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MAL E SEGURO

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Por:   •  11/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  208 Visualizações

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O MAL E O SOFRIMENTO

Orientador: Prof. Pe Genivaldo dos Santos

RESUMO

1. INTRODUÇÃO

Segundo o Aurélio o significado do mal é aquilo que prejudica, fere, ofende, que se opõe à virtude, à moral, ao direito, a justiça, dano, prejuízo, maleficio, doença, enfermidade, calamidade, infortúnio, desgraça, dor, tormento, aflição. O mal pode ser físico, criacional, cósmico, psíquico, moral, histórico, social, etc...; o termo mal indica fato objetivo.

O mal físico é a carência de algo que deveria existir no plano material (a fome, miséria, doença...). O mal moral é carência da finalidade adequada a que o homem deve tender. Exemplo: o ladrão é alguém que mobilizou inteligência, vantagem, coragem com a finalidade de prejudicar o próximo, em vez de ajudar o semelhante.

Segundo o Aurélio, o significado de sofrimento é dor física ou moral, padecimento, amargura, desgraça, desastre. Enquanto termo sofrimento indica aspecto subjetivo.

Não há correspondência necessária e nem exata entre os dois, pois é possível sofrer por um mal irreal ou imaginário, e males menores pode provocar sofrimentos maiores.

2. FUNDAMENTAL TEORICA

De acordo com o livro de Apologética Cristã "Handbook" ("Manual") de Peter Kreeft e Ronald K. Tacelli, o problema pode ser resumido pela aparente contradição entre as quatro proposições a seguir:

1) Deus existe;

2) Deus é bondade;

3) Deus pode todas as coisas;

4) O mal existe (Kreeft and Tacelli 1994: pag 129).

Se aceitarmos quaisquer três dessas proposições acima, parece que precisamos rejeitar a quarta. Por exemplo, se aceitarmos que Deus existe, é bondoso, e que o mal existe, devemos rejeitar a ideia de que Deus pode todas as coisas, senão ele eliminaria todo o mal. Ou, se Deus existe e é todo poderoso e mesmo assim o mais ainda existe, então Deus não é bondoso, porque ele quer ou permite que o mal exista. Kreeft e Tacelli sugerem cinco possíveis respostas a este problema:

1) O ateísmo resolve o problema ao negar a primeira proposição, a de que Deus existe.

2) O panteísmo, a crença de que Deus está em todas as coisas e que tudo é Deus, nega a proposição dois e permite que Deus possa ser tanto o bem quanto o mal.

3) O politeísmo, a crença em muitos deuses, nega a proposição três e reduz Deus a um entre muitos deuses.

4) O idealismo, a crença de que a realidade é um produto da mente, rejeita a proposição quatro e afirma que o mal é apenas uma ilusão.

5) O Cristianismo, por outro lado, afirma todos os quatro princípios e nega que exista uma contradição inerente entre todas as proposições.

Mas como a solução Cristã é possível? Porque é sempre possível que Deus tenha uma boa razão para permitir o mal; um motivo que não estamos cientes. Enquanto isso for logicamente possível, não há contradição entre a existência de um Deus bondoso, poderoso e a existência do mal. Só porque não podemos ver o motivo, isso não quer dizer que não exista um motivo.

As criaturas livres são as únicas que podem amar e experimentar o amor. Desde que um dos propósitos principais pelos quais Deus nos criou era ter um relacionamento de amor recíproco conosco, Deus criou o melhor de todos os mundos. Deus não pode fazer as pessoas escolherem livremente o bem ou o amarem livremente. A liberdade de escolha não é apenas um adendo bondoso na natureza humana, é parte integral de quem nós somos. Sendo esse o caso, se Deus eliminasse o mal, Ele também eliminaria a liberdade de escolha. E ao fazê-lo, Deus estaria perpetrando o maior mal de todos: a aniquilação da raça humana.

Para o cristão, o problema não e como crer após ter explicado o mal e, muito menos, crer depois de ter se libertado parcialmente do mal, mas como crê fazendo a experiência do mal. O anuncio cristão, se não explica o mal, mostra como se comportar: a resposta o mal é o amor.

Jesus enfrentou um sofrimento além de toda a compreensão. Ele carregou a punição pelos pecados de todo o mundo! Por todo o mal que cada um de nós desde o início da existência de nossa raça, Ele pagou a pena. Nenhum de nós pode compreender aquele sofrimento. Apesar de ser inocente, ele voluntariamente levou sobre si a punição que merecemos. Porque? Porque Ele nos ama. É como se ele dissesse: "Eu sei que você não entende porque eu permito o mal. Não é possível que você entenda ainda. Mas apenas para mostrar que você pode confiar em mim, vou sofrer com você."

Quando compreendemos o sacrifício e o amor dEle por nós, isso coloca o problema do mal em uma perspectiva totalmente diferente. Vemos claramente que o problema verdadeiro a respeito do mal é o problema de nosso mal. Cheios de pecado e culpados diante de Deus, a questão que enfrentamos não é como Deus pode se justificar diante de nós, mas como nós podemos ser justificados diante dEle. E é através do pagamento de Cristo pelo nosso mal através de sua morte na cruz que nós podemos ser justificados diante de Deus. Através dEle nós temos o perdão.

O mal moral é a imoralidade, a dor, o sofrimento, a tragédia que vem porque nós escolhemos ser egoístas, arrogantes e insensíveis. “Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus” (Rm 3, 23).

O segundo tipo de mal é chamado de mal natural. Que se reflete em incêndios,

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