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Coerência E Sua Finalidade

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Por:   •  23/9/2013  •  799 Palavras (4 Páginas)  •  326 Visualizações

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coerência pode ser entendida como o fenômeno da harmonia entre as idéias, opiniões. Ou, dito de outra forma, seria um princípio de não contradição. (Se alguém segue uma linha de pensamento, sem sair dela, essa pessoa é coerente; já se esta pessoa não agir conforme suas opiniões, isto parece ser incoerente).

Veja se são coerentes ou incoerentes os pares de fatos relacionados abaixo:

1) gostar de casa arrumada X deixar tudo espalhado

2) gostar de viajar X ficar sempre em casa nas férias

3) considerar que escola é necessário à educação X pôr os filhos na escola

4) ser contra comida enlatada X só comprar ervilha diretamente da horta

Se analisarmos bem o par número 2, incoerente à primeira vista, poderemos facilmente imaginar uma situação na qual a pessoa que goste de viajar não o faça por falta de recursos. Nesse caso, gostar de viajar e ficar em casa durante as férias não se caracterizam como situações que, postas lado a lado, geram incoerência. A incoerência existiria se a pessoa ficasse em casa nas férias porque gosta de viajar...

Perceberemos a coerência entre as duas situações do par de número 2 se conhecermos a situação da pessoa que, por falta de recursos, não viaja. Outro modo de percebermos a coerência é através da expressão clara da ligação entre as duas situações, que pode se dar por uma palavrinha, a conjunção mas:

Luiz gosta de viajar mas fica sempre em casa nas férias.

Ou, explicitando melhor,

Luiz gosta de viajar, mas fica sempre em casa nas férias, porque não tem dinheiro para viajar.

Pronto: acabou-se a incoerência.

Em nosso cotidiano, por vezes, precisamos explicitar as ligações entre fatos, para que os outros percebam que não somos incoerentes. Assim, não é raro usarmos frases como:

Gosto dela, mas vou dar o fora.

Não vou tomar sorvete, embora goste, porque estou de regime.

É bonito ter cabelo comprido, mas uso curto porque não tenho tempo para cuidar.

Precisamos de mais um quarto, mas não vamos construí-lo agora porque o dinheiro está curto.

É mais rápido ir de moto para o trabalho, mas eu prefiro ir de ônibus porque o trânsito está muito perigoso.

Torço para o Flamengo, mas quero que o Vasco ganhe porque não agüento mais a choradeira lá em casa.

Se a pessoa com quem falamos sabe que estamos de regime, não é preciso dizer a ela que gostamos de sorvete e lhe explicar que estamos de regime. Basta dizer: “Não vou tomar sorvete”. Se a pessoa sabe que preferimos ir de moto por ser mais rápido, não é preciso fazer a afirmação “É mais rápido ir de moto para o trabalho”, ao lhe informar que não estamos usando a moto para ir até o local de trabalho.

O que percebemos, então?

Percebemos que há situações de interlocução nas

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