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RESENHA DO LIVRO - Educação Cristã De Adriana Torquato Resende

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Por:   •  16/9/2014  •  5.511 Palavras (23 Páginas)  •  1.608 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO - Educação Cristã de Adriana Torquato Resende

A autora relata que existem pessoas que tem o dom específico do ensino, mas de um modo geral, todos os cristão são chamados a ensinar. Ela diz que o sermão do monte, por exemplo, poderia ser referido como “o ensino do monte”, por se tratar de ensinos preciosos, exposto de maneira claramente didática.

Conforme a autora Jesus deixava a multidão maravilhada com seus ensinos, porque tinha autoridade e vivia o que ensinava. Ela também cita o apóstolo Paulo que ensinava com ousadia no Espírito Santo. E a Bíblia diz que é necessária dedicação ao ensino.

Adriana diz que a Educação Cristã pode ocorrer o tempo todo, em todos os lugares e alcança a todas as idades. E que devemos levar em consideração a formação integral do ser humano como: espiritual, social, emocional, intelectual e físico como fator de grande importância. E que a Bíblia é o livro mais importante para a Educação Cristã.

Resende diz que devemos nos apropriar das bases pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem. Ela cita cinco abordagens de Mizukami.

Abordagem tradicional- ênfase na memorização, conteúdo apresentado pronto e deve ser assimilado pelo aprendiz.

Abordagem comportamentalista- o ensino esta centrado na experiência, que é à base do conhecimento.

Abordagem Humanista- o ensino é centrado no aluno. O professor é um facilitador.

Abordagem Cognitivista ou Construtivismo Interacionista – (Jean Piaget) o ensino esta centrado no aluno e no aprendizado, o individuo constrói o conhecimento. Essa construção se da a partir de estruturas cognitivas do individuo. Segundo Faria o construtivismo pressupõe que a criança passa por diferentes estágios de desenvolvimento mental.

Abordagem Sociointeracionista- o ensino esta centrado nas interações sociais. Cita o grande educador Paulo Freire que também é representante da abordagem sociointeracionista. Na qual a cultura do educando é à base do seu conhecimento.

A autora defende que o conhecimento dos fundamentos históricos da educação cristã nos ajuda a ter uma melhor compreensão dos processos educacionais da atualidade. Ela inicia esse capítulo escrevendo sobre três heranças históricas abordadas por Molochenco1:

A herança hebraica: Época onde o patriarca era o responsável pela educação na família (Êx 13.14; Dt 6.6,7; 20,21; Js 4.21-23, como exposto no livro).

A herança judaica: Processo religioso narrado no Novo Testamento. Teria durado até o fim da Idade Média.

A herança europeia: Lutero, Calvino, e João Amós Comenius. Este último lutou por uma educação completa a todos no século XVII. Robert Raikes fundou a primeira escola dominical em 1780. Essa herança europeia chegou aos Estados Unidos pela colonização, e ao Brasil mais pela vinda de missionários norte-americanos.

A autora prossegue escrevendo sobre cinco eras marcantes, relacionadas ao ensino, durante a história da igreja, eras que são abordadas por Sherron K. George2:

A era de crescimento (33 a 311 dC): Começa com a igreja de Atos dos Apóstolos e perdura até a Idade Média. O crescimento em tal período foi quantitativo e qualitativo, por causa da pregação e do ensino da Palavra de Deus. É uma época de perseguições, e também do aparecimento de muitas heresias, assim como de grandes mestres, como Clemente de Alexandria, Irineu, Tertuliano e outros. Nessa época também foram criadas as escolas de catecúmenos, que era uma “formação de batizandos”.

A era medieval (311 a 1500 dC): Em 311, Galério, imperador romano, emitiu um edito de tolerância ao cristianismo, o que culminaria na institucionalização da religião no Império. Conforme a autora prossegue, esse período foi marcado por ignorância e erro, e houve imposição religiosa nessa época.

Porém, alguns viveram em reclusão, por causa da situação da época, e a autora cita o exemplo de Antonio, o Eremita, destacado por González3. Antonio viveu em reclusão e vendeu os seus bens, e repartiu o que ganhou aos pobres, ao ouvir um sermão de Mt 19.21. Também existiram, nessa época, mestres como Atanásio, Agostinho, Aquino, e outros. Apesar disso, foi uma época de decadência moral e espiritual.

A era dos reformadores (1500 a 1780 dC): A autora cita Lutero e Calvino, conforme a obra de González4·. Lutero nasceu em Eisleben, Saxônia, e em 1512 tornou-se doutor em Teologia. Em 1517, publicou suas 95 teses contra vários erros que via na Igreja Católica Romana. A teologia de Lutero ensinava, segundo a autora, a fé e o relacionamento pessoal com Deus. Calvino se converteu em 1532, e se via como “discípulo de Lutero”. Em 1559, foi publicada a edição definitiva de suas Institutas, seu tratado teológico e também um resumo de piedade. Nesse ano, Calvino fundou a Academia de Genebra.

A era moderna (1780 a 1980 dC): Seu marco foi a fundação da escola dominical, por parte de Robert Raikes, em 1780 dC, em Gloucester, Inglaterra. Seu objetivo era a alfabetização de adolescentes, por meio da Bíblia, para então fazerem posterior leitura das Escrituras. João Wesley começou, nessa era, a trabalhar com escolas para cristãos.

A era contemporânea (1980 até hoje): Segundo a autora, Sherron K. George, ao ter base em outros autores, escreve que a igreja, a partir dos anos 80, começou a enfrentar um conflito entre teologias individualistas e teologias autoritaristas. Teologias individualistas seriam influenciadas pelo relativismo e pelo liberalismo. Já as teologias autoritaristas, falhariam por causa da falta de amor ao próximo e pela não abertura a ideias diferentes. Porém, a autora, ainda conforme George, escreve que essas teologias têm em comum uma aparente submissão ao capitalismo. Apesar dessa aparente submissão, a autora pontua que ainda existem teologias que estão conforme a Bíblia. Como saída para tal situação, a autora mostra a proposta de George: “a redescoberta do ministério docente e uma maior abertura espiritual ao ensino”.

A autora prossegue expondo as três “ondas” (grandes revoluções durante a história da humanidade), descritas por Alvin Toffler5. A primeira se refere à produção agrícola, que compreende ao período de 8000 aC até 1750 dC. A segunda está ligada à indústria, com seu ápice em 1955 aproximadamente. A terceira é a atual, conhecida como a “era da mente”, com sua revolução tecnológica. Essa última “onda” seria marcada pela desmassificação, personificação, individualismo, pluralismo de ideias, “edonismo” (sic), preocupações para com o meio ambiente,

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