TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Pai Nosso

Trabalho Escolar: Pai Nosso. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/10/2014  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  436 Visualizações

Página 1 de 8

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA

Resumo da 4ª aula

Prof. Izidro

INTRODUÇÃO

Antropologia (do grego anthropos, "homem", e logos, "razão"/"pensamento"/"discurso"/"estudo") é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões.

A antropologia filosófica é a investigação sobre o conceito que o ser humano faz de si próprio, de suas faculdades, habilidades e ações que orientam sua vida, ao responder à questão: “O que é o ser humano?”

I. CONCEPÇÃO ESSENCIALISTA (Pedagogia da essência)

A Filosofia, diz Kant, procura responder a três questões: O que eu posso conhecer? O que devo fazer? O que me é permitido esperar? Essas três questões, diz ele, resumem-se a uma quarta: O que é o homem?

A resposta a essa questão teórica, por sua vez, pode servir de orientação para a nossa prática educacional, política, moral e social.

Cada sociedade e cada época histórica têm uma determinada concepção do ser humano, uma imagem-ideal do homem. Essa imagem-ideal engloba também a antiimagem-ideal, ou seja, aquilo que a sociedade não aceita como padrão de comportamento dos seus membros é que vai dar forma ao processo educativo.

Segundo essa perspectiva, educar seria desenvolver as potencialidades da natureza humana, fazendo cada um tender para a perfeição, para aquilo que pode vir ser.

Nas civilizações orientais, por exemplo, onde a imagem-ideal do homem está associada a um passado idealizado, a uma suposta época de ouro, o processo educativo visa à submissão acrítica a esse modelo situado no passado. O processo educativo entendido dessa maneira exemplifica-se sobre tudo na China, na Índia, no Egito, na Babilônia, na Palestina, na Pérsia e na Grécia período homérico.

Com os gregos no século V, surge outra imagem-ideal do homem e outro conceito do processo educativo. Este visa o homem como ser livre e responsável como aquele que constrói o seu próprio presente sem, no entanto, negar o seu passado. O modelo das civilizações orientais é o mandarim, o sacerdote, o mago, todos depositários e transmissores de uma sabedoria já adquirida. O modelo que agora surge é o homem que procura a sabedoria sem jamais possuí-la totalmente, do homem que, em vez de transmitir conhecimentos, desperta no outro o ideal de quem procura. Roma prolongará essa imagem-ideal, dando-lhes feições próprias sem fugir do caráter prático e das aspirações nacionais.

Na Europa medieval (476-1453), a imagem-ideal do homem é fornecida pelos ensinamentos da igreja católica e o processo educativo visava à imitação religiosa. Enquanto os filósofos gregos davam mais importância ao aspecto racional e intelectual do homem, o cristianismo, pelo contrário, passou a dar maior importância ao aspecto moral e espiritual da pessoa humana. Durante toda a Idade Média predominou uma concepção do homem e da educação que se opunha ao conceito liberal e individualista dos gregos, e ao conceito de educação prática e social dos romanos.

Com a Renascença (século XVI), há um retorna a imagem de homem da Antiguidade, sobretudo da Grécia. A renascença assume plenamente a imagem-ideal do homem que se torna humano. Entretanto, o ideal renascentista vai além do ideal clássico pelo fato de reconhecer que a própria criatividade inerente ao homem lhe abre perspectivas incalculáveis quanto à realização da sua humanidade. As virtudes renascentistas são o humanismo, a ousadia e a sede pela aventura de viver.

No século XVII, tem início o longo período de emancipação do passado. A tradição é relegada ao passado e o homem dela se liberta.

O processo educativo, por sua vez, rejeita o ensino medieval, procura a simplificação do ensino (o latim, por exemplo, é substituído pela língua materna), valoriza as ciências naturais e a educação física, enfim, procura adaptar-se às necessidades do mercantilismo emergente.

Depois temos o Iluminismo século XVII, que propaga a imagem-ideal do homem iluminado pela luz da razão, ou seja, do homem cujo princípio supremo de juízo diante da realidade é a razão.

II. CONCEPÇÃO NATURALISTA

A partir da Idade Moderna século XVII, surge a filosofia de Descartes e Locke, bem como o desenvolvimento do método científico com Galileu e Newton, em busca do verdadeiro conhecimento.

A concepção antropológica que começou a surgir com a revolução científica do século XVII caracteriza-se pelo enfoque naturalista imposto ao conceito de humanidade, projeto que atingiu seu ápice com o cientificismo positivista, no século XIX, e que até hoje tem seus seguidores.

Nesse novo momento, a ciência surge como uma forma de conhecer, observando as regularidades da natureza, levando à formulação de leis, à previsibilidade dos fenômenos, possibilitando o desenvolvimento da tecnologia. Ilustra esta época a célebre frase de Francis Bacon: saber é poder.

O rigor desta nova época influenciou também a busca da compreensão a respeito do homem, que agora terá a preocupação de encontrar as regularidades que marcam o seu comportamento. Uma nova visão antropológica se forma de acordo com a qual o homem se faz parte da natureza física, submetendo-se às mesmas leis que presidem a vida orgânica e a matéria. Ele é apenas um ser vivo como os demais. Além disso, a natureza esgota o real, não havendo por que recorrer a entidades transcendentais para explicá-la. É a concepção naturalista do homem.

Na filosofia de René Descartes (1596-1650), o homem é compreendido a partir do dualismo psicofísico, ou seja, constituído de duas substâncias distintas: a mente (substância pensante) e o corpo (substância extensa). Este é considerado como uma máquina operando sempre da mesma forma, segundo as suas próprias leis. Entretanto, com o desenvolvimento das ciências este modelo mecânico é substituído por outro mais elaborado, mas persiste a ideia de corpo submetido às leis da natureza. Trata-se de uma concepção determinista, que reduz o homem a uma dimensão corpórea, sujeito às forças da natureza, tornando-se incapaz de gerir o seu próprio destino.

A educação a partir de então, passou a dar mais ênfase ao método

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.4 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com