TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Compreender e interpretar textos

Seminário: Compreender e interpretar textos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/6/2014  •  Seminário  •  2.698 Palavras (11 Páginas)  •  249 Visualizações

Página 1 de 11

Estudando: Língua Portuguesa Atualizada

Escolher LiçõesFechar

1. Compreensão e Interpretação de Textos

COESÃO E COERÊNCIA

A coesão é a ligação entre os elementos de um texto , que ocorre no interior das frases , entre as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando os conectivos são empregados corretamente.

Já a coerência diz respeito à ordenação de idéias, dos argumentos. A coerência depende obviamente da coesão. um texto com problemas de coesão terá , com certeza , problemas de coerência. Veja alguns casos :-

1)- Uso inadequado do conectivo :- preposição , conjunção e pronome relativo

2)- Falta de sequência lógica

3)- Redundância :- é a repetição desnecessária de palavras, expressões ou idéias. Geralmente os textos redundantes são confusos e mais extensos do que o necessário.

4)- Ambiguidade :- é uma falha na estrutura frasal, que terá que ser desfeita, caso ocorra, na produção de um texto.

Veja estas duas frases , retiradas de um vestibular da Fuvest - SP , em que o aluno era solicitado a desfazer a ambigüidade:

“Ele me trata como irmão”.

Discurso Dissertativo de Caráter Científico

Observe :-

a) - A inflação corrói o salário do operário.

b) - Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário.

Os dois enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo : a inflação corrói o salário do operário. Há , no entanto , uma diferença entre eles. No primeiro , o enunciador ( aquele que produz o enunciado ) ausentou-se do enunciado, nãocolocando nele nem o “eu” , que indica aquele que fala , nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário , ao dizer “eu afirmo” , o enunciador inseriu-se no enunciado , explicitando quem é o responsável por sua produção. No primeiro caso , pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade , pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo ,o que se quer é criar um efeito de sentido de subjetividade , mostrando que a informação veiculada é o ponto de vista de um indivíduo sobre a realidade.

O discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de objetividade , pois pretende dar destaque ao conteúdo das informações feitas ( ao enunciado ) e não à subjetividade de quem as proferiu (ao enunciador). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que , de um lado , procuram neutralizar a presença do enunciador nos enunciados e, de outro , põem em destaque os enunciados, como se substituíssem por si mesmos.

Para neutralizar a presença do enunciador, isto é , daquele que produz o enunciado , usam-se certos procedimentos lingüísticos , que passaremos a expor:-

a) - Evitam-se os verbos de dizer na primeira pessoa ( digo , acho ,afirmo , penso, etc. ) e com isso procura-se eliminar a idéia de que o conteúdo de verdade contido no enunciado seja mera opinião de quem o proferiu

Não se diz , portanto:

Eu afirmo que os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.

Mas simplesmente :

Os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.

b) - Quando, eventualmente, se utilizam verbos de dizer , são verbos que indicam certeza e cujo sujeito se dilui sob a forma de um elemento de significação ampla e impessoal , indicando que o enunciado é produto de um saber coletivo, que se denomina ciência. Assim , o enunciador vem generalizado por “nós” em vez de “eu” ou oculto :-

Temos bases para afirmar que a agricultura constitui uma alternativa promissora para a nossa economia.

ou ,

Pode-se garantir que a agricultura . . .

ou ainda ,

Constata-se que a agricultura . . .

Em geral, não se usa a primeira pessoa do singular no discurso científico.

c) - A exploração do valor conotativo das palavras não é apropriada ao enunciado científico. Nele , os vocábulos devem ser definidos e ter um só significado. Num texto de astronomia , “lua” significa satélite da Terra e não uma sonora barcarola ou astro dos loucos e enamorados.

d) - Deve-se usar a língua padrão na sua expressão formal , não se ajusta a ele o uso de gírias ou quaisquer usos lingüísticos distanciados da modalidade culta e formal da língua.

Vamos expor alguns expedientes que servem para fundamentar esse tipo de enunciado e aumentar seu poder de persuasão.

e) - A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico , tais como as implicações de causa e efeito , conseqüência e causa , condição e ocorrência , etc.

f) - Pode-se desqualificar o enunciado científico atribuindo-o à opinião pessoal do enunciador ou restringindo a universidade da verdade que ele afirma.

Roberto supõe que o espaço social brasileiro se divida em casa , rua e outro mundo.

Como se pode notar , ao introduzir o enunciado por um verbo de dizer (supõe) que não indica certeza , reduz-se o enunciado a uma simples opinião.

Observe-se ainda outro exemplo :

O átomo foi considerado , por muito tempo, como a menor partícula constituinte da matéria.

Não é preciso dizer que o verbo (foi considerado) e a restrição de tempo (por muito tempo) esvaziam o enunciado do seu caráter de verdade geral e objetiva.

g) - Ataque ao expediente de argumentação, veja :-

• citando autores renomados que contrariam o conteúdo afirmado no enunciado ou evidenciando que o enunciador não compreendeu o significado da citação que fez;

• desautorizando os dados de realidade apresentados como prova ou mostrando que o enunciador , a partir de dados corretos , por equívoco de natureza lógica , tirou conclusões inconseqüentes.

Ex.:- O controle demográfico é uma das soluções

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.2 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com