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Sob a névoa da guerra

Por:   •  5/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  324 Visualizações

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Um documentário sobre Robert Strange McNamara e seus feitos, evidenciam 11 lições de vida aprendidas por ele no decorrer de sua jornada. Organizada pelo diretor Errol Morris, demonstra de forma brilhante a história e experiência de McNamara, principalmente com sua entrevista, adicionada de imagens reais e metafóricas de um dos momentos em que quase explodiu uma guerra nuclear onde sua atuação foi muito importante.

Ao relacionar os feitos de Robert com as Relações Internacionais, podemos perceber diversos aspectos em suas ações, mas de forma sucinta, a participação maior, e mais representativa, de toda a sua vida foi na guerra. Utilizando suas habilidades em calculo e estatística contribuiu grandemente para o triunfo dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, onde num mundo que é constituído por potências soberanas e independentes, a guerra se torna como ultima alternativa, uma forma de defesa dos interesses vitais do Estado. Portanto, sair vitorioso de uma guerra é defender a soberania daquele país, além de defender sua imagem perante os outros, pois como disse McNamara: “É imoral perder, mas não ganhar”.

Além disso, o Historiador Edward Hallett Carr, que focou seus estudos nas relações internacionais, em sua analogia trás um pensamento realista, que com sua contemporaneidade, se aplica mesmo aos dias atuais, onde explicita que enquanto houver a anarquia internacional, ou seja, a não existência de algo acima dessa soberania dos Estados, essencialmente as relações internacionais continuarão conflituosas e baseadas na politica do poder. Logo, a paz é algo temporário, pois dentro desse contexto sempre haverá algum motivo para guerra. Ou seja, ser o diferencial de alguma, é de suma importância. E saber reconhecer os riscos também. E assim foi feito quando se descobriu os misseis em Cuba, afinal ali poderia se desencadear uma guerra nuclear, que poderia por fim a humanidade. Logo em uma de suas lições, “Cause empatia no inimigo”, Robert, achou uma saída racional e negociou com a União Soviética, que se sentiu vencedora, todavia, os americanos acreditavam que quem havia vencido eram eles, pois com sua decisão evitaram uma guerra ainda maior. Entretanto, não utilizaram da mesma empatia e compreensão na Guerra do Vietnã, que já estava destinada ao fracasso pois as táticas escolhidas não iriam funcionar.

Por fim, como secretário de defesa no governo de Lydon B. Johnson, foi duramente criticado e destituído do cargo. Porém, com seu lado administrador, que já havia demonstrado ao ser presidente da Ford, foi presidente do Banco Mundial por 13 anos.

É incrível poder ver sob o olhar de quem realmente esteve presente na guerra, em um dos momentos mais decisivos para a história da continuidade das nações, a sua genialidade em suas decisões, principalmente ao apoiar uma anti-guerra nuclear, afirmando que esta é uma guerra onde não há chance para errar e um erro seria igual ao fim de toda uma nação. O cargo que ocupava na grande potencial capitalista, não era fácil e muito menos tinha como sair inocente dele, o que levou a muitos a odiarem ele mesmo após sua morte. E suas onze lições não deveriam ser somente utilizadas para estudo sobre a guerra fria, mas também ser levadas para a vida.

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