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UMA ANÁLISE DOS ELEMENTOS DA RELIGIÃO

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Por:   •  5/9/2013  •  2.372 Palavras (10 Páginas)  •  612 Visualizações

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“A eloqüência e a erudição humanas com freqüência Têm sido usadas com êxito na defesa dos pontos Secundários do cristianismo; mas a simplicidade São as que lhe têm a fortaleza” (Adam Clark

Definimos filosofia como:

“Filosofia é o conjunto de concepções, práticas ou teorias, acerca do ser, dos seres, do homem e do seu papel no universo; conjunto de toda ciência, conhecimento ou saber racional. Filosofia é história da idéias, é o saber a respeito das coisas.” (DAMIÃO Valdemir. História da Religião, Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2003, Pág. 45).

A filosofia é um dos elementos que são incorporados na religião. Principalmente ao pesquisador que vai fazer análises dos textos sagrados.

É muito útil o uso das ciências que englobam a filosofia, uma delas a psicologia, que trata do estudo da psique humano, levando em consideração o que levou homem a tal atitude.

Na análise bíblica textual, deve sempre ter em mente.

- O que quis realmente dizer o autor.

- será que não dei novos rumos adaptando os textos aos meus segmentos religiosos

- O quanto minha forma de pensar influenciou na interpretação.

- é realmente a verdade que estou seguindo ou isto convém a meu ego?

Podemos partir de certas primícias, “teólogos são teólogos e não religiosos”. Não que isto vá mudar a crença e o estado do ser do pesquisador, mas é necessário que assim ele se ponha ao escrever sobre Deus e a religião. Pois, vemos que o que Deus não exclui, o homem religioso e preconceituoso exclui. Logo é preciso o conceito a priori “não há nada bom ou mau, mas o pensamento o faz assim” (William Shakespeare)

“A mente humana é algo bastante tortuoso e esquisito. É perfeitamente possível acreditar ao mesmo tempo uma dúzia de conceitos que se contradizem mutuamente. Poucas pessoas aprendem a pensar corretamente. Os que aprendem somente com parte superficial do celebro. O resto continua sendo reflexo condicionado e racionalizado de milhares de ceceios, ódios e desejos subconscientes. Estamos finalmente chegando a ter uma verdadeira ciência do homem- uma ciência real estamos aprendendo como deve ser criada uma criança para podermos ver os resultados em vasta escala. Existe uma quantidade enormes de insanidade como conseqüência de nossa historia, e ela está tecida na própria estrutura da sociedade humana”

(ANDESON, Paul. Planeta sem Retorno. São Paulo. Nova Época. 1976. Pág. 23)

Vejamos que tal insanidade citada por Paul Anderson não é moderna, mas antiga, que também inclui nesta insanidade o fato do agradecimento próprio daquele que recebeu a revelação dita verdadeira, chegando a considerar-se o próprio Deus.

A religião independe da cultura, por exemplo, quando o profeta cita em seus escritos “o Leão da Tribo de Judá”, se o profeta nunca tivesse visto, ou nem sequer ouvido falar do Leão, qual comparação ele usaria?

Partido desta idéia pode ver que o homem tenta acentuar Deus a partir de um ponto de vista cultural, ou seja, a revelação vem ao homem, mas o próprio é responsável por codificá-la, usando com meio de apresentação o cnhecmento que tem e daquilo que viu em sua cultura, elevando o seu povo como escolhido e demonstrando em suas palavras o preconceito restrito a sua visão.

“A saber, ou a experiência é o fundamento do nosso conhecimento, ou o conhecimento é o fundamento da experiência” (KANT, Immanuel. Os progressos da metafísica, São Paulo, Edições 70, pág. 37)

A cultura sob o enfoque culturalista constitui um sistema de comportamento transmitido e aprendido: aparece como fundamentos do sistema social quando se procura conhecer o comportamento e asa ações dos indivíduos e sua influências sobre esses comportamentos. “Por isto, uma das questões postas em evidencia pelo culturalista é a relação entre personalidade e cultura procurando demonstrar que a estrutura da personalidade dos indivíduos é conformada pelos valores fundamentais construtivos da cultura”

(Sônia Maria, Ribeiro de Sousa. Outro olhar. São Paulo. FTD. 1995. Pág. 118)

Ás vezes pensamos quantas religiões nós determinamos como falsa pura fantasia daqueles que delas participam. E acabamos por ver a instituição como salvadora e não o Deus a quem adoramos.

Não vemos que seguimos a visão de um homem ou mulher que “por coincidência” teve um grande “milagre” em sua vida e passou a pregar, e não gostando de certos dogmas criam outros. Determinando até profecias com datas ou sem datas, que coincidentemente acontecem, e se o povo acredita na profecia as suas atitudes temerosas fazem com que tais tomem iniciativas inconstantes de serem realmente efetivadas.

Para aqueles que já tiveram a experiência de dialogar com pessoas de uma crença altamente ortodoxa viram que não é possível provar a existência de uma fantasia inconsciente a quem nela se encontra mergulhada, só é possível para ela (a pessoa fantasiosa) reconhecer depois que dela emergir, pois a fantasia é real em quem nela habita, parafraseando o grande Psiquiatra inglês R. D. Laing.

Então a tolerância deve fazer parti da vida do teólogo, que considerará todos os elementos que deu origem a filosofia da vida de certos individuo. Às vezes, queremos considerar altamente correto aquilo que o cânon consagrou, esquecendo que é humano e de ações também errôneas. Daí pode vir o argumento: “mas são homens escolhidos por Deus” O Deus de qual fantasia?

A história nos mostra a intervenção de homens perversos na história da igreja, torturando e matando os assim chamados patriarcas da igreja cristã. Se houve intervenção onde a corrente era mais forte, por que não no momento da escolha de livros? Ali também houve valores comerciais.

Mas nenhum livro canônico ou não canônico deixa de ter seu valor didático. Se posso aprender de livros vindos de cientistas e filósofos novos, por que não em livros não canônicos, proveniente de pessoas de ações sãs e que tem vidas como testemunho, logo, o que, escreveram é proveniente da experiência

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