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Concílio de Calcedônia

Artigo: Concílio de Calcedônia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/11/2014  •  Artigo  •  439 Palavras (2 Páginas)  •  257 Visualizações

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CONCÍLIO DE CALCEDÔNIA

O Eutiquianismo ensinava que a natureza divina de Jesus havia absorvido a natureza humana, gerando conseqüentemente um ser com uma terceira natureza. Esta doutrina é preocupante pois anula Cristo como verdadeiro Deus e como verdadeiro homem, o único que pode nos trazer salvação. Este falso ensino foi refutado em 451 no Concílio de Calcedônia.

Neste concílio reuniram-se 600 bispos, que pelo debate contra o Eutiquianismo formularam uma confissão de fé que elucidou a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Esta confissão cristológica permeia a crença das igrejas Orientais Ortodoxas, Católico Romana e as igrejas oriundas da Reforma Protestante, salvo as correntes pseudocristãs que durante a história trouxeram falsos ensinos que perverteram a cristologia ortodoxa.

Devido a importância que a confissão formulada no Concílio de Calcedônia possui, é muito importante citar a mesma na íntegra. Esta confissão também é conhecida como Definição de Calcedônia: “Portanto, conforme os santos pais, todos nós, de comum acordo, ensinamos os homens a reconhecer um e o mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, totalmente completo na divindade e completo em humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que consiste também de uma alma racional e um corpo; da mesma substância (homoousios) com o Pai no que concerne à sua divindade e ao mesmo tempo de uma substância conosco, concernente à sua humanidade; semelhante a nós em todos os aspectos, exceto no pecado; concernente à sua divindade, gerado do Pai antes das eras, ainda que também gerado como homem, por nós e por nossa salvação, da virgem Maria; um e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação; a distinção das naturezas de maneira alguma anula-se pela união; mas, pelo contrário, as características de cada natureza são preservadas e reunidas, para formar uma pessoa e substância [hypostasis], mas não partidas ou separadas em duas pessoas, mas um e o mesmo Filho e Deus Unigênito, o Verbo, Senhor Jesus Cristo; assim como os profetas dos tempos antigos falaram dele e o próprio Senhor Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos pais foi transmitido para nós.”

Comento:

Concordo com a Definição de Calcedônia, pois ela expressou de maneira claríssima a síntese do que é ensinado por praticamente todo o Novo Testamento, que Jesus é Homem e que Jesus é Deus. Ainda que a definição não explique como essas duas naturezas estão coexistentes na pessoa de Cristo, ou seja, o “mistério” permanece – e claro que ele permanecerá, pois a pessoa de Cristo transcende qualquer entendimento humano – ela consegue dar o “golpe final” nas ideias heréticas, dos primeiros séculos da Igreja, que atentavam contra a ortodoxia cristã.

Fonte: http://www.cacp.org.br/apologia-da-divindade-de-cristo/

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