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A PLENITUDE DOS TEMPOS

Por:   •  27/3/2022  •  Abstract  •  1.285 Palavras (6 Páginas)  •  178 Visualizações

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A PLENITUDE DOS TEMPOS

Os eventos que precederam a vinda do salvador do mundo foram por acaso; todos estavam debaixo da soberana vontade do criador. O Deus do universo amalgamou a situação política, a evolução cultural do homem e até as filosofias e religiões que faziam oposição ao cristianismo. A força política do império romano, a prevalecente cultura helenística reinante e o monoteísmo judaico foram cuidadosamente planejados para que, em Jesus Cristo, se concretizasse a plenitude dos tempos.

A força e grandeza do império romano, bem como sua estrutura política colaboraram de forma impar para propagação do Evangelho do reino. Seu senso de unidade da humanidade e de justiça eram valores também proclamados pelo evangelho. Seu domínio das rotas marítimas do mar mediterrâneo e a infra estrutura de estradas criadas por eles em toda extensão do império, bem como a segurança que mantinham nestas rotas, também foi um fator importantíssimo para a propagação da palavra de Deus. As conquistas que impuseram sobre os povos conquistados fizeram com que estes perdessem a fé em seus deuses, que não foram capazes de protegê-los dos romanos o que criou um vácuo espiritual preenchido pelo evangelho. Os romanos, bem como povos conquistados por eles adoravam deuses em suas religiões de mistérios (como o Mitraísmo e o culto à deusa Cibele), e com o tempo descobrindo que os sacrifícios de sangue dessas religiões nada podiam fazer por eles, foram guiados pelo Espírito Santo a aceitar a realidade oferecida no cristianismo. (p.33)[1]. Daí concluirmos que o império romano criou um ambiente político favorável à propagação do cristianismo nos primórdios de sua existência. (p.34)[2].

No campo intelectual os gregos foram aqueles que mais influenciaram a propagação do evangelho. O grego popular, ou grego Koiné, era a língua universal do império romano. A filosofia grega superou as irracionais religiões politeístas da quele tempo. Filósofos gregos de renome como Sócrates e Platão, criam na imortalidade da alma (o que já era um maravilhoso ponto de contato com o cristianismo), mas não na ressureição do corpo. O Maior problema da filosofia grega é que viam o pecado como um problema mecânico (apenas material), não como um problema pessoal que pudesse afrontar um Deus santo e prejudicar o homem. Por todas as suas inconsistências a cultura e a filosofia grega produziram corações sedentos pelo evangelho. Tanto o individualismo pragmático quando a metafísica materialista, consideravam até o espírito do homem simplesmente como um tipo desenvolvido de átomo (p.35).[3] Os sistemas gregos e romanos de filosofia e religião contribuíram para a vinda do cristianismo ao destruírem as velhas religiões politeístas e demonstrarem a incapacidade da razão para alcançar a Deus (p.36)[4].

O cristianismo teve um relacionamento muito mais íntimo com o judaísmo, do que com o sistema político de Roma ou com a cultura grega. As contribuições dos judeus se destacam como a herança do cristianismo (p.36)[5]. Diferente da maioria das religiões daquela época, o judaísmo se fundamentava na crença de um Deus único, crença esta, arraigada e fortalecida após o retorno do cativeiro babilônico. Foram os judeus que popularizaram pelo império romano a ideia da vinda de um messias, como herói nacional e libertador do seu povo das amarras do império romano. Possuíam um rígido sistema ético, baseado em reconhecer no pecado, não como um mero deslize mecânico, mas como uma transgressão contra um Deus santo, que provinha de um coração impuro e era externada em atos visíveis. Essa perspectiva moral e espiritual do antigo testamento favoreceu uma doutrina de pecado e redenção que realmente resolvesse o problema do pecado (p.37)[6]. Muitos gentios leram o antigo testamento, que certamente lhes foi como uma ponte do judaísmo para cristianismo. As sinagogas, parte integrante da vida judaica, espalhadas por todo império romano, foram importantes locais de pregação do evangelho de Cristo à expansão do evangelho. De todas as religiões praticadas na época do império romano apenas o cristianismo e o judaísmo permaneceram até os nossos dias.

SOBRE ESTA PEDRA

Cristo é a pedra sobre a qual a igreja foi fundada (p.39)[7]. Sua historicidade pode ser comprovada por diversos testemunhos, de escritores, autoridades e imperadores pagãos, que o consideravam uma fraude, bem como o cristianismo uma seita. Luciano (125-190) um escritor satírico descreveu Cristo como aquele que foi crucificado na Palestina e ridicularizou os cristãos por adorarem esse “sofista crucificado”. Estes testemunhos são evidencias históricas de grande valor, especialmente por virem de romanos instruídos que desdenhavam e hostilizavam os cristãos. (p.40)[8]. Importantes testemunhos judaicos como o de Flavio Josefo (37-100), um rico escritor judeu que certamente não era amigo do cristianismo, falou de Tiago, “o irmão de Jesus chamado Cristo” e de Cristo como um “homem sábio” (p.41)[9].

Cristo tinha atributos de caráter que só poderiam ser explicados por seu nascimento miraculoso e virginal. Sua sinceridade, seu equilíbrio e sua integridade de personalidade deixavam as pessoas maravilhadas. Uma das maneiras de analisarmos a obra de Cristo é escrutinarmos seu ministério, sua missão, o foco da sua mensagem, seus milagres e seu real significado.

Ele desenvolveu seu ministério, prioritariamente nos centros judaicos e esta estratégia justifica a assertiva dele de que havia sido enviado as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt15.24) (p.42)[10]. A região da Galileia, em particular a cidade de cafarnaum, foi a base de seu ministério. Ali ele operou milagres e maravilhas (que mesmo respaldados pela historicidade das narrativas bíblicas, são vistos como mito por racionalistas), ensinou através de parábolas, mostrou sua condição verdadeira de filho de Deus ao andar sobre o mar e pregou o Sermão da Montanha. O longo ministério na Galileia foi seguido por um curto ministério em Jerusalém, que culminou com sua crucificação, morte e ressureição gloriosa. O clímax de seu ministério veio com a ascensão aos céus na presença dos discípulos. Essa ascensão foi precedida por suas promessas de enviar o Espírito Santo   em seu lugar e de retornar novamente a terra (p.43)[11].

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