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Os Evangelhos Sinóticos

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Por:   •  13/3/2014  •  3.277 Palavras (14 Páginas)  •  1.630 Visualizações

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Os evangelhos sinóticos

J.J. Griesbach, era um estudioso da Bíblia qe chamou pela primeira vez os três primeiros evangelhos de sinóticos pela grande semelhança que há entre Mateus, Marcos e Lucas. Nestes evangelhos os evangelistas narram muitos dos mesmos acontecimentos como cura, exorcismos e ensinos realizados por Jesus. Já no evangelho de João, ele apresenta Jesus fazendo longas dissertações em vez de parábolas curtas ou declarações breves e expressivos.

Sabendo-se que nestes livros encontramos a história daquele que é instrumento escolhido por Deus para fazer-se conhecer aos seres humanos.

Examinamos três indagações específicas: Como surgiram os evangelhos sinóticos? Como devemos entender os Evangelhos como obra literária? E os Evangelhos nos contam sobre Jesus?

Não basta simplesmente identificar os autores dos evangelhos sinóticos mas compreender a semelhança em alguns relatos e em outros a diferença. Lucas relata como chegou até ele as informações contidas em seu evangelho, que através de uma acurada investigação e também através de testemunhos oculares é ministros da palavra , que transmitiram a verdade acerca de Jesus.

Nos últimos 200 anos surgiu enfoques diversos enfatizamos etapas diferentes do problema das origens dos evangelhos.

Pelo menos, três enfoques deram contribuições diferentes, a crítica da forma (Formgeschichte), que concentra a atenção no período de transmissão oral; a crítica das fontes, que focaliza a maneira como unidades literárias diferentes foram reunidas para constituir os evangelhos; e a crítica da redação (RedaKtionsgeschichte), que focaliza as contribuições literárias e teológicos dos autores dos evangelhos. Lucas menciona em sua introdução como três etapas mesmo não sendo mutuamente exclusivos, atualmente convecionou-se chamar de análise da tradição ou crítica da tradição (Traditionsgeschichte).

Começaremos com a crítica da forma porque, surgiu somente depois do auge da crítica das fontes, ela se concentra na etapa oral, onde foi trazida as informações sobre a vida de Jesus que formaram os evangelhos, esta etapa durou pelo menos 20 anos.

Foi através de um erudito chamado Hermann Gunkel, que a crítica da forma foi aplicada ao Antigo Testamento, e depois foi transportada para a área do Novo Testamento na segunda e terceira década deste século por Karl Ludwig Schmidt, Martin Dibelius e Rudolf Bultmann. Embora com algumas divergências eles tinham em comum pelo menos seis pressuposições e crenças que se tornaram a base da crítica da forma.

1. Relatos sobre a vida e declarações de Jesus circularam em pequenas unidades independentes. Eles viram na narrativa da paixão uma exceção.

2. Pode-se compara a transmissão dos dados dos evangelhos com a transmissão de outras tradições populares e religiosas.

3. Os relatos e declarações de Jesus assumem certas formas padronizadas. Em sua maioria fácil de perceber nos evangelhos.

4. Segundo Bultmann, toda categoria literária tem sua situação vivencial.

5. Conforme foram transmitidas as declarações e histórias de Jesus, a comunidade cristã primitva foi modificando sob pressão de suas necessidades e situações. Norman Perrin, diz: “ a diferença que se faz hoje entre o Jesus histórico e o Senhor ressurreto era bem estranha a igreja primitiva. ”

6. O último critério, que podemos chamar de dessemelhança, é muito importante para os críticos da forma mais radicais.

Vários autores defendem que a maioria dos críticos da forma não avaliaram suficientemente dinâmica e a natureza da trasmissão oral. Não se pode afirmar que a igreja primitiva não fazia diferença entre o Jesus terreno e o Senhor ressurreto. Temos motivos para pensar que os cristãos primitivos eram capazes e estavam desejosos de transmitir com exatidão os efeitos e as palavras de Jesus. A etapa oral do desenvolvimento dos evangelhos sinóticos, provavelmente incluía também algumas tradições escritas acerca da vida e ensinos de Jesus. A crítica das fontes dedica-se à investigação dessa etapa escrita na produção dos evangelhos. Existem semelhanças surpreendentes entre os sinóticos, tanto na estrutura em geral quanto nas palavras em particular. Em Mateus 23.37-39 e Lucas 13.34-35, eles utilizam quase as mesmas palavras para registrar o lamento de Jesus por Jerusalém. No entanto, cada evangelista omite informações encontrados nos outros dois, cada um apresenta incidentes que os demais não relatam, e alguns dos eventos encontrados em pelo menos um dos outros dois evangelhos são colocados numa ordem diferente.

Embora o número de soluções para o problema sinótico seja proporcional à impressionante quantidade de pesquisa e pensamento criativo dedicados à questão, podemos isolar quatro opções principais.

Dependência comum de um evangelho original. Em 1771, o escritor alemão G. E. Lessing sustentou que o relacionamento entre os evangelhos sinóticos poderia ser explicada pela utilização, de forma independente, de um evangelho original escrito em hebraico ou aramaico. Esta proposta não foi bem aceita no século XX.

Dependência comum de fontes orais. O crítico alemão J.G. Herder argumentou que a dependência dos evangelhos sinóticos de um sumário relativamente fixo da vida de Cristo era uma explicação mais plausível para os fatos. Este ponto de vista continua ainda hoje a ser defendido por uns poucos estudiosos.

Dependência comum de um número cada vez maior de fragmentos escritos. F. Schleiermacher, importante e controverso teólogo, propôs que na igreja primitiva existiram diversos fragmentos de tradição evangélica, sendo que aos poucos foram crescendo até se incorporarem nos evangelhos sinóticos. Tese hoje que já não é mais defendida nessa forma.

Interdependência. A última solução básica para o problema sinótico sustenta a ideia de que dois dos evangelistas utilizaram um ou mais evangelhos para elaborarem o seu. Esta tese tem uma aceitação quase universal entre os estudiosos do Novo Testamento.

Teorias de Interdependência. Um estudo entre os evangelhos sinóticos revela um fato significativo: embora Mateus e Marcos frequentemente estejam juntos em oposição a Lucas na ordem de acontecimentos e embora Lucas e Marcos frequentemente estejam juntos em oposição a Mateus, quase nunca Mateus e Lucas estão juntos em oposição a Marcos. Marcos deve ter um relacionamento tanto com Mateus quanto com Lucas, quer seja anterior a ambos, venha entre um e outro ou

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