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Análise Os teclados de Teolinda Gersão

Por:   •  15/12/2016  •  Resenha  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  771 Visualizações

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Teolinda Gersão:

Teolinda Gersão é uma das escritoras portuguesas que se destacaram a partir da Revolução dos Cravos em Portugal em 1974, aonde a ditadura de Salazar terminou e uma liberdade surgiu, especialmente para as mulheres. A narrativa faz parte da literatura contemporânea e é linear.

Os Teclados:

  • Questão de fundo da obra:
  • Incomunicabilidade entre as pessoas da sociedade
  • Júlia em busca de uma ‘verdade’
  • Romance de Formação -> Sua característica principal é apresentar um personagem principal em jornada, da infância a maturidade, em busca de crescimento espiritual, politico, social, psicológico, físico ou moral. Durante a narrativa, Júlia está em busca da sua identidade através da musica, e por ela, procurando o sentido da sua vida. (Por isso o grande impacto do artigo; Como Portugal que também está atrás da sua identidade apos o termino da ditadura)
  • Narrado em 3º Pessoa -> a narrativa em terceira pessoa, mas muito próxima a protagonista, ou seja, com o extenso uso do discurso indireto livre, coloca o leitor diante da sensação máxima proximidade em relação a jovem Júlia. O narrador se comunica com Júlia por meio do monólogo interior. 
  • Silêncio de Júlia (incomunicabilidade humana):
  •  Uma forma de conseguir liberdade, de não se deixar ser influenciada pela opressão da sociedade e especialmente do seu tio.
  • Ela usa como se fosse uma arma.
  • ‘Maior dos sons’
  • Não é falta de comunicação, é um estado de aprendizado.
  • Música
  • A liberta da vida que tem.
  • Vai além do nível temático, podendo ser demarcada em um nível estrutural devido ao diálogo entre as artes
  • Episódios:
  • Ireninha
  • Morte do professor de matemática
  • Artigo – Helena Estevão (aonde reflete sobre o leitor idealizado e também sobre o mercado artístico)
  • Lúcia -> clavinova, a incentiva a tocar e entrar no conservatório.
  • Linguagem musical -> campo semântico de música
  • ‘No sustenido, no bemol ou no compasso’
  • Literatura X Música
  • Característica fundamental da chamada “arte moderna”.
  • O diálogo entre as artes, busca encontrar um novo padrão de escrita e romper com a linguagem tradicional do romance português anterior a Revolução dos Cravos.
  • Rompe a linearidade da narrativa.
  • A pluralidade de soluções criativas tenta representar o mundo caótico em que vivem as pessoas, traduzindo em suas narrativas a fragmentação do indivíduo presente nesta sociedade contemporânea.
  • Narrativa contínua -> remete a uma partitura musical.
  • Personagens:
  • Júlia -> Personagem principal, forte, entende as pessoas e busca a liberdade. Construção do sujeito de Júlia a partir da música; além de produzir sons, o piano lhe dá acesso ao conhecimento e a própria liberdade, sendo assim, o motivador de suas profundas reflexões.
  • Professores – estabelecem fio condutor da narrativa
  • “uma chave, uma fórmula que abria o universo” -> a palavra chave pode ter dois significados, a chave para o conhecimento e o significado conotativo.
  • A caracterização e identidade de Júlia está intimamente vinculada as influências dos seus professores formais e informais.
  • São introduzidos cinco professores, personagens que cruzam a vida da personagem, marcando-a de diferentes maneiras, mas todos com a importância daqueles indivíduos que, mesmo inconscientemente, auxiliariam/interferiam em seu processo de amadurecimento e na conquista de sua autonomia.
  • Teolinda Gersão também é professora, podemos relacionar que pelo fato que essa é a sua profissão, ela tem uma visão diferenciada no impacto que professores podem gerar nos seus alunos.
  • Claudemiro Palrinha -> professor de piano de Júlia; ele a permitia ser livre, ‘A presença dele era um biombo’ era um “escudo” para Júlia para se defender do Tio Otávio.
  • Tio Octávio -> acreditava que era o modelo a ser seguido, que era o grande conhecedor da musica e Júlia, nessa condição de aprendiz, não cabia sugerir ou argumentar. Representa uma figura opressora, arrogante e soberba. Ao longo da narrativa, o tio não aparece com tanta frequência pois Júlia, ao amadurecer, encontra formas de se livrar do tio.
  • Professor de matemática chamado Rogério Souto – estabelecia relações horizontais e democráticas com os alunos
  • Tio Eurico -> trocadilho ‘tio eu’; Júlia preferia a loucura do tio do que o autoritarismo do tio Otávio.  
  • Relação Arte X público
  • Júlia, não entendia porque teria que se apresentar em público, que aprovariam ou não de sua arte. Ela perguntava a si mesma se o músico não tem o direito de existir sozinho. A partir do episódio de Ireninha, Júlia começa a se preservar para si a sua relação com o teclado.
  • Conservatório -> durante a audição, Júlia notou uma maior importância ao conteúdo e para o sucesso do professor do que a aprendizagem e para a compreensão dos reais anseios dos alunos

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