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Ciencias X Religiao

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Por:   •  15/4/2014  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  435 Visualizações

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Ao longo da história da civilização, a relação entre ciência e religião foi marcada por momentos conflituosos. Há quem acredite que ambas caminham juntas, como também existem aqueles que consideram-nas temas totalmente incongruentes. Hoje, percebe-se cada vez mais a importância de um diálogo entre os dois campos para a construção de um mundo mais humano e a necessidade de suprimir todas as tensões cravadas na história.

Magalhães, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião

O século XVI foi marcado por uma grande pressão da Igreja sobre os cientistas e outros discordantes da religião dominante na Europa. O chamado Tribunal do Santo Ofício julgava e condenava aqueles que apresentassem algum tipo de perigo à ordem religiosa vigente, a Igreja Católica. Foi nesse contexto que o matemático, físico e filósofo Galileu Galilei ousou defender o sistema heliocêntrico do astrônomo Nicolau Copérnico, que dizia ser o Sol e não a Terra o centro do universo.

Nascido em Toscana, Itália, Galileu foi acusado pelo Tribunal do Santo Ofício por suspeita grave de heresia e foi obrigado a abjurar sua idéia. Condenado à prisão perpétua domiciliar, desenvolveu durante toda sua vida obras que mais tarde seriam adicionadas ao “Index” (índice de livros proibidos pela Igreja). Tais punições o colocaram entre os principais contestadores das doutrinas religiosas.

Mas Galileu não foi o primeiro a questionar as teorias dogmáticas. Segundo o doutor em Teologia pela Universidade de Hamburgo, na Alemanha, e diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, Antônio Carlos de Melo Magalhães, não houve um momento marcante na história da civilização que definisse o início dos conflitos entre fé e ciência.

“Sempre houve por parte dos cientistas a intenção de construir um conhecimento que não estivesse sob a tutela da religião. No tempo da filosofia grega, ainda na História Antiga, alguns filósofos já encaravam a religião como um problema, porque ela significava um controle do conhecimento”, explicou.

Entretanto, o conflito se intensificou na modernidade, quando o empirismo passou a ganhar força com os cientistas e o Tribunal do Santo Ofício a recrudescer suas atividades. “Tem-se o surgimento e o desenvolvimento de ciências que cada vez mais apostam na medição empírica, no conhecimento a partir da investigação, daquilo que é tangível e palpável. E a religião tem a haver com sonhos e projeções”, afirmou o doutor em Teologia.

De acordo com o professor do curso de Ciências da Religião e assessor de pesquisa da Vice-Reitoria Acadêmica da Universidade Metodista de São Paulo, Lauri Wirth, a diferença entre religião e ciência é uma das grandes questões do mundo moderno. “A razão emerge lentamente como único critério de verdade e as afirmações dogmáticas passam a ser submetidas à reflexão, mediadas pela razão. Com isso, lentamente, Deus foi sendo descartado como hipótese plausível, porque não é verificável pelas regras da racionalidade científica”, explicou.

Dos conflitos nasceram iniciativas de aproximação, como, por exemplo, o surgimento de religiões permissivas em relação à pesquisa científica na Reforma Protestante, também na Idade Moderna. Não são poucos

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