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Resumo Paul Kennedy

Por:   •  7/6/2017  •  Resenha  •  1.437 Palavras (6 Páginas)  •  1.031 Visualizações

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The Rise and Fall of the Great Powers, Paul Kennedy, 1987.

No livro “The Rise and Fall of the Great Powers: Economic Change and Military Conflict from 1500 to 2000”, Paul Kennedy estuda as relações de poder entre os países de 1500 a 2000 no cenário europeu tentando identificar padrões nessas relações, através da intersecção entre economia e estratégias nacionais. A sua tese é a de que a manutenção do status quo de um Império depende de um equilíbrio entre a criação de riquezas e o gasto militar: o aumento do poder econômico de um país leva ao aumento dos seus gastos militares, que são necessários para a proteção de suas riquezas mas que podem significar um desinvestimento nas atividades produtivas. O equilíbrio dessa relação é o fator mais importante para a determinação de um grande poder, mas outros fatores também são importantes, como: geografia, tamanho da população, organização militar, coesão nacional, identidade nacional e o sistema de alianças que o país está inserido.

O autor busca comprovar a sua tese fazendo uma análise histórica do período de 1500 a 2000, onde são encontrados padrões que comprovam a sua tese: toda ascensão e queda de um império nestes cinco séculos foram acompanhadas de um conflito militar, com a forma em que o país buscou equilibrar a criação de riquezas e o seu gasto militar sendo determinante para a manutenção de seu poder. Os impérios da Espanha, Holanda, França e Grã-Bretanha caíram devido a um aumento dos gastos militares e uma diminuição na geração de riquezas.

O padrão histórico identificado pelo autor que possibilita essa dinâmica é o fato de que a força relativa das nações líderes do Sistema Internacional altera-se constantemente, devido a diferenças nas taxas de crescimento e evoluções/inovações tecnológicas e organizações que produzem novas vantagens para diversas nações.[1] 

Após explicar a tese de sua obra na introdução do livro, resumidos acima, o autor vai dedicar os capítulos do livro a análise das reações de poder dos estados dominantes (sobre a ótica da estratégia e economias nacionais) em diferentes períodos do tempo. Como cada capítulo tem igual importância, se diferenciando apenas por apresentar a história de um diferente período do tempo, o capítulo selecionado aqui servirá de exemplo para analisar a argumentação do autor mas tem igual importância aos demais.

No capítulo 3, fazendo um estudo econômico, o autor explica as principais vantagens da Inglaterra em relação a França que possibilitaram a ascensão inglesa como potência mundial ao final da guerra com Napoleão em 1815: a vantagem inglesa se deveu a força de sua economia e a Revolução financeira que ocorreu no período.

O autor explica como a partir do século XVIII iniciou-se uma revolução financeira na Europa, principalmente devido as novas necessidades financeiras: o surgimento das monarquias do século XVIII, uma reorganização militar (iniciada pela França e seguida pelos outros países) que trouxe uma maior necessidade de recursos para sustentar o exército estatal e as diversas guerras do período, caras e duradouras. Além disso, havia uma falta de metais preciosos (necessários para circulação de moeda), com o início de uma maior circulação de notas de dívidas. Essa revolução financeira consistiu na criação de um sistema bancário e de crédito relativamente sofisticado, para financiar os gastos dos países. O autor ainda explica o surgimento de Amsterdam como um centro financeiro credor mundial, que chegou a estar mais preocupado com a estabilidade e confiabilidade dos outros países do que com ideologia e religião, que era o padrão histórico antigo.

Kennedy então aborda no capítulo as guerras entre França e Grã-Bretanha travadas entre 1689 e 1815 e explica como as diferenças do sistema financeiro inglês deram vantagem a este país e possibilitaram a sua vitória. O sistema de taxação inglês, com uma taxação direta mais leve, aumentou a propensão da acumulação de capital pelos mais ricos durante os tempos de paz, acumulo esse que poderia ser taxado na época da guerra. Durante o embate com Napoleão Bonaparte, mesmo tendo metade da população francesa a Grã-Bretanha possuía uma receita maior do que a França (em termos absolutos). Além disso, o fator que foi essencial para dar vantagem a Grã-Bretanha foram as diferenças do seu sistema de crédito público, que, resumidamente, muito mais eficientes e estruturadas que o francês, possibilitaram o empréstimo de dinheiro com taxas de juros muito menores que as da França.

A partir do início do século XIX, no estágio final da guerra entre a Grã-Bretanha contra a França de Napoleão e a decisão de qual seria o grande império vencedor, a Inglaterra se encontrava uma pressão econômica muita forte devido ao banimento comercial imposto por Napoleão, o desemprego nas cidades, o aumento da dívida pública e a piora do relacionamento com os Estados Unidos que afetou as exportações. No entanto, tais pressões não foram suficientes para prejudicar a Inglaterra: com a Espanha conseguindo sair do domínio de Napoleão (1808) e o rompimento do país com a Rússia, a Inglaterra conseguiu contornar o bloqueio, além de suas ligações no além-mar que mantinham sua balança comercial: Ásia, África, Indias ocidentais e América Latina. Com essa tratativa, as exportações inglesas do período no agregado acabaram por aumentar. Além disso, a Inglaterra continuou crescendo economicamente no período.

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