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Texto Analítico Sobre Manifestações De Junho De 2013

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Por:   •  15/11/2013  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  663 Visualizações

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Texto analítico sobre os materiais postados no grupo do Facebook sobre as Manifestações de Junho.

As Manifestações, a comunicação e a legitimidade do cidadão brasileiro na busca de um governo mais justo.

Há cerca de quatro meses e meio várias pessoas, de várias faixas etárias, classes sociais, ideologias, cidades e estados foram às ruas em busca de melhores condições de vida em nosso país. Tudo começou com o movimento do passe livre, que, criado há alguns anos, vinha buscando espaço em São Paulo. Finalmente, com o aumento das passagens do transporte público da metrópole, o movimento ganhou força tamanha chegando a englobar outras insatisfações da população paulistana.

Pela dificuldade de definir o principal entre todos os objetivos que os vários manifestantes tentaram dar aos protestos, no geral, ficou-se definido que a principal causa de tanto alvoroço foi a insatisfação com o atual estado do governo brasileiro. Dentre estes focos está, entre uma das maiores justificativas, o mau uso do dinheiro público, o que muitos podem, e, às vezes, devem, englobar na corrupção. Apesar de tanto desconforto causado, grande parte dos manifestantes não sabiam exatamente pelo que lutar, permanecendo nas manifestações somente por motivos triviais, ou então, pela vontade de fazer diferença para sua nação, mesmo não sabendo nem por onde começar.

Uma das principais discussões levantadas além da má conduta do governo brasileiro, foi o uso da violência, tanto pelos policiais, quanto pelos manifestantes. As palavras “depredar” e “vândalos” nunca foram tão usadas. A mídia tradicional, em sua maioria, mantinha seus olhos voltados principalmente à política, não ouvindo inteiramente à população que ali gritava. Claro, há exceções.

Era só ligar a televisão e víamos imagens de pessoas quebrando vitrais, portas, carros, bancos, entre outros objetos de patrimônio público. Entretanto, ao pesquisar em alguma rede social na internet, era possível vermos cenas de milhares, senão milhões, de pessoas cantando, dançando e gritando, pacificamente. Pacificamente até a chegada da polícia. Após isso, eram pessoas correndo para um lado ou outro, bombas, fumaças, tiros, gritos. Enfim, violência e covardia com quem estava ali atrás de seus direitos.

É possível o acesso a imagens que mostram policiais corruptos implantando provas para incriminar manifestantes durante os atos, o que é totalmente injustificável. Pessoas honestas acusadas por crimes não cometidos, perdendo, então, seus direitos de ir e vir e liberdade de expressão, o que é totalmente inaceitável.

Claro, há exceções, da mesma maneira que há policiais que não acreditavam que a única saída era o uso do braço forte, haviam manifestantes que não fugiam à luta física. Porém, um fato ficou à mostra, manifestantes pacíficos eram a minoria para quem acompanhava toda a situação por meio de mídias mais tradicionais. Já na internet, era fácil o acesso para todo o tipo de opinião e cobertura. Se não acompanhou, é só perguntar para qualquer um que estava por dentro do assunto durante todo o ponto alto do movimento.

Um fator que evidenciaram, principalmente, aqueles manifestantes que não faziam jus ao que estava sendo exercido naquele momento, foi o uso de máscaras. A própria psicologia explica que o anonimato cria a difusão da responsabilidade social, o fator essencial para a depredação pública e a prática de outros crimes contra a sociedade. Há quem diga que está é a única maneira de sermos ouvidos, entretanto, a permanência nas ruas do grande número de pessoas presenciadas nos meses que se passaram se mostra mais do que suficiente para a prática de mudanças no modo de agir do Estado.

O único problema, depois de o gigante acordar de um longo sono, é o novo cansaço que alguns dias causaram, levando a um novo adormecimento. É claro que teremos, pelo menos, um sono mais leve, porém, não deveria existir. Através da manipulação sofrida, o povo brasileiro se deixou levar pelo foco dado aos poucos que deslegitimaram o movimento. Éramos muito maiores do que isso.

Marcas positivas, porém, foram deixadas. Entre todas as pessoas que foram juntas na “tsunami” dos protestos, muitas ficam, após todo o processo, na praia, ainda com muita disposição, como dito por Pablo Capilé, um dos idealizadores do grupo Mídia Ninja, que

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