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A IGREJA PRIMITIVA E OS PRINCÍPIOS EVANGELÍSTICOS

Por:   •  14/2/2018  •  Monografia  •  5.635 Palavras (23 Páginas)  •  601 Visualizações

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RESUMO

O objetivo da presente pesquisa é fazer um quadro comparativo dos princípios evangelísticos que nortearam a formação da Igreja Primitiva e foi o marco do crescimento evangélico até o final dos anos 70 e o atual modelo que engloba os Movimentos Gospel.

 

O percurso desta pesquisa tende a mostrar os frutos deixados por esses modelos e cria a expectativa de determinar qual é o mais saudável para a Igreja da atualidade e principalmente para o Reino de Deus.


INTRODUÇAO

A presente obra tem por objetivo mostrar que embora seja noticiado o crescimento da igreja evangélica no Brasil, esse crescimento não é real, pois os princípios aplicados não se comparam em nada com os ensinamentos deixados por Jesus, usados na Igreja Primitiva, conseqüentemente, o imperativo de se “fazer discípulos” foi esquecido.

Para se entender essa mudança de comportamento essa pesquisa baseou-se em fontes bibliográficas e informações fornecidas por órgãos religiosos competentes.

Na primeira parte analisaremos a formação da Igreja Primitiva e os princípios evangelísticos ensinados por Jesus e aplicados pelos discípulos. Na segunda parte enfocaremos os Movimentos Gospel que chegaram ao Brasil nos anos 80, bem como de forma apenas informativa mostraremos a globalização da religião e suas respectivas conseqüências. Na terceira parte confrontaremos os dois modelos, focando as necessidades de evangelismo e missões, respeitando a fronteiras culturais. Por fim, apontaremos as principais conclusões que conseguimos elaborar desta pesquisa.


  1.  A Igreja Primitiva e os princípios evangelísticos
  1. Conceito básico

A palavra igreja vem do grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamo ou convosco"). Na literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas no NT a palavra tem sentido mais especializado. A literatura secular podia usar a palavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma orgia ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas o NT emprega ekklesia com referência à reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo.

A igreja vista por Paulo é chamada de "corpo de Cristo", e seu surgimento precisa ser compreendido à luz do
contexto social e histórico da igreja do NT. A igreja  primitiva surgiu no cruzamento das culturas hebraicas e helenística. 

1.2. Fundada a Igreja


Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o Espírito Santo, o qual Jesus disse que enviaria.

Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo se reunia. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas diferentes da sua conforme o Espírito Santo os capacitava (At 2.13).

Durante alguns anos Jerusalém foi o centro da igreja. Muitos judeus acreditavam que os seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os cristãos estavam tentando começar um nova "religião de mistério" em torno  de Jesus de Nazaré.


Os dirigentes judeus logo perceberam que os cristãos eram mais do que uma seita. Jesus havia dito aos judeus que Deus faria uma Nova Aliança com aqueles que lhe fossem fiéis (Mt 16.18);  ele havia selado esta aliança com seu próprio sangue (Lc 22.20). De modo que os cristãos primitivos proclamavam com ousadia haverem herdados os privilégios  que Israel conhecera outrora. Não era simplesmente uma parte de Israel - era o novo Israel (Ap 3.12; 21.2; Mt 26.28; Hb 8.8; 9.15).

"Os líderes judeus tinham um medo de arrepiar, porque este novo e estranho ensino não era um judaísmo estreito, mas fundia o privilégio de Israel na alta revelação de um só Pai de todos os homens." (Henry Melvill Gwatkin, Early Church History,  pag 18).

1.3. Os princípios utilizados na Igreja Primitiva

Ver o desenvolvimento da Igreja primitiva é reconhecer que os ensinamentos de Jesus surtiram efeito.  Não obstante, esses ensinamentos se tornaram princípios, basicamente um estilo de vida dos novos cristãos.

1.3.1– O princípio da fé (Atos 1:14)

Lemos em Atos 1:14: “todos estes perseveraram unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres e Maria, mãe de Jesus, e como seus irmãos”.

Após a ascensão de Jesus, seus discípulos em obediência a sua ordem voltaram para Jerusalém e lá, unidos aguardavam o cumprimento da promessa feita por Jesus: Ele enviaria um Consolador, mas esta espera acontecia em oração diária.

O texto não nos fala de orações esporádicas, mas numa espera em oração perseverante e unânime.  John Stott diz que esta unanimidade não era apenas uma atividade conjunta, mas era uma unidade de propósito, uma única mente. (9)

Mais adiante, ele afirma que não apenas havia uma concordância, havia também a insistência quanto àquilo que buscavam em oração, o verbo utilizado era proskartereo e, significa estar “ocupado” ou ser “persistente” em toda atividade. (10) 

É importante salientar que, mesmo tendo recebido a promessa do próprio Jesus, isso não invalidou a tarefa da Igreja primitiva de buscar em oração, pelo contrário, oravam, porque tinha certeza de que seriam atendidos . (11)

A prática da oração era inerente dos judeus, eles as faziam em horários determinados, como vemos em Atos 3:1, oravam três vezes por dia, por costume habitual e ritualista (Daniel 6:10 e Salmos 55:17).  E os apóstolos da Igreja primitiva, mantiveram durante um bom tempo, este costume do judaísmo . (12)

Portanto vemos que não era uma tarefa passageira, que acabara assim que receberam o Consolador prometido, mas tornou-se uma marca registrada da Igreja primitiva, citada principalmente em tempos de perseguição e prisão de seus líderes.  

Um exemplo claro disso encontramos em Atos 4:23-31. Eles estavam sob ameaças, mas assim mesmo, se colocaram na posição de servos, clamaram pela Autoridade maior, Inquestionável, depois fizeram alusão à criação de Deus, e ao seu poder de revelar através de seus servos e depois o aludiram como o Senhor da história, somente depois de o reconhecerem, sob tão fortes aspectos, é que ousaram a pedir. (13)

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