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Considerações sobre o método

Por:   •  28/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  454 Visualizações

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Universidade Estadual de Goiás

Câmpus Cora Coralina

Keylani Felix de Farias da Rocha

Fontes Históricas

Considerações sobre o método

Goiás

2019

Keylani Felix de Farias da Rocha

Fontes Históricas

Considerações sobre o método

Trabalho apresentado ao Curso História da UEG -Universidade Estadual de Goias, câmpus Cora Coralina , para a disciplina História antiga I.

Prof. Dr  Neemias

Goiás

2019

Considerações sobre o método

        Jorge Grespan

“Foi o método, portanto, que permitiu, a princípio, fixar e resguardar os limites do "território do historiador", ¹ao mesmo tempo em que o promovia à condição de cientista”. (P  291)

        

A Escola Histórica

 “Graças ao emprego correto de instrumentos específicos de trabalho, o praticante da nova ciência pensava se afastar de incómodas interferências: primeiro, do diletante, que confundia história e ficção, nela introduzindo a fantasia sobre o longínquo no tempo e no espaço; segundo, do filósofo, cujos pressupostos metafísicos sobre o destino da humanidade passavam por cima do individual, tema por excelência da História; e, finalmente, do teórico de outras ciências humanas, para quem esse elemento individual seria apenas exemplo de leis sociais, seu verdadeiro objeto”. ( P 292)

“Toda a confiança nas potencialidades do método repousava, então, no fundo, na ideia da verdade como propósito a distinguir a História, em primeiro lugar, da ficção, do romance histórico, que não pretenderia o relato de fatos verdadeiramente ocorridos”. (P 292)

“Tal definição de verdade - adequação de enunciados subjetivos a objetos reais - pressupõe, contudo, a diferença fundamental entre sujeito e objeto, pois o acordo deles só ocorreria numa correspondência proporcionada em certos casos e justamente pelo método”. (P 292)

“Como guia para a experiência, o método forneceria a possibilidade de obter a verdade, de saber se nossos pensamentos e nossas proposições sobre determinada matéria são reais, se correspondem a algo existente fora de nossa mente, de modo objetivo”. (P 293)

“Por sua vez, não se deve exagerar a importância atribuída ao sujeito aqui. A história não é definida como uma matéria disforme, a ser elaborada ou construída pelo método do historiador: embora a forma não se apresente no início do estudo, ela existe e organiza o conteúdo do histórico, cabendo ao historiador apenas descobri-la e assim representar adequadamente o conteúdo”. (P 293)

“Ou seja, o sujeito do conhecimento deve empregar o método para descobrir o conteúdo verdadeiro e a forma em que este último se articula na realidade, e não para impor a sua visão de como deveria ser ou se articular  objeto. Só mediante a neutralização da subjetividade é que seria possível um conhecimento verdadeiro como conhecimento objetivo. Em todas as prescrições metodológicas encontram-se, assim, as formas de obter a objetividade por meio da neutralização do sujeito”. (P 293)

        

Às críticas do século XX

(P 295/296/297)

“Todas essas formulações metodológicas desenvolveram-se até mais ou menos o começo do século XX. Em primeiro lugar, os historiadores passaram a reconhecer ser impossível aquela atitude de neutralidade diante do objeto, o abandono antes recomendado de teorias prévias à pesquisa empírica”. (P 294)

“O método não pode, então, se limitar à indagação da autenticidade das fontes e, no máximo, à descoberta da ordem dos eventos que se dão à primeira vista de forma confusa”.

“Dessa maneira, os historiadores aprenderam a dialogar com seus colegas das Ciências Sociais, num casamento de mútuas vantagens. No caso da História, os conceitos da Geografia, da Sociologia, da Economia e da Antropologia foram de enorme valor justamente na formulação de hipóteses orientadoras de pesquisa e na sofisticação da sua própria perspectiva sobre seu objeto, como ocorreu com o desdobramento das diferentes temporalidades por Braudel5” . (P 295)

“Não é que um pesquisador deva cruzar fronteiras epistemológicas na busca pelo seu objeto, mantendo-se incólume como sujeito do conhecimento - historiador ou antropólogo - e mantendo também incólumes as fronteiras entre as disciplinas percorridas; posto nesses termos, o problema é praticamente insolúvel. O decisivo, porém, é questionar a integridade do sujeito e do objeto: o que a interdisciplinaridade impõe, mas que transcende a perspectiva que a criou, é a redefinição completa e profunda dos campos de saber delimitados ainda no século XIX, é a redistribuição do trabalho intelectual”. (P 296)

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