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Análise básica de a canção do exílio

Por:   •  10/5/2017  •  Resenha  •  374 Palavras (2 Páginas)  •  159 Visualizações

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“Canção do Exílio”

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

A “Canção do Exílio” foi escrita por Gonçalves Dias em 1843, ano em que o autor cursava Direito em Coimbra, Portugal, vivenciando assim uma situação de exílio, visto que estava longe de sua terra Natal. É importante considerar que o texto foi composto na primeira fase do Romantismo no Brasil, época fortemente marcada pelo Nacionalismo, ligado diretamente ao rompimento do Brasil colonia com Portugal. É nesse contexto que o poeta escreve ressaltando as qualidades e valores de sua terra.

Logo na primeira estrofe o poeta traz uma comparação entre sua terra natal e a terra onde estava, exaltando as belezas naturais da primeira. Na segunda estrofe podemos perceber um enaltecimento exacerbado dos atributos do Brasil, visto que essas características são postas muito acima das encontradas na terra em que estava exilado. Já na terceira e na quarta estrofe, o poeta faz uma distinção entre o Brasil (lá) e Portugal (cá), visando mostrar todo o regozijo que encontra naquele em oposição a este. A finalização do poema é feita na quinta estrofe, mostrando todo o sofrimento do eu-poético diante da situação do retiro em terra estranha.

É importante pontuar que o poema apresenta apenas expressões qualificativas ao invés de adjetivos,  fazendo uma constante comparação. Há, também, diversas figuras de linguagem nessas expressões. Outro ponto importante a ser destacado é o fato de a segunda estrofe ter sido parafraseada no Hino Nacional Brasileiro, por Joaquim Osório Duque Estrada, sendo considerada a estrofe de maior relevância do poema.

A “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias tornou-se um símbolo da idealização da terra natal e do Nacionalismo no Brasil; um ícone, visto que é um dos poemas brasileiros que mais dispõe de paródias e intertextualidades.

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