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Teoria da Democracia Participativa

Por:   •  21/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  584 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

TEORIA POLÍTICA II

PROF. RENATO FRANCISQUINI

ALUNO: RENAN CESAR SINGER

A teoria da democracia participativa é construída sob a afirmação central de que os cidadãos e as instituições representativas não podem ser considerados isoladamente. A maior participação de todos os indivíduos, a socialização ou treinamento social, deve ocorrer em outras esferas para que as habilidades, as atitudes e as funções psicológicas necessárias possam se desenvolver. Portanto, a principal função da participação na teoria da democracia participativa é educativo-cognitiva.

        A frase que Safatle (2015) usa em seu artigo publicado na Folha de São Paulo – importante meio de comunicação no cenário brasileiro- “cansei de existir politicamente apenas se sou representado por outro”, mostra os problemas do governo democrático brasileiro atual, visto que se torna uma espécie de democracia de partido, como diz Manin já que os eleitores se tornam as “bestas de votar”, ou seja, sua participação política é reduzida à democracia eleitoral, portanto sua posição em influenciar os seus representantes é quase nula.

        Apesar de as manifestações, começadas em 2013 e ainda poderem acontecer, como de fato aconteceram neste ano sob diferentes formas e diferentes descontentamentos, terem certo teor de democracia participativa, o que leva mesmo a um debate sobre os problemas de governo é a relevância que a grande mídia dá aos assuntos, sejam eles quais forem, pois o poder de convencimento desses meios para com a grande massa com pouca capacidade cognitiva, ou não desenvolvida, é muito grande. Nesse caso o debate pode até acontecer, porém com pouca participação, deixando novamente evidente o problema da participação nas instituições tradicionais e da soberania popular como conceito de democracia.

Além disso, em seu texto Pateman (1970) destaca que para existir uma forma de governo democrática é necessária a existência de uma sociedade participativa onde todos os sistemas políticos tenham sido democratizados e onde a socialização por meio da participação pode ocorrer em todas as áreas, sendo a mais importante a industrial, ou seja, no ambiente de trabalho para que o indivíduo se torne emancipado do ponto de vista econômico para poder tirar algumas desigualdades políticas, assim como dito por Cole e trazido pela autora nesse texto.

Para que o indivíduo tenha a independência e a segurança necessárias para a participação, a democratização das estruturas de autoridade da indústria, ao abolir a permanente distinção entre administradores e homens, significaria um grande avanço no sentido de satisfazer essa condição. (PATEMAN, 1970, p. 61).

 Então para que os indivíduos tenham maior liberdade para poder controlar suas próprias vidas e ter domínio também sobre o ambiente em que vivem, as estruturas de autoridade nessas áreas precisam ser organizadas de tal forma que eles possam participar na tomada de decisões.

                

        

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SAFATLE, Vladimir. Reforma Política. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.

PATEMAN, Carole. Rousseau, John Stuart Mill e G.D.H. Cole: uma teoria participativa da democracia. In: PATEMAN, Carole.Participação e Teoria Democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970. p. 35-64. Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2015.

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