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O Judaísmo: Origens, fé, Monoteísmo, Festas.

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Por:   •  22/9/2014  •  2.418 Palavras (10 Páginas)  •  222 Visualizações

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JUDAÍSMO

ORIGEM

Com cerca de 13 milhões de seguidores, o judaísmo é hoje a menor das religiões mundiais. Contudo, teve uma influência e uma distribuição geográfica inversamente proporcional ao seu tamanho. Suas origens remontam à religião de Estado do antigo reino de Judá, que se extinguiu em 586 a.C. Os judeus sobreviventes enfrentaram o desafio de adaptar sua religião nacional a uma comunidade exilada dispersa entre o Egito e a Mesopotâmia. Seu sucesso é indicado pelo próprio desenvolvimento do judaísmo e pela profunda influência formativa dessa religião sobre duas outras grandes crenças, o cristianismo e o islamismo.

Como religião, o judaísmo tem três elementos essenciais: Deus, a Torá e Israel. É considerada a crença monoteísta mais antiga, e seus adeptos acreditam num Deus universal e eterno, criador e soberano de tudo o que existe. Deus estabeleceu uma relação especial, ou aliança, com um povo, os judeus, ou Israel, e lhe deu a tarefa de ser uma "luz para as nações". No judaísmo não se imagina que todas as pessoas venham a se tornar judias, mas existe a esperança de que o mundo inteiro reconheça a soberania de um único Deus. Em troca do zelo divino por Israel os judeus têm o dever de seguir os ensinamentos de Deus, a Torá. Esse é o plano sobre o qual Deus e Israel se encontram. A Torá contém os mandamentos éticos e rituais (mitzvot) cuja observância leva a participar da santidade ética e moral de Deus.

O passado lendário, registrado nos primeiros livros da Bíblia, forneceu um sentimento de identidade comum entre elementos tribais díspares. De acordo com o relato bíblico, Deus, que criou o céu e a terra, fez um acordo pessoal com Abraão, um nômade sem pátria, vindo da Mesopotâmia. Em recompensa pela fé de Abraão, Deus lhe prometeu uma pátria em Canaã - a terra futura de Israel - e numerosa descendência. Abraão teve um neto, Jacó (a quem Deus renomeou como Israel), que com seus filhos e respectivas famílias foi para o Egito fugindo da fome. Eles serviram ao faraó, mas seus descendentes tornaram-se escravos até que Deus os libertou. Comandados por Moisés, os israelitas deixaram o Egito (fato conhecido como Êxodo) e foram para o monte Sinai, onde fizeram uma aliança eterna com Deus. Na tradição judaica foi esse o evento formativo da história dos judeus e o nascimento do monoteísmo. Mas os israelitas demonstraram falta de fé e foram condenados a vagar no deserto durante 40 anos antes de entrar na terra prometida de Canaã.

As pressões dos primitivos habitantes de Canaã e dos recém-chegados filisteus forçaram as 12 tribos de Israel a se unir, relutantes, em torno de uma monarquia. O primeiro rei, Saul, foi sucedido por Davi e Salomão; este inaugurou uma era de ouro que desde então se tornou o centro das aspirações judaicas. Devido a transgressões posteriores, Deus puniu os judeus com a perda de seu santuário nacional e de sua pátria. Contudo, eles mantêm a esperança de que o arrependimento sincero leve à restauração de sua relação com o divino.

Com muita frequência a história dos judeus foi apresentada como uma litania de desastres. Desde o período helenístico (330-63 a.C.) a diferenciação dos judeus foi muitas vezes objeto de zombaria e incompreensão. Os governos muçulmanos perseguiram os judeus algumas vezes, mas a Europa cristã fez do anti-judaísmo uma questão de política comum. Para uma crença ainda abalada pelos efeitos da perseguição nazista (1933-45), a focalização no sofrimento judeu é compreensível, mas constitui uma base precária para assentar uma identidade. Por essa razão, há entre os judeus uma tendência a acentuar os aspectos positivos da sua cultura. Tem-se dado mais atenção às grandes criações literárias: a Bíblia, o Talmude, poesia, filosofia, teologia e ética. Esse é um período de grande criatividade, em que muitos judeus que antes não eram praticantes estão redescobrindo a alegria de viver uma vida judaica.

Um fator importante na redescoberta de um "judaísmo positivo" foi a criação do Estado de Israel. Questões políticas e a preocupação de definir o judeu e o judaísmo são inegavelmente fontes de tensões entre Israel e as comunidades da Diáspora. Frequentemente mais preocupado com questões existenciais, o judaísmo agora está suficientemente confiante para se voltar para temas internos de importância étnica e religiosa.

PRINCÍPIOS DA FÉ JUDAICA

1 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o Criador e Guia de todas as criaturas, e apenas Ele, criou, cria e criará todas as coisas.

2 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é Único e que não há nenhuma unicidade como Ele; que somente Ele é nosso Deus, era, é e será.

3 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, não é corpóreo, não tem nenhuma propriedade antropomórfica, e não há absolutamente nada parecido com Ele.

4 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é primeiro e último.

5 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, é o único a Quem é apropriado rezarmos, e que não é apropriado rezar a mais ninguém.

6 — Eu acredito com plena fé que todas as palavras dos profetas são verdadeiras.

7 — Eu acredito com plena fé que a profecia de Moshé (Moisés), nosso mestre, que esteja em paz, foi verdadeira, que ele foi o pai de todos os profetas, daqueles que o precederam como daqueles que o seguiram.

8 — Eu acredito com plena fé que toda a Torá que está em nossas mãos foi dada a Moisés, nosso mestre, que esteja em paz.

9 — Eu acredito com plena fé que esta Torá não será modificada nem haverá outra Torá dada pelo Criador, abençoado seja o Seu nome.

10 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, conhece todas as ações e todos os pensamentos dos seres humanos, como está escrito: “É Ele quem forma os corações de todos, Quem percebe todas as suas ações” (Salmos 33:15).

11 — Eu acredito com plena fé que o Criador, abençoado seja o Seu nome, recompensa aqueles que guardam Seus mandamentos, e pune aqueles que os transgridem.

12 — Eu acredito com plena fé na vinda de Mashiach (Messias), e ainda que possa tardar, mesmo assim espero a cada dia pela sua vinda.

13 — Eu acredito com plena fé que haverá a ressurreição dos mortos no momento que assim o desejar nosso Criador, abençoado seja o Seu nome, exaltada seja a Sua

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