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A SOCIOLOGIA NO COLÉGIO

Por:   •  18/1/2021  •  Ensaio  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  101 Visualizações

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Disciplina: Sociologia, Tecnologia e Diversidade Cultural

Atividade: Resenha.

Resenha Crítica

COSTA, Cristina. Sociologia – Introdução à Ciência da Sociedade. 4. Ed. São Paulo: Moderna. 2010

Cap. 4 - A sociologia alemã: a contribuição de Max Weber

No capitulo quatro trata de estudos da cultura a autora Cristina costa divide em seis partes de aprofundamento.

No tópico 1, cujo tema é “O pensamento filosófico e científico alemão”, tenta compreender as mudanças sociais que se desenvolviam no centro das grandes cidades que viviam a Revolução Industrial. Por meio de seus estudos com base nas suas observações identificou pontos centrais sobre os quais contribuiu conceitos chaves que serviram como do restante de suas teorias. Sob o pensamento alemão há a preocupação com o estudo da diferença cultural que característico da formação política e seu desenvolvimento econômico. A associação entre a história, o esforço compreensivo e a facilidade em discernir as diversidades foi o que caracterizou o pensamento alemão e influenciou fortemente muitos cientistas.

No Tópico 2 é abordado o tema - “A sociedade sob uma perspectiva histórica”, onde Max Weber é a figura dominante na sociologia alemã, com formação histórica consistente, se opõe a essa concepção, pois para ele é essencial a pesquisa histórica para compreensão das sociedades. A pesquisa histórica é baseada na coleta de documentos e no esforço interpretativo das fontes, permite o entendimento das diferenças sociais que serviriam de gênese e formação e não em estágios de evolução.

Weber consegue combinar duas perspectivas: a histórica, que respeita as particularidades de cada sociedade, e a sociológica, que ressalta os elementos mais de gerais de cada fase do processo histórico.

Entretanto não achava que uma sucessão de fatos históricos fizesse sentido por si mesma. Pois para ele, todo historiador trabalha com dados que foram amplamente divulgado e fragmentário. Por isso, propunha para suas análises o método compreensivo, isto é, um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas. Essa atitude de compreensão é que permite ao cientista atribuir aos fatos divulgados dando um sentido social e histórico.

No Tópico 3 é discutido dobre o tema: “O método compreensivo e ação social: uma ação com sentido”,  em que cada formação social adquiriu especificidade e importância própria, para Weber não estava nas coletivas, grupos ou instituições. Para ele o objetivo de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido, ou seja, é uma justificativa subjetiva elaborada. Portanto o homem passou a ter o significado e especificidade na teoria weberiana. É o agente social que dá sentido à sua ação, pois é a partir da ação que se estabelece uma conexão entre o motivo da ação a ação propriamente dita e seus efeitos.

Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles, já para Weber é o contrário, não existe oposição entre indivíduo e sociedade, as normas sociais só se concretizam quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Cada indivíduo age levado por um motivo que é dado pela tradição, por interesses racionais ou ate mesmo pela emotividade.

A tarefa do cientista é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interessa estudar, este pensamento de Weber, é a reflexão sob o sentido que por um lado é expressão da motivação individual, que é formulado expressamente pelo agente explícito em sua conduta. O caráter social da ação individual decorre da interdependência dos indivíduos, pois para Weber um ator age sempre em função de sua motivação da consciência de agir em relação a outros atores.

Ao cientista compete captar o sentido produzido pelos diversos agentes em todas as suas consequências. As conexões que se estabelecem entre motivos e ações sociais revelam as diversas instâncias da ação social – políticas, econômicas ou religiosas. O cientista pode descobrir o nexo entre as várias etapas em que se decompõe a ação social.

 Essa interdependência entre os sentidos das diversas ações – mesmo que orientadas por motivos diversos – é que dá a esse conjunto de ações seu caráter social.

