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A QUESTÃO DOS GÊNEROS E O ENSINO DA LÍNGUA

Tese: A QUESTÃO DOS GÊNEROS E O ENSINO DA LÍNGUA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/7/2013  •  Tese  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  404 Visualizações

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Crystal escreveu em seu livro A linguagem e a internet, sobre “o papel da linguagem na internet e o efeito da internet na linguagem”. Para ele três aspectos podem ser frisados: Linguagem: pontuação minimalista, ortografia bizarra, abundância de abreviaturas não convencionais, estruturas frasais pouco ortodoxas e escrita semialfabetiza. Natureza enunciativa: integram-se mais semioses que o usual. Gêneros realizados: transmuta alguns gêneros existentes e desenvolve alguns novos. Todos os

Ainda segundo Crystal(2001), o discurso eletrônico pode ser considerado ainda em estado selvagem e indomado sob o ponto linguístico e organizacional. Estado de anonimato dos bate- papos favorece o lado instintivo, desde a escolha do apelido até as decisões linguísticas, estilísticas e liberalidades quanto ao conteúdo. A comunicação mediada por computador abrange todos os formatos de comunicação e os respectivos gêneros que emergem nesse contexto. Analisa de modo particular, um conjunto específico de novos gêneros textuais, desenvolvidos no contexto da mídia virtual.

É importante tratar esses gêneros textuais por, pelo menos, quatro aspectos: gêneros em franco desenvolvimento e fase de fixação cada vez mais generalizados, apresentam peculiaridades formais próprias, não obstante terem contrastes em gêneros prévios, oferecem a possibilidade de se rever alguns conceitos tradicionais a respeito da textualidade, mudam

Listagem de gêneros textuais emergentes no domínio da mídia virtual: e-mail educacional aula chat em aberto videoconferência chat reservado interativa chat agendado lista de discussão chat privado endereço eletrônico entrevista com convidado weblogger …

Os gêneros textuais mais utilizados são os e-mails, chats, listas de discussão e weblogs. Em todos eles a comunicação se dá pela linguagem escrita, mas a escrita tende a ser mais informal, menor monitoração e cobrança pela fluidez do meio e rapidez do tempo. Embora haja um sistema linguístico subjacente a cada língua, ele não impede a variação. As variações não são aleatórias, mas sistemáticas, no caso dos usos linguísticos.

Todos os gêneros aqui tratados dizem respeito a interações entre os indivíduos, mesmo sendo relações em geral virtuais. Diante de tudo isso, é possível indagar-se: QUE TIPO DE PRÁTICA SOCIAL EMERGE COMAS NOVAS FORMAS DE DISCURSO VIRTUAL PELA INTERNET? Podemos chamar de letramento digital, como foi inicialmente sugerido?

2.14. A QUESTÃO DOS GÊNEROS E O ENSINO DA LÍNGUA

Os próprios PCNs têm grande dificuldade quando chegam a este ponto e parece que há gêneros mais adequados para a produção e outros mais adequados para a leitura, pois tudo indica que em certos casos somos confrontados apenas com um consumo receptivo e em outros casos temos que produzir os textos. Assim, um bilhete, uma carta pessoal e uma listagem são importantes para todos os cidadãos, mas uma notícia de jornal, uma reportagem e um editorial são gêneros menos praticados pelos indivíduos, mas lidos por todos.

2.15. Visão dos PCNs a respeito da questão dos gêneros

A posição enfática e explícita defendida corretamente nos PCNs de que a língua falada e a língua escrita não se opõem de forma dicotômica nem são produções em situações polares. Além

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