conjunto com Friedrich Engels (1820-1895) o Manifesto Comunista que expressa bem suas idéias.

Para compreendermos o pensamento de Marx e o que conhecemos como Materialismo Histórico precisamos entender que estamos observando um pensador do século XIX que se forma dentro de um contexto histórico e sócio-econômico bastante conturbado, pois a consolidação do Capitalismo Industrial se dá pela grande exploração da força de trabalho. De um lado avistamos uma burguesia capitalista que é dona dos meios de produção e terras e de outro o proletariado cujo único recurso é força de trabalho, por tanto, antagônicas. O impacto gerado por este capitalismo, além da criação daquelas duas classes sociais, também, gera os primeiros movimentos sindicais, os primeiros movimentos políticos voltados para a transformação e melhoria das condições de trabalho e produção dessa sociedade. A isso se agrega a elaboração de novas idéias no campo científico e pensadores entre os séculos, XVIII e XIX, como Adam Smith e David Ricardo geram os primeiros passos para formação das, hoje, reconhecidas Ciências Econômicas e Economia Política. Esta é muito bem abordada e que é uma das bases do pensamento de Marx (Obra: O Capital). Apesar de ser um crítico à tradição da filosofia ocidental esse acha em Hegel (1770-1831) um apoio fundamental para o desenvolvimento de seu pensamento teórico. A contribuição hegueliana foi a redescoberta da temporalidade, a dimensão da historicidade, a perspectiva dialética do pensamento filosófico. Esse pensamento percebe que o real não está feito de maneira definitiva, um conceito não propriamente de ser, mas, muito mais, de vir a ser. Não como algo pronto e acabado feito por Deus de toda eternidade, em contra partida, de que o real é um processo permanente de Devir (transformação).

Hegel traz essa dimensão histórica para a filosofia contemporânea. A partir dele não é mais possível explicar nenhum fenômeno sem nos preocuparmos com o processo de transformação. Essa redescoberta da historicidade, da temporalidade, passa a estar presente em outros pensadores entre os séculos, XVIII e XIX, um bom exemplo é Charles Darwin (1809-1882). Os trabalhos de pesquisa deste último sobre “A origem das espécies” nos mostra, que a vida é um processo de longa evolução mostrando que a evolução parte de estágios mais simples até os mais complexos.

A partir de todos esses elementos Marx constrói uma síntese incorporando essa idéia da dialética idealista hegueliana na história e realidade, concreta, do homem, quer dizer, não é mais uma dialética da metafísica, mas uma dialética baseada em um materialismo histórico em que a constituição da sociedade

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