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Informação de referência na Europa

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Por:   •  21/9/2014  •  Tese  •  1.655 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

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Embora sejam popularmente associados à Idade Média europeia, estruturas com funções semelhantes vêm sendo empregadas desde a Idade da Pedra por todo o planeta. Como exemplos mais recentes temos os castelos do Japão e as fortificações dos Incas.

Antecedentes na Europa[editar | editar código-fonte]

As origens mais remotas de castelos no continente europeu são os castros proto-históricos, que à época da expansão romana evoluíram para um reduto ("castellum"), dominado por uma torre de vigilância, cercado por um fosso ("fossa") e por uma muralha ("vallum").

Ver artigo principal: Castros

Ver artigo principal: Fortificações viquingues em anel

Os castelos medievais europeus[editar | editar código-fonte]

Castelo de Almourol (Portugal), exemplo típico da arquitectura medieval européia.

Os castelos, em sua concepção clássica, começaram a surgir no século IX, quer em resposta às incursões Normandas e Magiares ao Norte e ao Centro, quer às lutas da Reconquista cristã na península Ibérica, mas de forma geral como uma manifestação do poder político descentralizado dos senhores feudais. Do século IX ao século XV, milhares de castelos foram erguidos pelo continente.2 Durante este período os senhores feudais eram a lei e as suas torres, e depois castelos, a garantia da segurança e da ordem para as populações locais, as suas colheitas e o seu gado. Essa situação manteve-se até ao surgimento da artilharia.

As torres defensivas[editar | editar código-fonte]

Na transição da Alta para a Baixa Idade Média, difundiu-se o emprego de torres defensivas, erguidas em pontos elevados e/ou de fácil defesa sobre o terreno, empregando os materiais mais abundantes em cada região: madeira, taipa e, posteriormente, pedra, em aparelho de menor ou maior perfeição.

Tipicamente, estas torres apresentavam planta circular ou quadrangular, divididas internamente em até três pavimentos que se comunicavam entre si por escadas. De forma geral, o pavimento inferior não apresentava portas, janelas ou quaisquer aberturas, sendo utilizado como depósito, cisterna ou prisão. Em época posterior, este pavimento inferior passou a abrigar o corpo da guarda. O pavimento intermediário conservou a função social e o superior passou a ser utilizado para a vida privada. No topo, o terraço manteve a função defensiva.

Ao abrigo e ao redor destas torres, que combinavam as funções de atalaia, aviso, depósito de víveres e residência senhorial, os habitantes da região iam erguendo as suas residências.

Progressivamente, durante a Baixa Idade Média, este tipo de estrutura foi complementado por uma cerca dos mesmos materiais, normalmente de planta ovalada, adaptada ao terreno, e, mais tarde ainda, por fossos. As defesas foram progressivamente sendo aperfeiçoadas e dotadas, externamente, de barbacãs e torres albarrãs, e internamente, de cisternas e poços. O topo dos muros e das torres, também progressivamente, foi recebendo caminhos de ronda (adarves), ameias e merlões, seteiras e troneiras, palanques defensivos e balcões com matacães.

Os castelos "motte and bailey"[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: castelo motte and bailey

Os primeiros castelos na região da atual Grã-Bretanha eram de um tipo conhecido como "motte and bailey". O chamado "motte" constituía-se em um monte de terra, largo e nivelado, normalmente com 50 pés de altura, em cujo topo uma larga torre de madeira era erguida. Abaixo do monte dispunha-se uma área cercada com uma paliçada, também de madeira, envolvida por um fosso inundado, chamada de "bailey". Ao abrigo dessa cerca eram erguidos depósitos, currais e choupanas. Uma ponte dava acesso ao recinto e um estreito caminho dava acesso à torre no alto do monte, último reduto defensivo em caso de ataque.

A partir do século XI, a torre de madeira deu lugar a uma torre (ou torreão) de planta circular, em alvenaria de pedra,3 e a cerca de madeira, a uma muralha também de alvenaria de pedra, ainda envolvida por um fosso inundado. A entrada passou a ser defendida por um portão e uma ponte levadiça.

As Cruzadas[editar | editar código-fonte]

A experiência adquirida à época das Cruzadas conduziu à evolução do traçado dos castelos europeus. As estruturas passaram a desenvolver-se de forma concêntrica, onde uma torre de menagem passava a ser cercada por dois ou mais anéis concêntricos de muralhas.

Castelos concêntricos foram então projetados para que uma torre de menagem central fosse cercada por dois ou mais anéis de muralhas. As muralhas passaram a ser reforçadas por torres quadradas e, posteriormente, circulares, menos vulneráveis. Ameias foram dispostas no alto das torres e dos muros, visando a proteção dos defensores.

Os castelos nas Idades Moderna e Contemporânea[editar | editar código-fonte]

Palacete Baruel, castelo construído no século XIX em estilo normando; cravado no Alto de Santana, cidade de São Paulo.

Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, registraram-se novos e importantes progressos na arquitectura militar, devido nomeadamente:

à introdução da artilharia nos campos de batalha - à medida que o seu poder de fogo e precisão de tiro se aperfeiçoaram, as altas muralhas perpendiculares foram sendo substituídas por muralhas mais baixas e inclinadas;

à centralização do poder monárquico, que retirou parcelas de poder quer do clero quer da nobreza no período. Um dos caminhos foi o de desmilitarizar os antigos castelos feudais e, desse modo, já no século XIII era necessário pedir a autorização real para erguer um novo castelo ou reforçar um já existente. Ao mesmo tempo, as principais vilas e os burgos, espaços da burguesia em ascensão, passaram a ser fortificados.

Nesse período, muitos castelos foram adaptados às funções de palácios, tendência que se acentuou na passagem para a Idade Contemporânea, quando a evolução dos meios ofensivos conduziu à perda do seu valor estratégico, substituídos pelas fortalezas abaluartadas, melhor adaptadas aos tiros da artilharia.

A construção de um castelo[editar | editar código-fonte]

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