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Como Trabalhar com Raça em Sociologia

Por:   •  20/10/2018  •  Resenha  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  653 Visualizações

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Como trabalhar com raça em sociologia

De: Antônio Sérgio Alfredo Guimarães

Por: Glória Maria de Oliveira Silva

Ludimila Souza Almeida Freire

Maria Rita Santos

Sione Souza Teixeira

Em leitura ao artigo do autor acima citado, compreendemos que o mesmo objetiva entendermos o conceito de raça a  partir da dimensão  analítica e metodológica.

O mesmo inicia o conceito desta palavra quando a mesma é utilizada no âmbito do discurso sociológico, onde os conceitos são expressos numa determinada teoria sob a dimensão analítica. Outra forma que o autor utilizou para conceituar a palavra ‘raça’ decorre de conceitos nativos, ou seja, àqueles vindos do senso comum.

Autores reputados da sociologia como Marx, Durkheim  e Weber são citados por GUIMARÂES  em todo percurso do seu artigo.

Concepções naturalista, são refutadas por alguns autores pois as mesmas definem a palavra raça através de fatores físicos e climáticos., determinada  por características psicossociais dos indivíduos, passando então a ser compreendida pelos naturalistas como efeito de discurso só existindo no  âmbito da cultura tornando-se dessa forma não comprovadas cientificamente.   O texto vai seguindo nesse contexto  onde o autor vai constituindo diálogos entre os autores citados.

Percebemos uma série de conceitos singulares elencadas por Guimarães no que cerne aos estudos raciais da sociologia. De acordo com o autor desse artigo, o termo “raça” é caracterizado como fala sobre as “origens de um  grupo” onde traços físicos, morais, psicológicos e condições hereditárias são consideradas, bem como a pertença a mesma linhagem geográfica, onde os membros desse grupo apresentam  características comuns, remanescentes das etnias, ou seja, oriundas de um mesmo lugar.  

Outra concepção de raça designada pelo autor, é respaldada em Tönnies, enfatizando raça como modo de fazer as coisas dentro de uma comunidade ou associação que é originada por interesses comuns entre pessoas, sendo esta de caráter breve.

No que se refere à palavra “nação”, o autor enfatiza a dimensão política dos conceitos, neste caso, raça ou etnia pressupõe origem comum ou destino politico comum, formado desta forma o que é chamado de povo.

Outro ponto abordado nesse estudo relaciona-se a questão de Estado, cor e classe. Para diferenciar esses três elementos, o autor se respalda em Weber, Este por sua vez define Estado como aquele que apreende o direito das forças  em algum território.

Com relação ao conceito da palavra Classe, dependendo do contexto oude ela esteja sendo utilizada, no caso desse estudo,  abarca tanto categorias nativas quanto analíticas. O autor faz opção pelo conceito de “formação de classe”  pois compreende ser a mesma uma categoria que esta sempre em mudança até estabelecer um preleção eficaz de origem e destino.

Quanto ao conceito de cor, o próprio autor concebe ser a parte mais difícil de definir, por estar “naturalizado”, estando exposta a crítica cotidianamente, devendo ser tratado como um conceito nativo, “um discurso classificatório baseado em cores”.

Vimos também o termo cultura, bem definido pelo autor como sendo vinculado a  grupamentos sociais, seja uma raça, etnia ou nação.

No intuito de melhor esclarecer esse termo de grande amplitude, o autor se utiliza de fatos brasileiros, onde a palavra raça é empregada no discurso comum em nosso país. Inicialmente a palavra cultura, foi utilizada para caracterizar posições sociais – a relação entre senhores e escravos, nos primórdios da construção da ideia de nação brasileira, sendo que o termo raça foi substituído por cor. Neste período já existia movimentos abolicionistas  marcado por fortes pressões antirracialistas, ou seja, já buscava-se uma ideologia com intuito de agregar o máximo possível os diversos grupos sociais presentes no território brasileiro em uma mesma nação, mesmo que de forma simbólica. Inicia-se  o mito da democracia racial motivada pelos livros de Freyre, que destava a miscigenação como atributo principal de nossa colonização. Vale salientar que esse autor foi muito criticado pela escola paulista, a partir dos estudos solicitados pela Unesco na década de 1950.

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