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Hinduísmo História e doutrina

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Por:   •  21/8/2014  •  Artigo  •  4.061 Palavras (17 Páginas)  •  429 Visualizações

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Hinduísmo

Historia e Doutrina

A origem do Hinduísmo data de aproximadamente 1500 a.c, com o declínio da antiga civilização do vale do Indo. Essa poderosa civilização pré-vêdica influenciou fortemente a estrutura do Hinduísmo que conhecemos hoje e mesclada com as tradições dos nômades invasores que entraram na Índia pelos Himalayas, os áryas, formou-se a tradição que conhecemos hoje.

Na primeira fase, chamada de Hinduísmo Védico, cultuava-se deuses tribais como Dyaus (deus do céu, deus supremo) que gerou outros deuses. Na segunda fase, a partir de adaptações de outras religiões, surgiu o Hinduísmo Bramânico que cultuava a trindade composta por Brahma (divindade da alma universal), Vishnu (divindade preservadora) e Shiva (divindade destruidora).

Na terceira fase percebem-se diferentes adaptações influenciadas por religiões a partir do cristianismo, islamismo e outras. O Hinduísmo Híbrido surgiu então como a agregação de diversas influências. Para os hindus:

- A trajetória que a alma terá é traçada de acordo com as ações praticadas aqui na Terra (lei do Carma);

- A libertação final da alma (moksha) determina o fim do ciclo da morte e do renascimento;

- Os rituais hindus devem ser feitos sempre tendo a meditação (darshan) e a oferenda aos deuses (puja);

- A alimentação deve ser vegetariana, pois se considera a utilização da carne na alimentação como uma prática impura;

- As preces cantadas (mantras) devem ser dedicadas a todos os deuses;

- O OM (aum) é o mantra mais importante, pois representa Deus;

- Shiva representa o princípio masculino enquanto o princípio feminino é representado por suas esposas Parvati (mãe), Durga (deusa da beleza), Kali (senhora da destruição) e Lakshmi (senhora da arte e da criatividade).

Hinduísmo é um termo que designa o conjunto de movimentos culturais surgidos e aceitos na Índia a partir de, aproximadamente, 1.500 a.C.

Ele não pode ser considerado uma religião, como às vezes pensa-se no Ocidente. Tratam-se antes de um conjunto de instituições, preceitos éticos, jurídicos, históricos, filosóficos, artísticos e que, consistindo de tradições ora na forma de crônicas, epopeias e lendas, ora na forma de tradições orais, ainda podem revelar princípios antagônicos.

Valores, Ideais centrais e Princípios Éticos.

Pela sua relação com todos os aspectos da vida, o hinduísmo tem mais expressão social do que religiosa propriamente. Modela toda a estrutura social, desde os atos comuns da vida diária e, inclusive, a literatura e a arte. Fugindo da teoria, o hinduísmo é uma religião popular e politeísta, da qual a maioria dos seus adeptos nada conhece senão seus rituais e práticas. Nesse aspecto, é semelhante ao baixo espiritismo praticado no Brasil, onde os fieis, pelo místico medo do sobrenatural, ouvindo os conselhos dos mais velhos, se lançam à prática da religião aconselhada.

O ensino do hinduísmo acerca de Deus não confere com os ensinamentos do próprio Deus dado aos profetas de Israel, para todos os seres humanos, tampouco com os de Jesus Cristo. Os hindus estão afastados de Deus, pela desobediência e seus preceitos que eram conhecidos pelos seus antepassados. O hinduísmo é uma religião popular, da Índia, Paquistão, Ceitão e Birmânia; possui mais de meio milhão de adeptos. Suas raízes são muito remotas e pode-se considerá-la como um produto de duas outras religiões: vedísmo e bramanismo. Existem várias escolas filosóficas no pensamento hindu. Cada uma dessas escolas apresenta dogmas, pensamentos ou liturgias diferentes.

O hinduísmo, bem como qualquer outra religião hindu, parte de princípios dos “três caminhos”. a) O caminho do conhecimento, doutrina que declara que o bem supremo pode ser obtido através do conhecimento. b) O caminho da ação declara que o mais alto grau da ascensão espiritual que o ser humano pode almejar só pode ser realizado pelos sacrifícios e outras observações e rituais. c) O caminho do amor declara que o mais alto grau da ascensão espiritual se realiza através do amor e da devoção à divindade. Esse caminho tornou-se o mais importante dos três da religião hindu. Há várias correntes do hinduísmo moderno representado por inúmeras seitas, que tendem a misturá-lo com o Cristianismo. A Índia, berço de muitas religiões é um forte centro de convivência e de aberrações de vários sistemas filosóficos e religiosos.

Práticas

As práticas hinduístas geralmente envolvem a procura da consciência de Deus, e por vezes também a procura de bênçãos dos devas. Assim, o hinduísmo desenvolveu muitas destas práticas como forma de ajudar o indivíduo a pensar na divindade em meio à vida cotidiana. Os hindus podem praticar a pūjā (culto ou veneração) tanto em casa como num templo. Em seus próprios lares os hindus frequentemente costumam criar um altar, com ícones dedicados às suas formas escolhidas de Deus. Os templos costumam ser dedicados a uma divindade primária e às divindades subordinadas que lhe são associadas, embora alguns templos sejam dedicados a mais de uma divindade. A visita a templos não é obrigatória, e muitos os visitam apenas durante os festivais religiosos. Os hindus realizam seu culto através dos murtis, ícones; o ícone serve como uma ligação tangível entre o fiel e Deus. A imagem costuma ser considerada uma manifestação de Deus, já que Ele é imanente. O Padma Purana afirma que o mūrti não deve ser visto como apenas pedra ou madeira, mas sim como uma forma manifesta da Divindade. Algumas seitas hindus, como o Ārya Samāj, não acreditam em venerar Deus através de ícones.

O hinduísmo possui um sistema desenvolvido de simbolismo e iconografia para representar o sagrado na arte, arquitetura, literatura e em seu culto. Estes símbolos ganham seu significado das escrituras, mitologia ou tradições culturais. A sílaba Om (que representa o Parabrahman) e o sinal da suástica (que simboliza auspiciosidade) acabaram passando a representar o próprio hinduísmo, enquanto outros símbolos, como a tilaka, identificam um seguidor da fé. O hinduísmo ainda apresenta diversos símbolos que são costumeiramente associados a divindades específicas, como o lótus, chakra e veena.

Os mantras são invocações, louvores e orações que, através de seu significado, som e estilo de canto, ajudam um devoto a focar a sua mente nos pensamentos sagrados ou exprimir devoção a Deus

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