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Resumo do livro “Profetismo em Israel. O profeta. Os profetas. A mensagem”

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Por:   •  21/6/2014  •  Resenha  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  1.275 Visualizações

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O Profetismo em Israel

Nas páginas que se seguem, apresento um resumo do livro “Profetismo em Israel. O profeta. Os profetas. A mensagem.”, de autoria de José Luiz Sicre, professor na Universidade de Granada e no Pontifício Instituto Bíblico de Roma, licenciado em filosofia e doutor em Sagrada Escritura. Este resumo se concentra na segunda parte do livro “Os profetas”, devido à sua maior relevância para o iniciante na prática da exegese. Visto que a primeira parte trata-se de um estudo mais minucioso sobre a atividade profética, e a terceira dedica-se a uma tentativa de aplicação da mensagem dos profetas de ontem para os dias de hoje.

Ao selecionar o texto para compor este resumo, atribuí mais valor às informações referentes ao contexto e à vida de cada profeta, e menos aos dados mais detalhados como interpretações de passagens, opiniões de comentaristas, teorias sobre datação, etc. Penso assim poder captar os detalhes mais abrangentes, indispensáveis a qualquer abordagem do texto bíblico. De modo que ajude o estudante a captar a mensagem mais ampla de cada profeta, e que o livro seja mais facilmente manuseado posteriormente, na necessidade de informações mais profundas sobre textos específicos.

Os inícios da profecia bíblica

Se lêssemos a Bíblia sem o mínimo senso crítico, deveríamos afirmar que Israel tem profetas desde as suas origens, já que seu pai no sangue e na fé, Abraão, é honrado em Gn 20.7 com o título de profeta. Mais tarde, Moisés aparecerá como o grande mediador entre Deus e o povo, aquele que transmite a palavra do Senhor e se transforma em modelo de todo autêntico profeta. A própria irmã dele, Miriam, também é profetisa. E, durante a caminhada pelo deserto, setenta anciãos são invadidos pelo espírito de Deus e entram em transe profético.

Em uma época como a nossa, em que tudo o que se refere à situação de Israel antes da monarquia está submetido à profunda revisão, é natural que também as afirmações que acabamos de fazer sejam interpretadas com espírito crítico. Mais do que refletir a realidade histórica sobre os primeiros profetas, esses textos projetam a mentalidade posterior sobre certos aspectos do profetismo. Oséias e outras tradições posteriores (ou talvez contemporâneas) sublinharão que Moisés ocupa um lugar especial entre os profetas. Entretanto, devemos insistir que estas passagens não significam uma informação sobre fatos históricos, mas uma interpretação de gerações posteriores.

No período dos Juízes temos Débora, Samuel e os grupos de profetas. Débora é apresentada como profetisa pelo autor do livro de Juízes, e os comentaristas atuais não entendem bem por que se lhe dá este título, e muitos consideram isto um acréscimo dos autores deuteronomistas. Samuel sim tem todas as características de um profeta: recebe revelação de Deus, unge reis, denuncia autoridades. Embora alguns fatos apresentem sérios problemas históricos, parece claro que os autores bíblicos interpretaram Samuel como o primeiro grande profeta. Os grupos de profetas aparecem mencionados no livro Primeiro de Samuel, apresentando a seguinte imagem: vivem em comunidades, às vezes presididos por Samuel; pelo menos em uma ocasião caminham precedidos de saltérios, tambores, flautas e cítaras; descem de um outeiro sagrado, o que faz supor o interesse deles pelo culto. Podemos aplicar-lhes o que se diz de Saul em 1Sm19.24; às vezes tiram suas vestes e se deitam por terra em transe. Como vemos, o quadro é muito vago por causa da falta de dados. É preferível reconhecer que sabemos muito pouco sobre eles.

Que relação têm com o profetismo clássico de Israel? Menor do que a que poderíamos pensar. Segundo González Núñes, não são profetas, mas “testemunhas” da presença do Senhor e auxiliares dos profetas. Na realidade, não falam em nome de Deus, não anunciam o futuro, não são videntes, não operam como intermediários entre Deus e o povo. Simplesmente mantêm uma ocupação religiosa e levam um gênero de vida que a facilita. Precisamente este favor religioso supôs uma grande ajuda para

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