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Relativismo Cultural

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Por:   •  10/6/2014  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  966 Visualizações

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Relativismo cultural

O relativismo cultural - é um método de se observar sistemas culturais, sem uma visão etnocêntrica da sociedade vigente, ou seja, realizar a observação sem usar nenhum meio ou parâmetro pré concebido pela cultura ocidental e, assim, realizar um estudo e/ou observação do sistema cultural sem nenhum pré conceito. Com isso, realizar a avaliação sem privilegiar os valores de um só ponto de vista, e estruturar o corpo social a partir de suas próprias características. Adquirem, assim, seus próprios sistemas de valores e sua própria integridade cultural.

O relativismo cultural parte do pressuposto que cada cultura se expressa de forma diferente. Dessa forma, trata-se de pregar que a atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos de sua própria cultura. Esse princípio foi estabelecido como axiomático na pesquisa de Franz Boas, nas primeiras décadas do século XX e, mais tarde, popularizado pelos seus alunos. Porém, o relativismo não é mero axioma (algo que não precisa ser provado ou um ponto de partida a priori), mas antes parte das conclusões que são produzidas da observação e da convivência com outros grupos e com suas convicções. Conforme um dos alunos de Boas, Melville Herskovits:

“ O princípio do relativismo cultural decorre de um vasto conjunto de fatos, obtidos ao se aplicar nos estudos etnológicos as técnicas que nos permitiram penetrar no sistema de valores subjazcentes às diferentes sociedades . ”

A ideia foi articulada por Boas em 1887:

“ ...civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização. 1 ”

Contudo, Boas nunca usou o termo relativismo cultural, que - em seus caráter axiomático - acabou ficando comum entre os antropólogos depois da sua morte, em 1942. O termo usado pela primeira vez, em 1948, na revista American Anthropologist, representava as ideias de Boas, conforme a síntese de seus alunos a respeito dos princípios ensinados por ele.

Boas desenvolve o método, tendo por base o relativismo cultural em contra posição às ideias evolucionistas vigentes de sua época. Crítica arduamente o método desenvolvido por autores como Morgan, que consiste em elucidar a evolução de todos os processos culturais em razão da sociedade mais evoluída, nesse caso a sociedade Européia. Ou seja, todas as culturas estariam em um estado, em menor ou maior grau, de aproximação do que seria a sociedade mais evoluída, e com isso criando o método comparativo que permeia as justificativas do evolucionismo, onde pode-se citar Darwin como progenitor desse conceito através das ciências biológicas. Boas, debate de forma concreta e lógica o Evolucionismo com suas idéias relativas, provando que as sociedades precisam ser estudadas através de seus próprios conceitos, e assim destrói o discurso evolucionista vigente até então.

Antes, as ideias de F. Boas parecem coincidir com os postulados de Albert Einstein em sua teoria da relatividade. Para Einstein, baseando-se em Galileu, dois observadores podem observar o mesmo fenômeno de formas distintas. O que não significa relativismo absoluto, mas que simplesmente nos convida a procurar formas de diálogo. Na física é a velocidade da luz

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