No Tópico 4 a autora retrata sobre o tema:  “A tarefa do cientista”, Weber rejeita a maioria das proposições positivas: o evolucionismo, a exterioridade do cientista social em relação ao objeto de estudo e a recusa em aceitar a importância dos indivíduos e dos diferentes momentos históricos na análise da sociedade. Para este sociólogo, o cientista, como todo indivíduo em ação, também age guiado por seus motivos, sua cultura e suas tradições, sendo impossível descartar-se de suas prenoções como propunha Durkheim.

Entretanto, uma vez iniciado o estudo, este deve se conduzir pela busca da maior objetividade na análise dos acontecimentos. Deste modo, a defesa das crenças e das ideias pessoais do cientista não deve influenciar no estudo.

A sociologia weberiana, os acontecimentos que integram o social tem origem nos indivíduos. Sua meta é compreender, buscar os nexos causais que deem o sentido da ação social.

Qualquer que seja a perspectiva adotada pelo cientista, ela sempre resultará numa explicação parcial da realidade. Um mesmo acontecimento pode ter causas econômicas, politicas e religiosas, sem que nenhuma dessas causa seja superior à outra e significância.

No Tópico 5 “O tipo ideal”, com o objetivo de atingir a explicação dos fatos sociais, Weber propôs um instrumento de análise que chamou de tipo ideal.

É uma construção teórica abstrata a partir dos casos particulares analisados. O cientista, pelo estudo sistemático das diversas manifestações particulares, constrói um modelo acentuando aquilo que pareça característico ou fundante.

O tipo ideal é instrumento de análise cientifica, numa construção do pensamento  que   permite conceituar fenômenos e formações sociais e identificar na realidade observada suas manifestações.

É preciso deixar claro que o tipo ideal nada tem a ver com as espécies sociais de Durkheim, que pretendiam ser exemplos de sociedades observadas em diferentes graus de complexidade.

Para comprovar sua teoria, Weber estuda os tipos de dominações legais que se apresentam nas sociedades. Através do ganho de legitimidade de uma liderança, essa por sua vez, influencia definitivamente o conjunto social ao seu redor. Essas são:

  • Dominação racional-legal: realizada pela formulação de leis formais que regem as ações dos indivíduos que compõem o conjunto em questão, como o próprio Estado ou empresas em geral;
  • Dominação tradicional: realizada pela santificação da tradição, onde a estruturação de certos paradigmas com o decorrer do tempo determina imperativos morais aos indivíduos do conjunto, como a aceitação da monarquia britânica mesmo sem efetivos poderes;
  • Dominação carismática: realizada por uma figura pública de grande apelo emotivo, que cativa seguidores pela suas qualidades vistas como ideais a serem tomadas.

Segundo Weber, o protestantismo tratou o trabalho como um momento de comunicação com Deus e o lucro advindo do mesmo seria uma gratificação divina, ao contrário da lógica cristã que condenava o lucro e pregava um momento ocioso para se ter um contato com Deus – ir à Igreja. Com a valorização do trabalho, o capitalismo pôde ganhar impulsos para se estruturar como um sistema hegemônico na Europa. Para analisar tais aspectos, Weber percebeu que países onde as doutrinas protestantes tiveram maior espaço também foram os países que alcançaram maiores níveis de desenvolvimento comercial e industrial.

No tópico 6 refere-se ao tema: “A importância de Weber para a sociologia”. A sociologia weberiana afirma que a sociedade seria o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes, pois  busca compreender a rede de significados que o homem teceu e se “enroscou”.

Ele percebeu, portanto, que a ciência participa de um processo histórico geral de racionalização e intelectualização da vida.

Por isso, o objeto da sociologia seria a realidade infinita. Para analisá-la, Weber argumenta que só poderíamos fazer através de "tipos ideais", que serviriam como modelos interpretativos.

O sociólogo argumenta que o ser humano é levado por ações socais que por sua vez são caracterizadas em racionais e não-racionais.

Portanto, na medida em que a realidade é infinita, não fazemos senão um recorte, uma interpretação, como uma tentativa de explicá-la.

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