A Importância da Palavra de Deus na vida do Oblato

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São Paulo 15 de maio de 2022

A importância da Palavra de Deus na vida do Oblato!

Ir. André (Danilo) Fernandes de Brito, obl.osb

Queridos irmãos e irmãs oblatos e irmãos e irmãs na fé hoje gostaria de compartilhar com vocês após a nossa formação sobre a Lectio Divina sobre a importância da Palavra de Deus na vida do Oblato, para isso trouxe alguns trechos da Bíblia, da Regra de Nosso Pai São Bento, do Documento Dei Verbum e do documento pós sinodal Verbum Domini.

Sabemos que entre as “obrigações” positivas da vida monástica temos a celebração do Ofício Divino, com sua importância que é a prece particular, mas São Bento também nos coloca como grande importância o dever da leitura da palavra de Deus.

São Bento além desses deveres coloca com grande importância a leitura e a prática do capítulo 4 da RB das Boas Obras.

Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações. (Cf. Marcos 13:10)

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Cf. Marcos 16:15)

[1] Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai[...] [33] Eis porque no Evangelho diz o Senhor: "Àquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, compará-lo-ei ao homem sábio que edificou sua casa sobre a pedra, [34] cresceram os rios, sopraram os ventos e investiram contra a casa; e ela não ruiu porque estava fundada sobre pedra". [35] Em conclusão espera o Senhor todos os dias que nos empenhemos em responder com atos às suas santas exortações. [45] Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. (Cf. Prólogo da Regra de São Bento)

[1] Às mesas dos irmãos não deve faltar a leitura; não deve ler aí quem quer que, por acaso, se apodere do livro, mas sim o que vai ler durante toda a semana, a começar do domingo. (Cf. Capítulo 38 - Do leitor semanário da Regra de São Bento)

[...]sentem-se todos juntos e leia um deles as Colações ou as "Vidas dos Pais", ou mesmo outra coisa que edifique os ouvintes; [4] não, porém, o Heptateuco ou o livro dos Reis, porque não seria útil, às inteligências fracas, ouvir essas partes da Escritura, nesta hora; sejam lidas, porém, em outras horas. (Cf. Capítulo 42 - Que ninguém fale depois das Completas da Regra de São Bento)

[14] Nos dias da Quaresma, porém, da manhã até o fim da hora terceira, entreguem-se às suas leituras, e até o fim da décima hora trabalhem no que lhes for designado. (Cf. Capítulo 48 - Do trabalho manual cotidiano

da Regra de São Bento)

O sagrado Concilio, ouvindo religiosamente a Palavra de Deus proclamando-a com confiança, faz suas as palavras de S. João: «anunciamos-vos a vida eterna, que estava junto do Pai e nos apareceu: anunciamos-vos o que vimos e ouvimos, para que também vós vivais em comunhão conosco, e a nossa comunhão seja com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo. 1, 2-3). Por isso, segundo os Concílios Tridentino e Vaticano I, entende propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e a sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da salvação, acreditando espere, e esperando ame. (CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA)

A palavra do senhor permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada» (1 Pd 1, 25; cf. Is 40, 8). Com esta citação da Primeira Carta de São Pedro, que retoma as palavras do profeta Isaías, vemo-nos colocados diante do mistério de Deus que Se comunica a Si mesmo por meio do dom da sua Palavra. Esta Palavra, que permanece eternamente, entrou no tempo. Deus pronunciou a sua Palavra eterna de modo humano; o seu Verbo «fez-Se carne» (Jo 1, 14). Esta é a boa nova. Este é o anúncio que atravessa os séculos, tendo chegado até aos nossos dias. (EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL VERBUM DOMINI DO SANTO PADRE BENTO XVI / 2008)

        A leitura na vida do monge, monja, oblato, oblato e todos os leigos sempre foi um bom meio para entrar em contato com Deus, nutrindo assim de seus ensinamentos, são muito enriquecedoras, pois exigem de nós um tempo, silencio, oração, meditação e reflexão.

        Além disso, no que diz respeito ao leitor, o fato de ler demanda esforço maior do que simplesmente ouvir, do mesmo modo que o espírito mais atento geralmente assimila melhor as ideias que lhe facultam deter-se ou recordar-se.

        

        Nosso Pai São Bento nos fala muito das leituras serias e atentas auxiliadas pela Lectio Divina. Desejamos através das leituras frequentes e assíduas, alimentar a nossa fé, nos conectando sempre a Deus, levando-nos a refletir e os exemplos dos Santos.

        

Podemos dizer então que a leitura é compreendida como elemento essencial da vida monástica e assim da nossa vida de oblatos, o oblato devera estima e gosto e desejo e esforçar-se por faze-la tão frequente quanto possível.

Podemos nos perguntar o que ler? para nós cristãos, oblatos devemos ter como livro preferido, livro de cabeceira a Bíblia Sagrada, é a Palavra de Deus, tem Deus como autor, verbo de Deus e, portanto, um verdadeiro manancial de aprofundamento espiritual.

A Bíblia em especial o Novo Testamento será sempre a base da Lectio Divina de nós oblatos, que ela seja abordada em seu próprio texto ou através de comentários que facilitem a compreensão. Aqui uma sugestão o que estamos fazendo uma lectio divina compartilhada entre os irmãos.

A biblioteca do oblato devera, porém sem dúvida conter varias outras obras além destas básicas: bíblia sagrada, estudos doutrinais, livros de espiritualidade, vida dos santos, documentos pontifícios, obras antigas e modernas, de caráter religioso. Temos a disposição a biblioteca da sala dos oblatos que podem pegar emprestado e devolver, temos um controle diário dos livros emprestados e hoje em dia temos também pela internet muitos livros disponíveis para leitura.