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Alfabetização E Letramento

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Por:   •  3/10/2014  •  4.057 Palavras (17 Páginas)  •  268 Visualizações

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Atividade Prática Supervisionada da Faculdade Anhanguera Educacional no curso de Pedagogia sob a orientação da

Introdução

O objetivo deste trabalho é preservar a memória da educação no Brasil, no 1º capítulo encontraremos a história da educação e da pedagogia. No 2º capítulo vem com e cenário europeu que deu origem a educação escolar no Brasil, com a Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica e a ação doa jesuítas como parte do movimento da contra reforma católica. Já o capítulo 3º tempo um quadro cronológico da educação escolar no Brasil que inicia-se no período Colonial, passa pelo Imperial e termina com 1º e a 2º Republica. No último capítulo conheceremos um pouco da história da Escola Estadual Professor Evandro Caiafa Esquivel desde seu ano de fundação até os dias atuais.

Capítulo 1 – A construção da história humana individual e coletiva relacionada com a memória e a cultura

Pensar sobre o tempo e a memória nos faz lembrar a primeira infância, a época em que agimos sem pensar e o tempo simplesmente passa, sem compromissos, sem cobranças, sem objetivos estabelecidos, numa atemporalidade que, mesmo na lembrança, torna-se difusa e distante, num mundo de sonhos, histórias e fantasias. Talvez possamos comparar essa fase da vida com a antiguidade histórica, onde os povos primordiais viviam desligados do tempo contado no calendário e se situavam a partir dos fenômenos da natureza como a fase da lua, a mudança das estações do ano, sem registros escritos. Mas a história já era contada a partir dos “mitos, os acontecimentos sagrados eram reatualizados nos rituais, pela imitação dos gestos dos deuses”. (Aranha, 2006, p.20)

À medida que crescemos, passamos a perceber o mundo de outra forma, nos tornando crianças observadoras, que não só imitam as ações das pessoas ao redor, mas age com intencionalidade e aos poucos conquistam a consciência dos próprios atos. Frequentamos a escola, aprendemos e apreendemos o conhecimento adquirido pela humanidade no decorrer do tempo, mas continuamos submetidos aos pais ou responsáveis, não sobrevivemos sozinhas. Na Grécia antiga, “o relato oral registrava pela tradição os feitos dos antepassados humanos, mas, ainda assim, na dependência da proteção ou da ira dos deuses.” (Aranha, 2006, p. 20) Ainda crianças, começamos a sistematizar o que aprendemos, ainda de forma estática, num processo reflexivo imaturo, escrevendo diários, questionando os pais e professores, brigando com os irmãos, e começando a buscar a verdade nos acontecimentos, como um gérmen da filosofia.

“A partir do século VI a.C., a filosofia surgiu na colônia grega da Jônia como uma maneira reflexiva de pensar o mundo, que rejeita a prevalência religiosa do mito e admite a pluralidade de interpretações racionais sobre a realidade. Apesar disso, em toda a filosofia antiga, passando depois pela Idade Média, permaneceram a visão estática do mundo e a concepção essencialista do ser humano”. (Aranha, 2006, p.20)

Quando nos tornamos adolescentes, as crises existenciais se acentuam e ocorre uma necessidade de mudança. Sentimos vontade de transformar o mundo, buscamos uma profissão, desejamos nos tornar independentes, começamos a trabalhar, a ter horários para acordar, estudar, trabalhar, enfim, ocorre uma revolução que nos obriga a fazer escolhas a todo momento e tais escolhas começam a traçar o nosso percurso como seres conscientes e construtores da própria história. É um período que podemos comparar com as revoluções que marcaram um novo tempo: a francesa e a industrial.

“Somente a partir da modernidade, isto é, com as mudanças que começaram a ocorrer no século XVII, o estudo da história tomou nova configuração, consolidada no Iluminismo do século XVIII. Esse período foi marcado pela ruptura com a tradição aristocrática do Antigo Regime, levada a efeito pelas revoluções burguesas. No mesmo bojo, os valores do feudalismo foram substituídos aos poucos pelo impacto da Revolução Industrial, em que ciência e técnica provocaram alterações no ambiente humano antes jamais suspeitadas. A história cíclica foi então substituída pela descrição linear dos fatos no tempo, segundo as relações de causa e efeito. Desse modo, os historiadores não mais se orientavam pelo passado como um modelo a seguir, mas desenvolveram a noção de processo, de progresso, investigando o que entendiam por ‘aperfeiçoamento da humanidade’.” (Aranha, 2006, p.21)

Na vida adulta, tudo torna-se complexo e cheio de contradições. Passamos por calmarias e tempestades que nos obrigam a parar, pensar e refletir para superar as dificuldades. É um processo muito semelhante à dialética hegeliana, “em que a tese é a afirmação, a antítese é a negação da tese, e a síntese é a superação da contradição entre tese e antítese.” (Aranha, 2006, p.22) Muitas vezes, em meio às crises, sentimos necessidade de refletir, de rememorar a vida, para buscar sentido, consciência daquilo que estamos vivenciando. Segundo Galzerani, a memória está vinculada à consciência, é a presença do passado. A memória é uma construção psíquica e intelectual que acarreta de fato uma representação seletiva do passado, que nunca é somente aquela do indivíduo, mas de um indivíduo inserido num contexto familiar, social, nacional, sendo que a mesma capacita o sujeito na sua direção entre o presente, o passado e o futuro.

Por isso, a comparação entre a biografia humana e a história da humanidade é tão coerente. “O que se percebe é que a historiografia contemporânea faz articulação entre a micro e a macro-história, estabelecendo as ligações entre a história econômica e o papel dos indivíduos, bem como de segmentos pouco estudados.” (Aranha, 2006, p.23) As relações se estabelecem diante de um exercício reflexivo e de uma visão panorâmica dos acontecimentos que são diferentes, conforme o tempo e o lugar em que ocorreram. Portanto, afirmar que “a preservação da memória histórica, a reconstrução do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares” refere-se a essa dinâmica que acontece na vida de cada indivíduo, que difere de uma para outra, e que está inserida num contexto cultural e social vinculados ao tempo e ao lugar a que se pertence. Todos nós fazemos parte da macro-história e encontramos nossa identidade quando temos consciência da diversidade que compõe o processo construtivo de nossa biografia.

Capítulo

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