O Nacionalismo Econômico Aplicado

THAIANNE RODRIGUES DE CARVALHO

Cenário II

A estratégia industrial alemã atual é vista como uma reação a outras políticas

industriais protecionistas adotadas por países como China, Japão e Estados Unidos. A

percepção desse cenário, levou o governo alemão a buscar formas de garantir sua liderança

nas áreas em que se destaca, como setor automobilístico e produtos químicos, comprando

empresas a fim de protegê-las da aquisição por outros países.

A Estratégia para a Indústria Nacional 2030 é a política industrial alemã que visa

concorrer com as dos demais países que já praticam estratégias de liderança internacional em

diversos setores industriais como aço, alumínio, ótica, tecnologia verde, e defesa, por

exemplo. De acordo com essa estratégia, o país pretende aumentar a relação entre a ​produção

industrial e o PIB em 25% até 2030, apoiando esses setores, fornecendo subsídios que

permitam a competitividade global da indústria alemã.

A partir do pensamento de Friedrich List, defensor do Nacionalismo Econômico, essa

Estratégia protecionista é o único sistema que pode levar “nações atrasadas” ao mesmo

patamar predominante. Em seu livro Sistema Nacional de Economia Política (1983), List cita

a Alemanha, França e EUA como países passíveis de serem protecionistas, visto que à época,

tais países não eram potência dominante, a Inglaterra ocupava esse posto. Atualmente, os

EUA através do protecionismo conseguiu alcançar esse posto de economia e potência

dominante.

Também é característica do pensamento de List, o foco em especialização e educação,

proporcionando uma mão de obra de qualidade. Friedrich defende o desenvolvimento que

promove mudança, avanço e crescimento. Assim, adotando o protecionismo como prática

industrial como os EUA ou a China, a Alemanha poderá alcançar os níveis comerciais desses

países e manter sua liderança nos setores para os quais se especializou.

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