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Alfabetização E Letramento

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Por:   •  20/10/2013  •  2.002 Palavras (9 Páginas)  •  568 Visualizações

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Que tal iniciar nosso diálogo por meio de uma reflexão? Para tanto vamos fazer uma viagem ao túnel do tempo. Volte seu pensamento aos seus primeiros anos de ingresso na escola regular. Busque no seu pensamento a imagem da professora que lhe proporcionou a experiência de leitura e escrita. Vá ao caderno de atividades e desenvolva um texto sobre esta experiência. Deixe a memória fluir livremente e em seguida faça o registro de sua experiência na descoberta da leitura e escrita. Dê um título à sua história e guarde seu texto, pois voltaremos nele posteriormente.

Ainda neste momento de reflexão, procure responder a seguinte questão:

- O que é alfazetização? Faça o registro do seu conceito e guarde para revisitá-lo ao final deste módulo.

Leitura e escrita é um caminho a ser percorrido por cada indivíduo. Na busca de investigar as diferentes estratégias utilizadas por cada um de nós é que muitos pesquisadores tem se debruçado sobre esta temática na perspectiva de perceber as nuances que formam o bom leitor e o bom escriba.

Neste sentido, muitas tem sido as experiências vivenciadas nas escolas, por educadores na busca do desempenho satisfatório de seus educandos em relação à aprendizagem do ato de ler e escrever.

Entretanto, muitas das práticas pedagógicas relacionadas à alfabetização estão voltadas para a mecanização do ato de ler e escrever, pautadas numa visão positivista do ensino, onde concebe-se o educando como um ser passivo, ignorando seu conhecimento prévio, privilegiando o desenvolvimento de habilidades voltadas para a memorização e treinamento sinestésico.

As imagens abaixo apontam para algumas questões pertinentes a nossa discussão no que se refere ao processo de ensino normalmente vivenciado na escola de ensino regular. Em sua opinião, qual a angústia vivenciada pela personagem Mafalda? Qual a relação estabelecida por Mafalda entre o que é ensinado na escola e as potencialidades dos educandos?

Clique na imagem abaixo para ampliá-la

Conforme você observou, o texto nos instiga à reflexão sobre os princípios nos quais estão pautados os saberes fazeres de professores alfabetizadores. Diante da prática, necessário se faz escolher os caminhos a serem trilhados para alcançar os objetivos do processo de leitura e escrita junto aos alunos.

As correntes teóricas podem ser consideradas como mapas cujo objetivo é confirmar as rotas. Neste percurso, a escolha do mapa é fundamental para não ficar à deriva ou perdido no caminho.

Este conceito tomou força a partir dos estudos de Emília Ferreiro e seus colaboradores que investigaram os caminhos percorridos pelas crianças na construção do processo de leitura e escrita.

Clique na seta abaixo e leia o texto

foi investigada por Ferreiro, mudando significativamente o olhar sobre o alfabetizando, até então considerado como um ser passivo às etapas ensinadas pelo professor, sendo guiado pelo mesmo para a aquisição do código escrito.

Quanto ao professor, as preocupações giravam em torno de como se deve ensinar. Que atividades possibilitavam o avanço dos alunos no processo de leitura e escrita? Estas indagações estavam pautadas no princípio de que havia pré-requisitos que se constituíam em um conjunto de habilidades para a aquisição da leitura e escrita.

Diante de tais concepções, os professores imbuídos no processo de alfabetização, dedicavam especial atenção aos exercícios de prontidão para a leitura e escrita como atividades destinadas ao treino da coordenação motora fina, como os exemplos abaixo:

Clique nas imagens abaixo para ampliá-las

Deste modo, o ensino focado na perspectiva do desenvolvimento cognitivo por meio de atividades que privilegiavam apenas o treino óculo manual, desconsiderando aspectos perceptivos da criança na interação com a leitura e escrita, levavam um número significativo de alunos ao fracasso escolar, engrossando os números de alfabetizandos considerados com dificuldades de aprendizagem, sendo encaminhados aos especialistas.

As investigações de Ferreiro trouxeram descobertas de que o aspecto principal a ser refletido na alfabetização dos educandos é a natureza conceitual, destacando o funcionamento cerebral no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita.

Os estudos de Emília Ferreiro trouxeram impactos sobre o pensamento vigente refletido nas práticas pedagógicas, provocando muitas polêmicas e atitudes de resistência, mas também aceitação entre os educadores.

Devido ao fato do não aprofundamento nos estudos de Ferreiro, por parte de muitos educadores, ainda hoje podemos encontrar resistências infundadas por não compreensão da abordagem psicogenética de ensino.

Neste capítulo estaremos direcionando o olhar para a concepção de linguagem na perspectiva de Vygotsky, um autor que vem cada vez mais tornando-se conhecido por meio de seus escritos nas áreas da psicologia e da educação. Vamos conhece-lo um pouquinho mais.

Lev Semenovich Vygotsky nasceu em Orsha (Belarus), na União Soviética em 1896, filho de uma família próspera judaica. Formou-se em direito, freqüentou cursos de história e filosofia na Universidade Popular de Shanyavskii, nesta universidade aprofundou seus estudos em psicologia, filosofia e literatura. Anos mais tarde apo´s ter se formado, estudou também medicina, em Moscou e em Kharkov, devido ao seu interesse em trabalhar com problemas neurológicos como forma de compreender o funcionamento psicológico do homem. Lev Semenovich Vygotsky.

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Assim como sua vida acadêmica foi diversificada, sua carreira profissional também, sendo professor e pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, deficiência física e mental, atuando em diversas instituições de ensino e pesquisa.

Mesmo com tantas ocupações, Vygotsky casou-se em 1924 com Roza Smekhova e com ela teve duas filhas. Entretanto, no auge de tantas realizações, Vygotsky foi acometido por tuberculose (desde 1920), doença que o levou à morte tão jovem (1934), com apenas 37 anos.

Sua produção escrita foi vastíssima para uma vida tão curta, escrevendo 200 trabalhos científicos, cujos temas vão desde a neuropsicologia até a crítica literária,

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