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O Estudo Sobre Tito

Por:   •  4/1/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.937 Palavras (16 Páginas)  •  141 Visualizações

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TITO

AUTOR

Paulo

DESTINATÁRIO

Tito era filho na fé e auxiliar de extrema confiança de Paulo em seu ministério. Apareceu 13 vezes no NT, sem contar na carta com seu nome.

Trabalhou com Paulo em Creta, mas depois permaneceu sozinho para completar o trabalho missionário, já que a ilha tinha uma fama de viver em total depravação.

 Sua última menção na Bíblia está em 2 Tm 4:10, quando Paulo diz que foi em direção à Dalmácia (atual Eslovênia, Croácia e Bósnia e Herzegovina).

COMENTÁRIOS

1 AO 3

Confiança no propósito - Em sua apresentação, Paulo já apresenta sua confiança naquilo que foi chamado para fazer. A sua certeza do propósito na qual foi chamado me chama muito a atenção, porque muitas vezes nos escondemos numa falsa humildade e nos colocamos numa posição abaixo daquilo que Deus nos chamou, dando mais lugar às incertezas do que ao mergulho integral naquilo que fomos chamados para viver e fazer.

Não é que Paulo é arrogante, é que muitas vezes não cumprimos o nosso chamado e isso nos pesa pelo fato de não darmos a nossa vida pelo que nos foi proposto. Se vivermos todos os dias com totalidade o que Deus nos chamou para fazer, não há motivo nenhum de se esconder daquilo que nos foi dado.

Propósito do apóstolo - Paulo apresenta esse propósito apostólico de forma resumida em levar a igreja ao “fortalecimento da fé e conhecimento da verdade” através da revelação do Evangelho, que direciona a um estilo de vida de devoção (“piedade, fé e conhecimento” NVI).

Combate à mentira - O fato de citar a “esperança da vida eterna” como dádiva do “Deus que não mente”, se deve, provavelmente, ao fato da mentira ser algo comum em Creta (v. 12) e de profetas se levantarem para questionar a Deus e seu tempo de ação.

Indireta sobre o tempo certo – Algum tipo de questionamento sobre o tempo de ação de Deus ou a falta de conhecimento sobre a eternidade e o propósito de salvação no momento certo deviam estar presentes em Creta, pois Paulo dá um destaque no assunto nos versos 2 e 3 como uma indireta ou reforço a quem precisa aprender e entender sobre isso.

4 E 5

Paternidade espiritual – Paulo chama Tito de “filho na fé” (usa também o termo “verdadeiro” novamente devido ao hábito mentiroso que havia no local) se colocando como um mentor e responsável pelo crescimento e cuidado do jovem. Mas, há algo a se destacar, pois Paulo, diferente do que vemos hoje, empurra Tito ao seu destino. A sua paternidade não se limita a prender Tito nele, torná-lo um dependente ou, até mesmo, barrar seu crescimento. Pelo contrário, Paulo envia Tito para desafios absurdos a fim de promovê-lo e aproximá-lo do seu propósito. Isso fica claro no verso 5 quando Paulo cita que deixou Tito para continuar seu trabalho, mas, também, para iniciar um novo nomeando novos presbíteros nas cidades da ilha.

6 AO 9

Instruções à respeito de um líder ministerial – Paulo descreve algumas características para um bom líder, mas de qualquer forma, isso atinge a todos os cristãos, todos aqueles que entendem que há algo a mais do que apenas ser salvo (Colossenses 2:6 “agora que são salvos, andem nele”).

Uma vida irrepreensível – Segundo o dicionário, irrepreensível é uma pessoa “que não dá margem a repreensão ou censura”, na qual Paulo sempre traz instruções em suas cartas sobre a forma correta de agir, como encontramos em Filipenses 2 e Colossenses 3.

Além disso, o dicionário nos destaca que uma pessoa irrepreensível é um ótimo administrador, ou seja, cuida bem daquilo que lhe é proposto. Não há como não lembrar da Parábola dos Talentos (Lucas 19:12 ao 27), pois se trata de dois servos que administram tão bem aquilo que lhes é confiado que prosperam. Quando Jesus diz que obras maiores faríamos, ele fala de lucro, assim como essa parábola nos revela o transbordar dos recursos iniciais. Por isso, uma pessoa irrepreensível é uma ótima administradora do que Cristo lhe chamou e ainda dá lucro em seu propósito. Acredito que por isso Paulo sempre estava tão preocupado com os frutos dos seus filhos na fé.

Marido de uma mulher só – Além do contexto local de perversidade, havia o fator cultural de troca e abandono de mulheres herdado dos romanos e gregos da época. E, os homens escolhidos para trabalhar na obra, normalmente, eram os mais velhos, o que aumentava a chance de já terem vivido essas mudanças algumas vezes em suas vidas. Por isso, apenas para aplicação dos estudos, podemos encontrar liberdade para aplicarmos aos nossos dias o conceito escondido por trás deste problema.

Aqui tratamos de fidelidade e compromisso moral, ou seja, deve ser uma pessoa que cumpre seus deveres morais e não é levado pelas distorções dos princípios cristãos por uma influência cultural atual. Não renuncia a valores e leva à sério a Palavra de Deus e seus ensinamentos.

Seus filhos devem partilhar de sua fé e não ter fama de devassos nem rebeldes – Além do fator família e administração da sua casa e filhos, podemos destacar aqui a qualidade dos frutos que são reproduzidos por uma pessoa. Ou seja, seus discípulos ou atividades realizadas devem concordar e testificar com a fé que é pregada.

Muitas vezes, vemos o discurso em bocas que aparentemente são lindas, mas seus frutos fora do contexto púlpito são desprezíveis e de curta duração. Por isso, precisamos produzir frutos que concordam com a Palavra de Deus e que constroem uma boa fama diante da comunidade em geral.

O bispo administra a casa de Deus e, portanto, deve ter uma vida irrepreensível – Administração entra em jogo novamente devido ao reforço de Paulo em relação a um estilo de vida irrepreensível. Aqui, ele traz um paralelo no sentido de “... administra as coisas de Deus”, que traz uma ideia de representatividade, e “deve ter uma vida...”, que fala sobre condição. Então, podemos dizer que Paulo destaca que aquele que representa a Deus precisa viver e ser visto como o próprio Deus, afinal a casa é dele. Na versão em inglês King James, encontramos o termo “mordomo”, que reforça ainda mais o serviço, ou seja, trabalhamos para Deus e zelamos pela casa e coisas dele.

Não deve ser arrogante nem briguento – O orgulho ou arrogância remetem a uma postura de autossuficiência ou superioridade, o que vai ocasionar no fato de alguém se tornar briguento ou debatedor. Paulo, a todo momento, ensina sobre a humildade do Evangelho e o tratamento em amor, uma vez que a Palavra revela que apenas o Espírito Santo convence o homem de seus erros (João 16:8).

Uma pessoa com essas características trará muitos problemas para o contexto da igreja, pois é sedento por discussões que não levam à unidade, mas ao desfecho e descaso. Ser pacífico é uma instrução de Paulo em quase todas as cartas (Rm 12:18).

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