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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA DOM JOÃO RESENDE COSTA

Por:   •  15/5/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  829 Palavras (4 Páginas)  •  480 Visualizações

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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA DOM JOÃO RESENDE COSTA

Autor: Lucas Natalio Valeriano

Exegese do capítulo 38 do Livro de Genesis (História de Judá e Tamar)

Devido a importância da tribo de Judá na História de Israel, não é surpreendente encontrarmos uma narrativa especificamente sobre seu fundador. O problema com a história é sua localização atual, pois interrompe a história de José. Mas, como veremos, há algumas ligações entre essa narrativa e o contexto em que agora se encontra.

Judá é um dos filhos de Jacó, e ele antes de ir para Canaã havia participado da trama de vender Jose aos ismaelitas. O interessante é que em duas tradições o final é o mesmo, mas um personagem muda. Na tradição Javista, os irmãos planejam matar José, mas Judá intercede e os irmãos decidem vender José. Já na narrativa eloísta é Ruben quem persuade os irmãos a não matar José e sim coloca-lo numa cisterna. Ruben tinha esperança de voltar mais tarde para salvar José, mas comerciantes midianitas encontram José e o levam para o Egito.

A narrativa é atribuída ao Javista que condensa toda uma geração em alguns versículos. Judá separa-se dos irmãos, casa-se com uma caanita e tem três filhos que alcançam a idade do casamento um tanto depressa. Judá tomou uma esposa para o seu primogênito, Er. O nome dela era Tamar. Deus tirou a vida deste jovem devido a uma maldade não definida. Judá então chama o seu segundo filho para que cumprisse o dever do casamento levirato (cunhado). Neste caso, o cunhado deveria se casar com a viúva do irmão morto que não tivesse filhos. O primeiro filho desta união levaria o nome do irmão morto [Dt 25,5-10].

Onã obedeceu a seu pai e se casou com Tamar. Ele consumou o casamento, no entanto, ele interrompia o intercurso das relações sexuais antes que Tamar pudesse conceber (daí vem o termo “Onanismo”). Ele fazia isto porque não queria suscitar filhos para o seu irmão. Deus na Sua ira lhe tirou a vida por este ato. Depois de perder dois filhos, Judá reluta em dar o terceiro filho a Tamar. A falha de Judá em cumprir seu dever prepara a cena seguinte, na qual Tamar tem o papel principal.

Depois da morte de sua mulher, Judá viaja a Timná para tosquiar o rebanho. Tamar aproveita-se da situação, disfarça-se de prostituta e seduz Judá. Insiste em ficar com seu sinete, seu cordão e seu bastão como penhor do pagamento. O sinete funcionava como antigo meio de identificação. Era gravado com o desenho especial do dono e usado em volta do pescoço, atado a um cordão. Quando Judá envia seu servo com o pagamento, Tamar não é encontrada. Para não se complicar mais, procurando a mulher, Judá deixa as coisas como estão.

Como seria de esperar, Tamar engravida de Judá. Sua gravidez é comunicada a Judá, que tem jurisdição no caso, porque Tamar está noiva de seu terceiro filho. Judá a sentencia a morte, o castigo de adultério, mas no momento crítico ela apresenta o sinete, o cordão e o bastão que o identificaram como Pai da criança. Judá absolve Tamar e admite sua culpa por não ter cumprido a lei do levirato. Ela parecia estar grávida de Gêmeos.

A luta no ventre de Tamar, como no de Rebeca (Gn 25,22) antecipa o futuro

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