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O SENHOR É O MEU PASTOR; NADA ME FALTARÁ

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Por:   •  20/10/2013  •  Tese  •  2.185 Palavras (9 Páginas)  •  523 Visualizações

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EXEGESEDO SALMO 23

O Salmo 23 é, certamente, o preferido de todos os Cristãos, porque aclamado como o mais belo de todos os Salmos.

Incontáveis são as residências, os estabelecimentos comerciais, os hospitais, as escolas, os veículos e até mesmo os tumolos, que ostentam ao menos um Versículo deste Salmo.

Davi, estava muito espirado quando escreveu este salmos quem era esse rei Israel? Antes de se tornar rei era um desvelado e destemido pastor de ovelhas.

Quem ler o texto do Primeiro Livro de Samuel 17:34-36, convencer-se-á de que o salmista e rei Davi era mesmo digno de possuir o título de Pastor, tanto natural quanto espiritualmente, na verdadeira acepção da palavra, o que o coloca, portanto, em total oposição aos pastores descritos em Jeremias 23:1-4, que inclui, também, a afirmação de Deus : "Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração." (1Sm.13:14; At.13:22)

A beleza e a magnitude do Salmo 23 são mesmo de encher os olhos e a alma; porém, a má interpretação por parte de algumas pessoas tem, lamentavelmente, causado o desvio da verdadeira essência deste Salmo para outras áreas da vida, normalmente a área da prosperidade física e material.

Não são poucas as pessoas que interpretam incorretamente o termo "NADA ME FALTARÁ"; e, quando lhes falta alguma coisa, pensam logo que não têm fé, ou que estão em pecado, ou que o Senhor não as ama.

Objetivando falar sobre os equívocos dessas pessoas, passo, a demonstrar e salutar exegese do Salmo 23:

VERSÍCULO 1: O SENHOR É O MEU PASTOR; NADA ME FALTARÁ.

O que Davi tinha em mente ao escrever "NADA ME FALTARÁ"? Tendo o Senhor como nosso Pastor, porventura não nos faltará nada? Estaremos permanentemente abastados? Imunes aos problemas da vida? Livres de todas as mazelas? Incólumes de quaisquer perigos?

A Bíblia Sagrada, por ser um Livro perfeito mostra-nos, para nosso consolo, os grandes e destacados servos de Deus enfrentando, como nós hoje inevitavelmente enfrentamos, os mais diversos problemas, de ordem física e financeira.

Contrariando os ensinos dos mentores da cognominada corrente da prosperidade, amantes da antibíblica doutrina do "pare de sofrer", que não aceitam, em hipótese alguma, crentes evangélicos pobres e enfermos, e por isso apresentam aos incautos os seus mirabolantes programas de "cura e libertação" e "corrente da prosperidade", faço a necessária descrição dos servos de Deus que eram pobres e que padeciam de enfermidades, bem como os imprescindíveis ensinos do Senhor Jesus Cristo e dos escritores bíblicos:

Jacó (Israel) adoeceu (Gn.48:1); Rute, a bisavó de Davi, colhia espigas deixadas pelos segadores, ato reservado aos pobres (Lv.19:9,10; Rt.2:2,3); a viúva de Sarepta passava por dificuldades extremas (1Rs.17:10-12); o rei Asa caiu mui gravemente doente dos pés (2Cr.16:12); o Profeta Eliseu esteve doente até a morte (2Rs.13:14); o rei Ezequias ficou doente, à morte, e teve que tomar remédio para sarar (2Rs.20:1,7); o rei Uzias foi acometido por uma lepra, e assim permaneceu até o dia da sua morte (2Cr.26:21); João Batista morava no deserto, comia gafanhotos e não se vestia elegantemente (Mt.3:4; 11:8-10); a viúva pobre, publicamente elogiada por Jesus, tinha recursos financeiros ínfimos (Mc.12:42-44); os justos José e Maria, pais de Jesus, deram as ofertas mais humildes, cabíveis somente aos pobres (Lv.12:8; Lc.2:24); Lázaro, a quem Jesus amava (Jo.11:5), enfermou-se (Jo.11:1-6); o Apóstolo Pedro, que também era Pastor (Jo.21:15-17; 1Pd.5:1,2), não tinha prata nem ouro (At.3:6), como muitos pastores hoje têm; o Apóstolo Paulo sofreu muitos perigos (2Co.11:26), passou falta das coisas, passou fome e padeceu necessidade (Fl.4:12), e provavelmente tinha alguma enfermidade (2Co.12:7; Gl.4:13,14; 6:11), e sua riqueza atingia a monta de uma capa, livros e pergaminhos (2Tm.4:13), e por isso nos doutrina: "tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes." (1Tm.6:8), e "o amor ao dinheiro é raiz de todos os males;" (id.6:10); o discípulo Timóteo foi aconselhado por Paulo a usar um pouco de vinho, por causa da sua enfermidade de estômago (1Tm.5:23); Paulo deixou o crente Trófimo doente em Mileto (2Tm.4:20)...

Então, para os adeptos da doutrina da prosperidade material desenfreada, essas pessoas, aqui mencionadas, não eram crentes, porque, ou eram pobres ou eram doentes, o que contraria frontalmente os ditames da cartilha da corrente da prosperidade, por eles adotada e amada como a coisa mais excelsa desta vida. Não sabem eles que os crentes pobres e humildes, e que hoje choram, é que são por Jesus chamados de "Bem-Aventurados" (Mt.5:3,4).

E o Senhor Jesus ensina-nos: "No mundo TEREIS TRIBULAÇÕES;" (Jo.16:33); "os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos POBRES é anunciado o Evangelho." (Mt.11:5); "O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar Boas Novas aos POBRES;" (Lc.4:18); "Então, levantando Ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os POBRES, porque vosso é o Reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora CHORAIS, porque haveis de rir." (Lc.6:20,21)

O Apóstolo Pedro também nos ensina: "na qual exultais, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por VÁRIAS PROVAÇÕES," (1Pd.1:6)

E igualmente o Apóstolo Paulo: "Confirmando as almas dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que POR MUITAS TRIBULAÇÕES NOS É NECESSÁRIO ENTRAR NO REINO DE DEUS." (At.14:22); "alegrai-vos na esperança, sede pacientes na TRIBULAÇÃO, perseverai na oração; acudi aos SANTOS NAS SUAS NECESSIDADES, exercei a hospitalidade." (Rm.12:13); "pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nEle, mas também o PADECER por Ele." (Fl.1:29); "Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão TEMPOS PENOSOS;" (2Tm.3:1)

E Tiago conclui: "Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o PASSARDES POR VÁRIAS PROVAÇÕES (...) Mas o IRMÃO DE CONDIÇÃO HUMILDE glorie-se na sua exaltação, e o rico no seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva." (Tg.1:2,9,10)

Muito antes deles, Davi também discorreu sobre o pobre: "Bem-aventurado é aquele que considera o POBRE; o Senhor o livrará no dia do mal." (Sl.41:1)

Quanto aos ricos, que são o alvo maior das pessoas sequiosas por bens terrenos, o Senhor Jesus Cristo e o escritor Tiago ensinam-nos o que finalmente lhes

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