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Henri de Lubac

Por:   •  25/9/2025  •  Trabalho acadêmico  •  2.495 Palavras (10 Páginas)  •  206 Visualizações

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DEFINIÇÃO DE LIBERDADE HUMANA NA VERITATIS SPLENDOR

Lucas Felipe Dias

“A questão fundamental, que as teorias morais acima referidas solevam mais fortemente, é a da relação entre a liberdade do homem e a lei de Deus: é, em última análise, a questão da relação entre a liberdade e a verdade.[1]” Este artigo se propõe analisar a liberdade humana na Encíclica Veritatis Splendor[2], os capítulos dois e três, apontam inúmeras teorias que se contrapõem a moral e os ensinos da Igreja, e João Paulo II apresenta caminhos que devem seguir a ética teológica.

 Esse artigo tem o intuído de discutir o problema da liberdade do homem. O que a igreja define como liberdade? Quando o homem alcança a liberdade nos seu ser e de que forma ele chega a verdadeira liberdade e qual visão da teologia com relação a essa temática, é o que se pretende tratar nesse breve artigo.

Para isto uso os documentos como Gaudium et spes, Dicionário de moral e algumas bibliografias como a obra de Bernhard Haering[3], e o livro de José Antônio Transferetti[4]. E mais alguns comentadores.

A Liberdade na Gaudium et Spes

Na GS nº 17 a liberdade humana é caracterizada como uma entrega que Deus dá ao ser humano, para que assim ele busque a Deus livremente.[5] No dicionário de moral, a definição é válida como uma liberdade dos vícios e tudo que afasta do criador, para assim alcançar um bem maior. “A liberdade cristã consiste em ‘tornar-se escravos pelos outros’. Porque toda a lei se resume neste único preceito: ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’”[6]. Assim buscando amar o próximo e seguir a lei, é que se alcança a liberdade verdadeira.

Catecismo da Igreja Católica

No catecismo da Igreja Católica, encontra-se a definição de ‘liberdade’ como poder baseado na razão e na vontade de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, portanto, de praticar atos deliberados”[7]. Sendo assim, pode-se falar que a liberdade é uma decisão do homem do que ele deve ou não fazer, sendo uma decisão do ser humano dotado de razão.

São João Paulo II afirma que a liberdade do ser humano é a sua inclinação para buscar a Deus: “Na sua inclinação para Deus, para Aquele que «só é bom», o homem deve livremente fazer o bem e evitar o mal. Mas para isso, o homem deve poder distinguir o bem do mal.”[8]

Veritatis Splendor

Na teologia, quando se fala de liberdade, logo se associa os escritos de Santo Agostinho e Tomas de Aquino. E voltando ao catecismo, a Igreja afirma que “quanto mais o homem pratica o bem, mais a pessoa se torna livre”. Na Encíclica Veritatis Splendor, o Santo Padre reafirma isso para mostrar que essa capacidade que o ser humano tem para buscar a Deus, o auxilia no processo de fazer o bem, e com isso, tornar-se cada vez mais livre.

Outro ponto que se quer chamar atenção é, até que ponto chega à liberdade humana? São João Paulo II ao falar da liberdade e autonomia do homem, ele aponta para o Concilio Vaticano II na Encíclica Gaudium et spes. Mostrando que a liberdade do ser humano acaba quando esquecemos de Deus e não quando se aponta a verdade sobre o ser humano, para o próprio ser humano, e qual a sua finalidade, como afirma o a carta:

Se sugerisse uma liberdade criadora das normas morais, segundo as contingências da história ou as diversas sociedades e culturas, uma tal suposta autonomia contradiria o ensinamento da Igreja sobre a verdade do homem. Seria a morte da verdadeira liberdade: ‘Mas não comas da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que comeres, certamente morrerás (Gn 2, 17).[9]

Tendo em vista o conceito de liberdade do ser humano apresentado acima, qualquer discurso sobre liberdade que fira a livre vontade do homem em sua busca ao verdadeiro bem, não seria a liberdade.

Um ato totalmente bom que a igreja normalmente apresenta como um ato de verdadeira liberdade, é a citação do ponto 72 da Veritatis Splendor que diz:

O agir é moralmente bom quando as escolhas da liberdade são conformes ao verdadeiro bem do homem e exprimem, desta forma, a ordenação voluntária da pessoa para o seu fim último, isto é, o próprio Deus: o bem supremo, no Qual o homem encontra a sua felicidade plena e perfeita.[10]

A liberdade do homem é compreendida quando ele busca a verdadeira liberdade que é o bem supremo. Quando o ser humano busca em seu agir, o fim último, ali ele está realizando a verdadeira liberdade, caso contrário ele possui atos contraditórios e ações moralmente maus, pois:

Se o objeto da ação concreta não está em sintonia com o verdadeiro bem da pessoa, a escolha de tal ação torna a nossa vontade e nós próprios moralmente maus e, portanto, põe-nos em contraste com o nosso fim último, o bem supremo, isto é, o próprio Deus.[11]

Assim, são algumas formas do mau uso da liberdade e da sua perca. Essa perca de visão da finalidade última da liberdade, o santo padre critica bastante com a corrente dos “teleológicos” que não colocam como bem último, ou o bem supremo do homem.[12] Pois acabam caindo em um utilitarismo-pragmático, buscando argumentos para justificar seus atos morais de acordo com a vida que leva.

Quando se faz uso desse tipo de corrente moral, segundo a carta, temos um problema de perder o sentido da vontade livre do homem, assim a responsabilidade do uso da liberdade com as suas consequências dos seus atos, assim temos também uma definição de que, a liberdade humana possui obrigações de uso.

Tendo feito essa definição de liberdade, faça-se uma estagnada na carta de João Paulo II, procuro em outras biografia, as definições de liberdade.

Tema da Liberdade em Haering

O livro do teólogo alemão Bernard Haering, escreve em 1978, a obra sobre teologia moral Livres e Fiéis em Cristo: teologia moral para sacerdotes e leigos, obra que ele trata temas da moral cristã, mas com uma ênfase cristológica.

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