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FICHAMENTO: O QUE É RELIGIÃO

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.121 Palavras (13 Páginas)  •  214 Visualizações

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FICHAMENTO: O QUE É RELIGIÃO

INTRODUÇÃO

O livro, em síntese, aborda os seguintes assuntos: A relação entre cultura, símbolos e religião; a religião ao longo da Idade Média, Moderna e na atualidade; e por fim descreve a opinião de alguns intelectuais renomados acerca do mundo sagrado, tais como: Durkheim, Marx, Freud e Feuerbach.

Portanto, nesse fichamento serão trabalhados os assuntos anteriormente citados em temas e subtemas para melhor compreensão do conteúdo proposto.

A RELAÇÃO ENTRE CULTURA, SÍMBOLOS E RELIGIÃO.

Entender a relação entre cultura, símbolos e a religião é fundamental. E será visto individualmente o conceito de cada membro desta dialética, começando pela cultura.

A cultura é um produto eminentemente produzido pelos humanos, pois ela surge quando nosso corpo não mais determina nossas ações. A cultura cria objetos de seu desejo, sendo que eles podem ser concretizados ou não.

“A cultura, nome que se dá a estes mundos que os homens imaginam e constroem, só se inicia no momento em que o corpo deixa de dar ordens.” rubem

A cultura está intimamente ligada ao desejo, este surge no momento que o ser humano sentese privado de um prazer. Essa relação se dá por culpa do processo de criação dos objetos culturais, sendo ela um fenômeno eminentemente humano os produtos que dela provém não são encontrados na natureza e sim criados pelo homem. Antes de tais produtos serem criados eles precisam ser desejados, o ser que o cria deve ter necessidade, vontade ou desejo para ter tal objeto. Posteriormente, esse produto é idealizado no mundo ideal ou imaginário e o humano, com as suas habilidades, tenta criar o objeto.

Os objetos culturais que não podem ser materializados ficam no mundo imaginário, tal mundo é constituídos pelos símbolos que são desejos, horizontes que não pertencem ao meio material.

Para solucionar esse problema de não conseguir concretizar os desejos é que surge a religião.

A religião é uma rede de símbolos que almejam harmonizar, ligar o mundo real ao imaginário.

A RELIGIÃO AO LONGO DA IDADE MÉDIA, MODERNA E NA ATUALIDADE.

A religião exercia um poder gigantesco na Idade Média, sendo fortemente presente na vida das pessoas durante esse período. O sagrado era superior ao indivíduo.

Na Idade Moderna com o surgimento da burguesia juntamente com a ascensão do cientificismo, individualismo e utilitarismo a religião acabou perdendo força e com isso a sociedade acabou sofrendo um processo de secularização. O homem a partir desta época passa a ser o centro e o sagrado assumiu um papel subalterno na vida das pessoas desse período.

Apesar do enfraquecimento, a religião continuou existindo por culpa de necessidades antropológicas de existir em um mundo que faça sentido em que as redes simbólicas individuais não se dissolvam.

OPINIÃO DE DURKHEIM SOBRE O QUE É RELIGIÃO.

Como dito na introdução inúmeros intelectuais se interessaram pelo o estudo do mundo sagrado e o sociólogo Emile Durkheim não é exceção.

Resumindo seu estudo é possível destacar alguns assuntos essenciais para o entendimento da visão desse sociólogo, são eles: quais os pontos comuns de cada religião, a função do mundo sagrado e os motivos que o levam a crer que a religião é eterna.

PONTOS COMUNS A TODAS AS RELIGIÕES SEGUNDO DURKHEIM

Todas as religiões fazem uma bipartição do universo, separando-o em sagrado e profano. É importante o entendimento que nada nasce sagrado ou profano, tal característica é atribuída às coisas pelo próprio ser humano.

“[..] as religiões, sem exceção alguma, estabelecem uma divisão bipartida do universo inteiro, que se racha em duas classes nas quais está contido tudo o que existe. E encontramos assim o espaço das coisas sagradas e, delas separadas por uma série de proibições, as coisas seculares ou profanas.”

Outra característica do mundo sagrado é a transgressão do critério de utilidade. No mundo utilitário, as pessoas são empoderadas e donas de si, elas decidem o que é descartável ou não através da utilidade de determinada coisa a essa pessoa.

“No círculo sagrado tudo se transforma. No âmbito secular o indivíduo era dono das coisas, o centro do mundo. Agora, ao contrário, são as coisas que o possuem. Ele não é o centro de coisa alguma se descobre totalmente dependente de algo que lhe é superior (Schleiermacher). Sente-se ligado às coisas sagradas por laços de profunda reverência e respeito; ele é inferior; o sagrado lhe é superior,”

O indivíduo, portanto, é o que escolhe, ele é o centro. Na religião isso não ocorre, ela é o centro e superior ao indivíduo, este passa fazer coisas julgadas, na visão secular e utilitarista, inúteis tais como como jejuar, se abster de sexo, auto sacrifício etc. Todas essas atividades são feitas devido ao seu caráter sagrado e não utilitário.

A FUNÇÃO DO MUNDO SAGRADO PARA DURKHEIM

Na idade média a religião era muito presente na vida dos indivíduos e instituía normas de vida social. Não obstante, com o advento do utilitarismo a religião perde força e essas normas se desvanecem. Com isso, as pessoas perderam o seu ponto de orientação e a anomia(ausência de lei, regras, desorganização) ascende.

Para o sociólogo o sagrado é o centro do mundo, a origem da ordem, a fonte das normas, a garantia da harmonia; e a sociedade eras aquela que nos acolhia ao nascimento, dava-nos uma identidade, educava-nos e por fim, ela que chorará a nossa morte. Em vista disso, quando Durkheim estudava esse mundo, ele estava investigando as próprias

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