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RENE REMOND

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Por:   •  15/7/2014  •  Seminário  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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Como ensina RENÉ REMOND:

Na Alemanha, para realizar autoritariamente a unidade, Bismarck busca apoio no povo, contra os particularismos regionais. Como os movimentos nacionais se afastam da inspiração liberal da primeira metade do século XIX, em 1862 ocorre um cisma no partido liberal: a maioria dos liberais prussianos sacrifica a liberdade à realização da unidade nacional e tomam o nome de nacionais-liberais. Entre as liberdades parlamentares e a unidade nacional, a maior parte dos liberais opta pela nação contra a liberdade. Este fato tem inúmeras conseqüências no que respeita ao futuro político da Alemanha.

Com base no liberalismo e nacionalismo, os intentos de unificação foram lançados à população e o sentimento nacionalista gerou uma política de guerras onde o resultado não poderia ser melhor. Nas guerras dos Ducados, Austro-Prussiana e Franco-Prussiana, por um período de sete anos, alavancaram o espírito unificador.

Na Guerra dos Ducados, houve uma parceria entre Prússia e Áustria, em 1864, contra a Dinamarca pelos ducados de Schleswig e Holstein. Sagrando-se vencedores os estados alemães dividiram os territórios entre ambos, por acordo na Convenção de Gastein. Pouco após a assinatura do tratado notou-se a estruturação de uma política mais voltada ao estado austríaco, em contrariedade ao acordo, sendo o pontapé para mais uma guerra, a Austro-Prussiana.

Em 1866, a Prússia, com o apoio da Itália, também em processo de unificação, levantou-se contra a Áustria, obtendo êxito na Batalha de Königgrätz. Um acordo de paz seria assinado em Praga e nele estaria firmada a exclusão da Áustria dos estados germânicos.

Um ano depois, Bismarck desenvolveu a separação dos estados entre a Confederação do Norte e a Confederação do Sul. A do norte caracterizada pela unidade luterana; já a do sul, situados ao sul do rio Main (Hesse, Baden, Baviera e Würtemberg) de cunho majoritário católico, era formada por quatro estados que não conseguiram formar-se em uma unidade. Era o que faltava para a unificação alemã.

Em um golpe de Bismarck, o imperador francês Napoleão III declarou guerra a Prússia, dizendo-se vítima de agressão ao império e de possível invasão germânica. Os alvos mais próximos dos franceses seriam os estados do sul, despreparados e desunidos para uma guerra. Sendo assim aliaram-se aos estados do norte, dando início a Guerra Franco-Prussiana.

Prússia e França entraram em combate em 1870, e sem demora, o exército prussiano mostrou forças capazes de encurralar os franceses em seu próprio território. Na batalha de sedan houve a vitória e rendição do imperador francês que nada mais podia fazer para contornar os rumos que a guerra havia tomado. Com a rendição foi assinada a Paz de Frankfurt, que condenou a França a pagar alta indenização e ceder os territórios da Alsásia-Lorena, ricos em carvão e de formação basicamente germânica.

Otto von Bismarck cita que a vitória nesta batalha ocorreu por decorrência do mestre-escola, onde a falta de simpatia aos franceses já era algo difundido nas próprias escolas, fruto das campanhas napoleônicas.

Com a vitória o sentimento nacionalista cresceu diante dos estados do sul, onde a anexação aos estados do norte se fez consequência, porém com algumas autonomias, como a de exército próprio em tempos de paz.

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