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O Que Você Quer ser Quando Crescer?

Por:   •  16/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.256 Palavras (10 Páginas)  •  426 Visualizações

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ESCOLA ESTADUAL PEDRO LESSA

HELBERT GOMES DE OLIVEIRA

PROJETO DE ENSINO

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO VOCÊ CRESCER?

CINEMA, MÚSICA E

 EDUCAÇÃO RELIGIOSA

SÃO MIGUEL DO ANTA - MG - FEVEREIRO DE 2016

“A música é um elemento capaz de informar,
expor ou explicitar as ações humanas, sua história,                                                                                                                                    existências, angústias e necessidades” (Madeira, 2008).

Justificativa:

A escolha deste tema tem o intuito de divulgar novas experiências pedagógicas que utilizam o cinema e a música como ferramentas de ensino na Educação Religiosa. As possiblidades de abordagem são inúmeras, visto que os valores morais e éticos necessários para formação de verdadeiros cidadãos encontram-se presentes nas incontáveis opções que os recursos audiovisuais nos oferecem.

O que você vai ser quando você crescer? Pergunta recorrente na vida de qualquer criança, mas que deve ser problematizada no âmbito familiar e escolar. Exaltar a importância da relação família/escola na formação dos nossos futuros profissionais pode parecer redundância, mas a necessidade de despertar nos alunos a consciência de que eles são os protagonistas nestes ambientes é fator crucial para um melhor relacionamento com os familiares, os colegas de classe e os profissionais da educação.

Objetivos:

Sensibilizar os alunos quanto às suas ações no contexto familiar/escolar e os reflexos destas no futuro, além disso, utilizar o cinema e a música como ferramentas pedagógicas visando a maior interação dos alunos com o tema proposto.

Fundamentação Teórica:

Pensar na prática da Licenciatura em História hoje é um desafio que os professores enfrentam diariamente. Buscar novas formas de incentivar o aluno a desenvolver o pensamento crítico em sala de aula, é talvez o maior desafio do professor. Não pretendo ressaltar aqui as veredas que dificultam os caminhos do ensino por todo Brasil. Viso o oposto. Compartilhar a prática docente em sala de aula com outros professores para que estes utilizem melhores as fontes audiovisuais como ferramentas pedagógicas.

Trabalhar com diferentes fontes e o desvendar do potencial de aprendizagem a partir delas é o grande desafio. Para isso, verifica-se a necessidade de trazer para a sala de aula conteúdos escolares, como textos de diferentes gêneros, filmes e documentários relativos às diversas manifestações culturais e religiosas, que favoreçam o conhecimento da individualidade, a formação de atitudes e comportamentos favoráveis à boa convivência nos grupos sociais, à vivência dos valores e da ética, e o respeito às individualidades (CBC 2014).

O cinema e a música são ferramentas que podem ser usadas em diferentes conteúdos, já que estimulam debates, despertam a curiosidade, aprofundam determinados temas e ampliam a percepção dos alunos. Maria Auxiliadora Schimidt em seu livro “Ensinar História”, demonstra que inovações em sala de aula fazem com que a prática docente desmitifique a noção que se tem do “professor enciclopédia” detentor do saber, substituindo pela imagem de um “professor construtor”, que contribui para o conhecimento de seus alunos em sala de aula, e que a música é uma forma de indicar para o aluno novas formas de compreender a História (SCHIMIDT, 2004).

De acordo com Circe Bittencourt o ensino em geral deve perpassar uma simples repetição e procurar desenvolver nos alunos o interesse de analisar, questionar, aprofundar e intervir nos conteúdos escolares. Para isso a postura da interdisciplinaridade deve ser uma constante. As propostas de renovação dos métodos de ensino pelos atuais currículos organizam-se em torno de dois pressupostos. Um pressuposto básico e fundamental é a articulação entre o método e o conteúdo. O segundo pressuposto é que atuais métodos de ensinos tem de se articular as novas tecnologias para a produção do conhecimento, e tal constatação interfere em qualquer proposta de mudança dos métodos de ensino (BITTENCOURT, 2004).

Circe Bittencourt, em Ensino de História: fundamentos e métodos, apresenta os diferentes modos de se utilizar novos recursos em sala de aula, estes podem ser meramente ilustrativos, ou serem vistos como fonte de informação que podem introduzir um tema causando a problematização do assunto a ser discutido. Esta autora destaca que os documentos devem ser motivadores para facilitarem a compreensão do tema abordado (BITENCOURT, 2008).

Kátia Abud faz uma análise sobre a utilização de filmes em sala de aula como recurso didático. É sabido que desde o inicio do século passado o cinema é reconhecido como instrumento pedagógico que em muito auxilia o saber histórico.  A criação do INCE - Instituto Nacional do Cinema Educativo - dirigido pelo professor Roquete Pinto em 1937, foi o ponto inicial na valorização do cinema com ferramenta pedagógica no Brasil. Mas é a partir dos historiadores da Escola dos Annalles e de seus desdobramentos: a História das Mentalidades e a História Social, é que se renova a produção historiográfica. Surge assim uma nova forma de ensino (ABUD, 2003).

 Neste sentido trabalhar o cinema como ferramenta pedagógica aliada ao ensino de história requer muitos cuidados por parte do professor historiador. A imagem não retrata o saber histórico fielmente, ela é um desdobramento de seu contexto. O cinema por si só não deve ser visto como uma fonte isolada. Como toda fonte deve ser trabalhada em conjunto com outras sempre visando o processo de criação de conhecimento (ABUD, 2003).

         Marcos Napolitano, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e especialista na utilização de filmes em sala de aula afirma que  "o cinema é uma experiência cultural importante, assim como a música e a literatura. A escola precisa levar isso em conta e tratar esse trio com igualdade” (NAPOILITANO, 2003).

O regente da turma deve ter clareza do que se almeja e pretende extrair de cada fonte. As possibilidades de abordagem do cinema e da música em sala de aula são infinitas. O professor deve levar em conta o problema da adequação e da abordagem por meio de reflexão prévia sobre os seus objetivos gerais e específicos. Os fatores que costumam influir no desenvolvimento e na adequação das atividades são: possibilidades, técnicas organizativas na exibição de um filme para a classe; articulação com o currículo e/ou conteúdo discutido, com as habilidades desejadas e com os conceitos discutidos; adequação à faixa etária e etapa específica da classe na relação ensino-aprendizagem (NAPOLITANO 2003). Portanto, o cinema e a música devem seguir um rigor metodológico e pedagógico ao serem utilizados pelo professor em sala de aula.

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