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A Crítica a Sociologia

Por:   •  23/8/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.353 Palavras (6 Páginas)  •  174 Visualizações

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  A noção de Marx de uma sociedade pós-capitalista, então, deve ser diversificada dos modos de acumulação de capital dirigidos pelo Estado. A interpretação esquematizada anteriormente, com sua ênfase na forma específica do trabalho que constitui o capital,e   analisando historicamente o surgimento dos países „socialistas realmente existentes“, no que diz respeito à inter-relação entre o desenvolvimento do capitalismo industrial nos centros metropolitanos da economia mundial e o crescente papel do Estado nas nações „periféricas“. Podendo argumentar que, para uma fase do desenvolvimento do capitalismo global, o Estado serviu para efetivar o surgimento do capital total no espaço nacional. Nesta circunstância, a interferência estatal junto à livre circulação de mercadorias, dinheiro e capital não implicou em socialismo.Ao contrário, foi um dos poucos, se não o único meio, pelo qual uma „revolução do capital“ pode ter sucesso na periferia do contexto de um mercado mundial, onde a conexão histórica original entre a revolução burguesa e a consolidação do capital nacional, nunca tinha existido. O resultado não foi, e não poderia ter sido, uma sociedade pós-capitalista. A sociedade determinada pelo capital não é simplesmente uma função do mercado e da propriedade privada; e não pode ser reduzida sociologicamente à dominação da burguesia.

Obviamente, considerar as organizações estatais da sociedade moderna, em termos do desenvolvimento da formação social capitalista, ao invés de encará-las como uma negação do capitalismo, traz a discussão da democracia pós-capitalista,colocando  a tecnologia da informação como a propulsora desse novo sistema econômico, onde as linhas entre trabalho e tempo livre vêm sendo rabiscadas,e as relações entre trabalho e ganho cada vez mais afrouxadas. Essa análise aqui apresentada fundamenta um modo abstrato de coerções e restrições, historicamente específico do capitalismo, a partir das formas sociais do valor e do capital. Como as relações sociais expressas por estas categorias não são completamente identificáveis ao mercado e à propriedade privada, segue que essas coerções e restrições poderiam continuar a existir na ausência das relações burguesas de distribuição. E sendo assim, a questão da democracia pós-capitalista não pode ser adequadamente apresentada apenas em termos de uma oposição entre concepções de políticas estatizantes e não estatizantes. Ao contrário, deve considerar-se uma dimensão crítica adicional,o qual seja, de natureza das restrições impostas às decisões políticas pelas formas do valor e do capital. Isto significa dizer que, a abordagem que começarei a desenvolver nesta obra sugere que a democracia pós-capitalista acarreta mais do que formas políticas democráticas na ausência da propriedade privada dos meios de produção. Ela requereria do mesmo modo a abolição de repressões sociais abstratas enraizadas nas formas sociais apreendidas pelas categorias marxianas.

Ela pretende ser tanto uma crítica ao marxismo tradicional, quanto uma tentativa de lançar fundamentos para uma teoria social crítica capaz de responder às análises pessimistas de alguns grandes pensadores sociais, como Georg Simmel,Émile Durkheim e Max Weber, cada um dos quais identificou e analisou elementos dos aspectos negativos do desenvolvimento da sociedade moderna. (Por exemplo, o exame de Simmel do crescente hiato entre a riqueza da „cultura objetiva“ e o relativo estreitamento do indivíduo, da „cultura subjetiva“; a investigação de Durkheim sobre o crescimento da anomia com a substituição da solidariedade mecânica pela orgânica; e a análise de Weber sobre a racionalização de todas as esferas da vida social.) Ao escreverem durante a transição de uma forma de capitalismo mais liberal para uma forma mais organizada, cada um deles, preservando o próprio caminho, assegurou que a teoria crítica do capitalismo – entendida como uma crítica da propriedade privada e do mercado – não pode adequadamente apreender as características essenciais da sociedade moderna; e cada um reconheceu que aspectos centralmente importantes da vida social industrial moderna são deixados intactos, quando somente o modo de distribuição e as relações de poder de classe são transformados. Para estes pensadores, a substituição do capitalismo pelo socialismo, como visualizado pelo marxismo tradicional, significava uma transformação não fundamental da formação social, se não uma amplificação de seus aspectos negativos.

A teoria marxista da luta de classes baseia-se na concepção da supremacia do proletariado. Defendendo essa teoria da supremacia do proletariado no movimento de libertação, Marx e Engels moveram uma luta incessante contra o desprezo pelas camadas não-proletárias das massas trabalhadoras, especialmente os camponeses, bem como contra a tendência oportunista, pequeno-burguesa, da social democracia que substituía a visão de «povo» pela divisão da sociedade em classes e colocava em último plano a luta de classes.

O gigantesco trabalho teórico do autor alemão Karl Marx aborda uma infinidade de temas que ainda hoje são extremamente relevantes em nossos debates políticos e econômicos sobre os problemas que existem em nossas sociedades. Sua concepção de “classes sociais” e os conflitos que estão inerentemente ligados a elas possivelmente é uma das idéias mais amplamente difundidas e utilizadas quando o assunto tratado está relacionado com a vida social e as diferentes relações que possuímos nesse meio. Entre os diversos conflitos que se instaurariam no meio social, Marx definiu a luta de classes como a força motriz da história humana, o combustível da mudança do mundo social.

É a condição material dos indivíduos que determinaria os demais aspectos de sua vida. A importância dada por Marx a esse quesito justificar-se-ia, segundo a sua teoria, pelo impacto que a situação econômica de um sujeito tem em sua trajetória de formação. É inegável que aqueles que possuem maior condição econômica também possuem maior número de oportunidades de manter-se em melhor condição material. Já aqueles desprovidos das mesmas oportunidades enfrentam maiores dificuldades de ascensão na escala social.

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