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A Obra Cabeça, Coração e Estômago

Por:   •  10/9/2018  •  Abstract  •  550 Palavras (3 Páginas)  •  330 Visualizações

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A obra Cabeça, Coração e Estômago escrito por Camilo Castelo Branco no século XIX trata-se sobre a história de um homem já falecido, que conta em folhetins, sua vida amorosa com sete mulheres. Seus sentimentos passam por diferentes fases, tais como o romantismo e o realismo, desmanchando ao longo do contexto a ideia da ilusão e começando a racionalizar os seus sentimentos.

No decorrer da história, o autor usa a metalinguagem para descrever a vida do protagonista, onde vive intensamente em busca de um amor que o faça feliz. Algo que é meio falho, pois no tempo que se aborda de sentimentos românticos, fala-se da realidade humana.

Ao perceber que se trata do mesmo século onde a revolução industrial estava no auge, várias pessoas tentaram buscar refúgio em meio a tanta crise, no caso dos autores eles criavam histórias extravagantes sobre o amor às pessoas e a própria nação, como forma de fugir dos problemas sociais, marcado como o romantismo. No caso da obra em que se fala, observamos esse contexto romântico, mas é perceptível que não adiantava mais ficar apenas idealizando a fantasia e era preciso enxergar a realidade.

Os autores literários voltaram-se cada vez mais para si mesmos e retrataram o drama humano de forma metafórica. Com a ocorrência da mecanização, as pessoas não imaginavam nada mais além do que no seu próprio trabalho que garantisse seu sustento. O capitalismo ajudou a ascensão da burguesia que ficou cada vez mais rica e consumidora e imaginava que o mundo poderia ser belo com base nos pensamentos românticos, menosprezando a realidade em que se vivia.  

Na obra apresentada, é perceptível que a realidade literária romântica é predominante, porém não da forma que era acostumada em se ver, pois existia uma sátira do próprio protagonista em relação aos seus atos. Silvestre, que tinha deixado uma carta para o seu amigo, se apaixonou por sete mulheres onde cada uma poderia estar relacionada com os sete pecados capitais, representando a sociedade em que vivida.

Diante da sociedade apresentada no século XIX, é de se perceber que o conservadorismo prevalecia, assim havendo pressão sobre os comportamentos femininos. As mulheres ainda eram muito julgadas e a maioria tentava entrar nos padrões impostos, mas para aquelas que não se adequavam, eram menosprezadas a vista da comunidade. Não muito diferente do que ocorria com alguma das mulheres do livro, que foram subjugadas por ser quem eram, destruindo assim, o idealismo romântico.

Após o protagonista decepcionar-se com os seus supostos amores, ele decide utilizar a razão. Observava mais a realidade como ela realmente é, percebendo que cada mulher no qual se apaixonou, não passava de algo idealizado. Mas, mesmo com esta verdade, ainda consegue se relacionar com mulheres ricas e de alto nível, retratado o poder da burguesia. O consumismo prevaleceu, endividando-se cada vez mais, o que não era muito diferente da realidade daquele século, pois algumas pessoas não conseguiam ter controle diante de tanto dinheiro.

O livro traz características que antecipam o realismo, fazendo críticas de uma sociedade hipócrita, onde o dinheiro vale mais do que a virtude. Os interesses materiais eram de pura importância, pois havia um dever de enriquecer. As pessoas, na verdade, não se importavam muito com o sentimentalismo, e usavam o ideal romântico como desculpas de seus atos, caracterizando o romantismo como algo falso.

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