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Budismo - história da religião

Por:   •  1/2/2016  •  Seminário  •  1.099 Palavras (5 Páginas)  •  523 Visualizações

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Budismo

É difícil definir o budismo é constatação que aparece quando se quer recensear seus adeptos ou fixar seus limites geográficos. As estatísticas oscilam entre 250 milhões a 550 milhões. Já se compreende que essa imprecisão provém principalmente da natureza do budismo. De um lado, não está estruturado em instituição, em uma igreja com suas fronteiras dogmáticas, seus chefes, sua hierarquia, seu credo e seu capital. Há comunidades budistas com ritos próprios. É uma sabedoria derivada do hinduísmo, mas em reação contra o ritualismo excessivo do bramanismo. O budismo é um hinduísmo reformado que conserva os fundamentos do hinduísmo: a necessidade de liberta-se da aparência, a reencarnação e a importância de uma meditação. O budismo simplesmente nasceu  da lenta evolução de uma seita hinduísta. Para os brâmanes o budismo é heresia, para outros o budismo teve fundador, um sábio cujo a história não se conhece. Esse sábio é Buda.

Buda: vida e lenda

É difícil separar a historia do que a lenda fez dela. Gautama seu nome verdadeiro, teria nascido em 560 a.C., em uma casta de nobre guerreiros. Segundo a lenda, ele teria sido gerado no seio de sua mãe na forma de um pequeno elefante, e ela o teria dado a luz, em pé, apoiada num ramo de figueira. Um Deus teria aparado o menino com um pano. Educado como um jovem príncipe. Assim, rico, elegante, inteligente o jovem príncipe atingiu a idade de vinte e nove anos entre prazeres e festas. Nessa idade, o encontro com um velho, um doente, um cadáver e um monge com uma sacola de esmola o fez refletir sobre a doença, a velhice e a morte. Desgostoso, abandonou os prazeres da glória. Segundo a lenda ele se refugiou no mais profundo da floresta trocando suas vestes de seda por cascas de árvore. Gautama passou sete anos meditando ele longamente sobre o sofrimento e a morte. Assim, sete anos de privação e meditação conduziram Buda as quatro verdades secretas.

Buda: ensinamento

O cognome Buddah significa o “Despertado”.  O ensinamento dele é que tudo é sofrimento. Mas o sofrimento pode ser ultrapassado. O método é simples, acessível para todos, porque todos os seres são iguais. Trata-se apenas de esvaziar o coração de todo desejo e de toda ilusão. Tendo, enfim, vencido a solidão de sete anos isolado na floresta, Buda decide começar pregar as quatro verdades santas. Assim Buda conseguiu os seus primeiros cinco monges. Daí em diante, durante quarenta e quatro anos, Buda percorre o país, pregando, atraindo discípulos cada vez mais numerosos e enviando missionários as regiões vizinhas. Ele  morre em 460 a.C. mas, infelizmente, contrariando suas recomendações, seus discípulos disputaram entre si seus restos.

Doutrina

A doutrina de Buda está contida no Sermão de Beneres , chamado geralmente de Quatro Verdades Santas. Elas foram ensinadas por Buda, a verdade universal da vida e do universo,que são: o Sofrimento, a Manifestação do Sofrimento, a Cessação do Sofrimento e o Caminho que leva a Cessação do Sofrimento. As Quatro Verdades formam a fundação do budismo, das quais são derivadas todas escrituras. O budismo não se trata de modo algum de um “creio em Deus”. Em primeiro lugar, Buda não é um profeta, ele não anuncia Deus e não fala em seu nome. A revelação de Buda é justamente que não há verdade revelada. O que Buda prega não é a salvação das almas, mas sim a libertação possível de cada um. Essa doutrina é a que tudo passa. Tudo é ilusão, Deus é ilusório e a única verdade é a dor universal. Essa é a grande descoberta de Buda.

Fundamento

Antes de falar sobre as Quatro Verdades Santas precisamos entender o que é “eu” para Buda, como ele define. O “eu” para Buda consiste na combinação dos cinco agregados (a forma, consciência, sentimento, percepção e formação mental). De modo geral as pessoas vivem como se o corpo, que constituído pelos cinco agregados, fosse existir eternamente.  Apegam-se ao corpo como ao “eu” real, criando toda espécie de desejos ardentes, que geram sofrimentos infindáveis.

Primeira Verdade: “eu” não existe

O ser não passa de agregado momentâneo de elementos efêmeros. Para Buda não há “eu”, mas somente um aglomerado de cinco elementos. “Eu” é somente o nome que damos a essa união provisória de elementos. Fora dessa designação, não há realidade. O ser não existe senão pelo apego a essa aparência de ser.

Segunda Verdade: todo apego é sofrimento

A segunda verdade vem naturalmente da primeira. O que nos faz sofrer é nossa vontade de nos eternizar, vontade de viver, nosso desejo de existir. Queríamos viver eternamente, mas morremos. Queríamos ser felizes sem cessar: eis a origem de nossa infelicidade. Nosso desejo de viver, apegando-nos a aparência, só pode provocar a decepção incessante do sofrimento humano.

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