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Etnocentrismo E Relativismo Cultural

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Por:   •  27/5/2014  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  687 Visualizações

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O Etnocentrismo consiste em um preconceito que cada sociedade desenvolve a partir da comparação de sua própria cultura com as demais. Ele nos permite refletir se a maneira de ser de determinada cultura é certa em suas características ou errada tornando-se uma verdadeira aberração.

O fator principal das comparações são os costumes tradicionais, a personalidade e a alma de um povo. Essa comparação leva a um julgamento profundo que acusa o idioma alheio, os costumes alimentares, as vestimentas, seus deuses e cultos como torpes e ridículos. Automaticamente esse julgamento e preconceito atribui superioridade que a nação dominante dedica sobre a dominada, quem domina considera o outro como sub-humano ou um ser humano de segunda classe. Esse julgamento e preconceito etnocentrista jamais é inocente e comum, mas sim de uma periculosidade ímpar, pois julga sem precedentes a forma como o outro se porta e o outro em si, negando-o impetuosamente e enxergando o próximo como uma ameaça e o atacando por isso, diminuindo-o como cidadão que é. É necessário atentar-se que o que gera o julgamento é a diferença. Ela é o motivo da dominação, o que retira do ser humano o seu domínio individual e autonomia e o transforma em objeto.

Ideologias Etnocentristas

O Etnocentrismo possui ideologias que buscam justificar seus ataques de preconceito e legitimar sua opressão, neles encontramos fatos históricos e pontuais que recorrem a motivos para realizar o julgamento etnocentrista. Abaixo seguem alguns exemplos: * Uso de massacres para difundir religiões ou condenar outras, obrigando povos livres a seguirem determinado tipo de fé, não dando aos mesmos voz ou poder de escolha. * O atraso em relação a civilização ocidental, que se auto proclama suprema e superior. Essa ação ocasiona aos demais povos conflitos manifestados em rebeliões, massacres, além de uma destruição cultural progressiva. * O racismo. A raça branca aparece no topo e desqualifica nessa posição as demais raças. Essa realidade era mais presente na Europa, gerando o “Eurocentrismo” que é encontrado até a atualidade. * O evolucionismo cultural, que como o próprio nome diz, está estritamente ligado ao caminho, a evolução que cada povo percorreu e as etapas culturais que justificam uma cultura perfeita.

Avatares do etnocentrismo e Relativismo Cultural

O etnocentrismo não é somente o local de onde saem ideologias e políticas, é também um campo repleto de características. Ele se camufla para apresentar-se mais tênue e permite-se em alguns casos curtir o outro como uma atração política, um show de diferenças e o analisando por suas condutas. O interesse antropológico nesse tema nada tem a ver com o Etnocentrismo em sua forma mais bruta, mas sim as ações e relações que permeiam essa ação julgadora, o que de fato interessa a antropologia é o Relativismo Cultural, que considera que culturas distintas são tão válidas e importantes quanto a nossa. O relativismo cultural pertence á esfera da Ciência. A Antropologia por sua vez adotou como método observar a fundo, recortando conceitos sobre etnografia ou etnologia , mas sim passou a compreender cada cultura como uma única.

O relativismo cultural tem três significados:

1. As culturas são equivalentes: não há cultura que se sobressaia sobre a outra, cada uma tem seu valor e suas características. 2. As culturas são relativas: todas elas trazem em si seu padrão de medida. 3. Todo e qualquer elemento de uma cultura é relativo aos elementos que compõem determinada cultura. Tudo depende do meio onde esse elemento está inserido, de sua posição em meio a outros níveis e conteúdos da cultura de que se faz parte.

Consequências e repercussões do relativismo cultural

As consequências são diretamente opostas ás do etnocentrismo, e suas repercussões são múltiplas. Cada traço cultural deve ser estudado no contexto da cultura que pertence. Para isso, tem que se aprofundar em uma cultura diferente para captar a sua essência. Nossos termos devem ser abandonados, por exemplo, nas relações de parentesco e em outros campos. Não existe nenhum sentido ensinar um povo a “ser gente”, trata-se de aprender com ele, tal como se aprender um novo idioma. As repercussões podem ser atribuídas ao anti-colonialismo, que contribui pela medida em que torna ilegal, diante da opinião pública. A nova valorização das culturas distintas deu forças aos movimentos contra a opressão cultural, que é praticado contra os povos de minoria dentro de fronteiras nacionais. Mas qualquer forma de discriminação fica fragilizada á medida que se aprende a valorizar, ou pelo menos a respeitar, a diversidade humana.

Equivalência na diferença: as sociedades são alternativas.

As civilizações em que vivemos é episódio recente na história do homem no planeta. Havia muitos recursos disponíveis e estruturas organizacionais, mas as populações cada vez mais se tornavam numerosas e foram englobadas num mesmo complexo político-econômico.

Vemos as civilizações baseadas em três pilares, no econômico, social e político. Podemos considerar a civilização

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